Porsche e Bentley feitos a partir de Palmela

Uma Luz na Austeridade by Ana Esperança

Porsche e Bentley feitos a partir de Palmela

Iniciado que está o terceiro mês deste que será o ano mais difícil da vida dos portugueses, começam a acender-se pequenas luzes ao fundo do túnel. O distrito de Setúbal, tão dependente da indústria automóvel, pode respirar de alívio por mais uns tempos. A Autoeuropa anunciou que, dentro de um ou dois anos, vai produzir moldes para as marcas Porsche e Bentley. Para assegurar a sustentabilidade económica da empresa, têm sido ainda implementadas medidas de contenção sugeridas pelos trabalhadores.



De modo a responder à incerteza do clima de crise económica e às variações na produção automóvel, a maior fábrica portuguesa do sector está a apostar na diversificação de produtos e na aplicação de acções que permitam o corte de "gorduras".
A fábrica sediada em Palmela, que cria modelos como o Volkswagen Polo ou o Volkswagen Tiguan, tem agora em vista a produção de automóveis para as luxuosas marcas Porsche e Bentley. Também está previsto que mais modelos da Volkswagen – a principal marca com a qual a Autoeuropa trabalha – sejam exportados para fábricas do grupo no Brasil e no México. Neste momento, são produzidos na fábrica moldes para a VW na Europa, mas também para a Audi e para a Seat.
Esta semana, o director-geral da Autoeuropa, António Melo Pires, disse também que, no ano passado, a empresa conseguiu poupar cinco milhões de euros através de medidas propostas pelos trabalhadores em workshops semanais de melhoria contínua. Um sexto das poupanças resultantes destes esforços é distribuída "por quem colaborou nesses workshops", explicou o director-geral.
A empresa está também preocupada em controlar outro tipo de "gorduras". O excesso de peso, que atinge cerca de 50% dos colaboradores da Autoeuropa, pode ser um impedimento para a eficácia no trabalho, além de representar uma ameaça à saúde. Por esse motivo, vai ser oficialmente inaugurado, no dia 1 de Março, um espaço "dedicado à saúde e bem-estar para os colaboradores da Volkswagen Autoeuropa.

O que é nacional é bom: Além do profissionalismo sempre demonstrado na indústria automóvel, a mão-de-obra portuguesa continua a ser uma referência, assim como os nossos produtos. E se, em artigos anteriores, falámos na confiança dos estrangeiros nos nossos produtos, importa hoje partilhar que também os portugueses confiam nas suas próprias marcas.

Uma das conclusões do estudo "Marcas de Confiança 2012" da Selecções do Reader's Digest, e para confirmar a tendência verificada em 2011 de preferência pelos selos portugueses, provou que os portugueses são consumidores fiéis às marcas nacionais.
Os resultados do estudo, realizado pelo 12º ano consecutivo, mostram que a confiança em marcas nacionais se mantém forte. Selos como a Sagres (61% da confiança na categoria Cervejas), a Galp (57% nas Gasolineiras), a Caixa Geral de Depósitos (35% na Banca), a RFM (31% em Estação de Rádio) ou a RTP (27% em Canal de Televisão) obtiveram as classificações mais altas nas suas categorias. No topo da escolha dos portugueses, com as classificações mais elevadas estão o óleo Fula (78% na categoria Óleos Alimentares; marca portuguesa), a Skip (70% nos Detergentes para a Roupa), a Delta (68% nos Cafés; marca portuguesa), a Abreu (68% em Agência de Viagem; marca portuguesa), a Centrum e a Dulcolax (62% nos Laxantes).
Continente, Delta, Sapo e TMN são outras das marcas que continuam a conquistar a confiança dos consumidores, mesmo em tempos difíceis. A EDP foi a marca mais recente a integrar o “Top 40”, e foi eleita pela primeira vez na categoria Empresas de Serviço Público, lugar que disputou com os CTT.

Nota importante: Como o número 3 sempre foi de sorte e este é o 3º mês do ano, Março promete trazer às famílias com crédito à habitação um alívio nos encargos financeiros. Graças à queda das taxas Euribor, todos os créditos à habitação revistos este mês vão sentir as descidas na prestação mensal, o que não acontecia desde Abril de 2010. Além disso, esta será uma descida generalizada e a mais acentuada desde 2009. A título de exemplo, para um crédito de 120.000 euros, a 20 anos, com um "spread" de 1%, indexado à taxa Euribor a três meses, a queda na prestação mensal da casa será de 25 euros. Boas notícias, portanto!

Com mais confiança e perspectivas de um futuro risonho, desejo a todos os caros leitores e amigos uma óptima semana, 


Ana Esperança
Pinhal Novo
Nos dias que correm as palavras de ordem são austeridade, crise e contenção…
Pois bem, caros leitores, é minha intenção nestas breves linhas dar-vos conta das boas notícias de que os canais de televisão não falam e as páginas do jornal apenas mencionam em letras tão pequenas que nem damos por elas. Chamemos-lhe “uma luz na austeridade”.





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