Marcelo espera construção do aeroporto no Montijo

Aeroporto é uma decisão irreversível, garante António Costa

O primeiro-ministro afirmou esta quinta-feira que apenas se aguarda o estudo de impacto ambiental para ser “irreversível” a solução aeroportuária Portela + Montijo, considerando que há consenso nacional sobre o projeto. António Costa assumiu esta posição na sessão de abertura da IV Cimeira do Turismo Português, no Teatro São Luiz, em Lisboa. Por sua vez, o Presidente da República mostrou-se "feliz" com perspetiva do aeroporto complementar ao de Lisboa, em Montijo. Marcelo diz que significa "recuperar tempo perdido”. Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, espera “muito em breve anunciar a conclusão do acordo” com a ANA - Aeroportos de Portugal, em relação ao aeroporto do Montijo, referindo estar “muito adiantado” o processo técnico e financeiro. Isto acontece na altura em que a plataforma cívica contra o novo aeroporto na Base Aérea n.º 6, vai realizar um protesto este sábado no Lavradio, Alhos Vedros e Baixa da Banheira. 
Aeroporto avança mesmo no Montijo 

O Presidente da República manifestou-se esta quinta-feira "feliz" com o anúncio de que o aeroporto complementar do Montijo poderá vir a ser em breve anunciado, instando a que a sua execução seja célere para recuperar tempo perdido.
Penso que hoje o senhor primeiro-ministro foi muito claro em dizer que faltava apenas um ponto de pormenor no domínio ambiental, de clarificação, para ser apresentada formalmente a decisão do Governo. E, sendo assim, fico feliz", começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à margem da IV Cimeira do Turismo, que decorreu esta quinta-feira, em Lisboa.
O chefe de Estado disse ficar feliz por ser, "não apenas uma reivindicação de toda a economia portuguesa, em particular do setor do Turismo, mas porque, a concretizar-se, significa que se vai “tentar recuperar tempo perdido”.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que, a concretizar-se "essa decisão iminente", o desafio passa a ser outro: "A execução, que tem de ser rápida, para recuperarmos aquele tempo que outros ganharam à nossa custa".

“Decidir, avançar e fazer”diz António Costa 
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quinta-feira que apenas se aguarda o estudo de impacto ambiental para ser "irreversível" a solução aeroportuária Portela + Montijo, considerando que há consenso nacional sobre este projeto e que não há tempo a perder.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro respondeu à principal reivindicação feita pelo presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, sobre a necessidade de ampliar a oferta aeroportuária da Grande Lisboa.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro respondeu à principal reivindicação feita pelo presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Francisco Calheiros, sobre a necessidade de ampliar a oferta aeroportuária da Grande Lisboa.
“Temos de corrigir hoje o erro que foi cometido há dez anos de a tempo e horas não termos feito o aeroporto que já então necessitávamos. Há cerca de um ano o Governo assinou com os novos proprietários da ANA um acordo para definir uma opção estratégica fundamental, que está definida: Manter a Portela [Aeroporto Humberto Delgado] e crescermos com um novo aeroporto no Montijo“, disse.
De acordo com António Costa, com o ritmo de crescimento da procura “não há outra solução que não seja a do Portela + Montijo e muito brevemente estarão concluídas as negociações com a ANA”.
“Apesar de muito importante, aguardamos unicamente a decisão em matéria de impacto ambiental para podermos tornar a decisão absolutamente irreversível. Depois de o país se ter dilacerado décadas em estudos e em alternativas sobre o local, não podemos agora perder tempo e, acima de tudo, não podemos dar tempo para que o consenso nacional se esgote mais uma vez.
“Por isso, temos de decidir, temos de avançar e temos de fazer”, declarou o primeiro-ministro, sublinhando que não há tempo a perder.

Processo técnico e financeiro do aeroporto do Montijo "muito adiantado
"Na IV Cimeira do Turismo Português, a decorrer em Lisboa, o o ministro do Planeamento e das Infraestruturas acrescentou que o Governo aguarda o estudo sobre as questões ambientais e disse que serão desenvolvidas “todas as ações” que sejam necessárias.
Com a transformação da atual base militar do Montijo em aeroporto complementar da região Lisboa a ser apontada como a solução mais viável, Pedro Marques garantiu que a “instalação [do novo aeroporto] respeitará obviamente todas as orientações e medidas para mitigar o impacto ambiental”.
Já o “processo de acordo técnico e financeiro está muito adiantado”, garantiu o governante, acrescentando que a solução será “explicada em breve”.
Pedro Marques adiantou que a infraestrutura Humberto Delgado irá manter-se como “o principal aeroporto e a solução não se resume só ao Montijo”.
O aeroporto de Lisboa terá investimentos a curto prazo, num processo que se irá iniciar antes da abertura do Montijo, prevista para 2022.

Notícia Relacionada: Marcha contra aeroporto no Montijo avança sábado
Agência de Notícias 

Comentários