Os amigos que não falham!

Reticências da Sociedade Por Ana Sofia Horta
Os amigos que não falham!

Desde dos meus 6 anos que tenho gatos e sempre tive contato com cães, patos, galinhas, enfim...  A minha primeira gata dada por uma educadora minha chamamos-lhe “Mini Cusca Tareca”, é claro que a minha mãe intitulou-a de Xana Maria quando fazia asneiras e Xaninha quando se portava bem, teve tanto colo que fugia dos nossos braços, sabia que não podia entrar no meu quarto, adorava dormir com a minha mãe e nunca desapareceu, durou 20 anos, teve que ser abatida por estar doente e não ter qualidade de vida.



Chorei eu, a minha mãe e a veterinária, deixamos-lhe a mantinha dela e assim ficou a dormir..  não aceitava mais animal nenhum que tivesse quatro patas, os outros gatos que por lá passaram era fuss  para todos. Tivemos o  tweety, a miaussa que teve filhos e ficámos com o Fu, a minha paixão, o  primeiro a fazer asneiras, a esconder-se nos sítios mais estranhos, a trepar cortinados e a ficar em cima da mobília. Ela desapareceu como o tweety e mais tarde a minha paixão, o Fu que dormia comigo de lado com a cabeça na almofada, que trazia as bolas de volta, prendas como ratos e lagartixas (tenho pânico de repteis, cheguei a ficar no 1º andar, no quarto em cima da cama de pé, à espera que alguém chegasse para tirar a lagartixa do r/c.
A Xaninha resistiu ninguém lhe chegava por perto, apesar de nos vir pedir mimos e já se babar muito foi uma grande GATA!
Mais tarde no psicólogo ainda com a Xaninha aconselharam-me a arranjar outro gato para me fazer mais companhia.. e assim apareceu o senhor Piru Lito, siamês abandonado, adoptado por mim aos 2 meses, faz anos dia 31 de Maio e este ano completa os dois anos, lambe-me, adora dormir em cima da minha cabeça e reconhece-se por Piru, Piruças, Pinxexo, Paixão. Uma companhia fantástica.
No ano passado encontrei num muro um miau cheio de óleo que deve ter passeado num motor do carro e puseram-no no muro ao vir “deixa aí que ele morre” saltei do carro e fui buscá-lo, no veterinário diziam que ele tinha fugas de óleo, tinha que estimula para o xixi e o cócó, dar biberon, e tudo mais. Ficou o Tátá, como o rato que a Cinderela salvou e mais tarde ele salvou a Cinderela. Este fará um ano dia 15 de Abril, faz asneiras, é rafeiro e está agora a habituar-se às festas e adora dormir perto do mau rabo.
Não fazem mal a ninguém, são uns mimados, o Piruças pensa que sou mãe dele, e o Táta acha que é um cachecol que andava com ele dentro da cesta.
Nunca pensei em comprar um gato ou um cão, mas sim adopta-los independentemente da raça, e trato-os como se fossem os meus meninos. Amo-os.
E é tão giro quando chateiam a minha mãe, principalmente o Tátá com os elásticos do cabelo...


Ana Sofia Silva Horta

Educadora de Infância no Desemprego

Oeiras 


[Escreve todas as terças-feiras na rubrica Reticências da Sociedade]



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