Primeiro-ministro em Almada para dinamizar economia

Costa disponível para criar medidas que atraiam PME para a Bolsa

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou em Almada que é preciso encontrar novas formas de financiamento das empresas para dinamizar a actividade económica e anunciou a criação dos certificados de curto prazo para as Pequenas e Médias Empresas. “Num quadro de forte restrição do financiamento, para financiar o investimento, é preciso encontrar formas novas e eficazes de financiar as empresas e dinamizar, assim, a actividade económica e a criação de emprego”, disse o primeiro-ministro, na sessão de abertura do Via Bolsa, na Escola Naval do Alfeite, em Almada, perante uma plateia de empresários, gestores e altas patentes da Marinha. 

António Costa escolheu Alfeite para falar de economia 


Na conferência, em que reconheceu que o mercado de capitais em Portugal ainda é “residual”, António Costa anunciou a criação dos certificados de curto prazo para as Pequenas e Médias Empresas, que são instrumentos de dívida de curto prazo elegíveis para fundos harmonizados e fundos de pensões.
A criação de “empresas de fomento da economia”, que descreveu como “sociedades que poderão investir no capital ou em dívida de empresas nacionais não cotadas, com uma capitalização e uma dimensão reduzidas, que de forma isolada e por não estarem listadas numa bolsa de valores, dificilmente seriam elegíveis para fundos harmonizados e fundos de pensões”, foi outra das medidas anunciada pelo chefe do Governo. 
Estas medidas enquadram-se no âmbito do Programa Nacional de Reformas, onde um dos seis pilares é capitalizar as empresas, sublinhou o primeiro-ministro. E fazem parte de um pacote de medidas de estímulo ao mercado de capitais, desenvolvidas com o apoio da Estrutura de Missão para a Capitalização de Empresas. Entre as medidas em estudo está também o crédito fiscal para investimentos acima dos cinco milhões de euros ou o alargamento dos benefícios fiscais para investimentos acima dos 10 milhões de euros para o investimento direto estrangeiro.
“Na prática, o que temos constatado é que, apesar da política de baixas taxas de juro e elevada disponibilidade de liquidez do Banco Central Europeu (BCE), as empresas portuguesas continuam a ter dificuldades de acesso a financiamento em condições competitivas, face às suas congéneres de outros países”, acrescentou António Costa, na conferência promovida pela EuroNext, com o objetivo de promover a dinamização do mercado de capitais.
O primeiro-ministro reconheceu que as empresas portuguesas têm tido dificuldades de acesso a financiamento e defendeu que é importante para melhorar essa situação que se eliminem as dúvidas sobre a saúde das finanças públicas portuguesas, até porque acrescentou não faz sentido que existam, tendo em conta que o país irá apresentar este ano um défice abaixo dos três por cento. António Costa afirmou ainda que o Governo está a fazer tudo para que a banca portuguesa tenha um balanço sólido, capaz de financiar a economia.

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