Assembleia Municipal aprova Orçamento no Montijo

PSD e BE ajudam PS a aprovar orçamento municipal 

Um ano depois a Câmara do Montijo volta a ter orçamento aprovado. Há um ano, comunistas e social-democratas "juntaram-se" para não aprovar o orçamento do executivo socialista que gere a autarquia do Montijo em minoria. O PSD manteve, na Assembleia Municipal do Montijo, o sentido de voto (abstenção) que havia permitido a viabilização do Orçamento Municipal para 2016 na Câmara e os documentos previsionais para o próximo ano foram ratificados na passada segunda-feira. A posição da bancada social-democrata era suficiente para que o orçamento passasse na Assembleia Municipal, ainda assim a maioria socialista viu essa posição reforçada com a abstenção do Bloco de Esquerda, contabilizando-se apenas os votos contra da CDU, tal como já havia sucedido na Câmara Municipal. O orçamento será de 25,8 milhões de euros. A autarquia promete investimento em todas as freguesias. 
Montijo aprovou orçamento de 25,8 milhões para 2016

Um ano depois, o Montijo volta a ter Orçamento Municipal, já que os documentos previsionais para 2015 mereceram, na Câmara Municipal, o chumbo da oposição – os votos favoráveis da gestão socialista (três) presidida por Nuno Canta foram então insuficientes perante a votação contra os quatros votos contra dos vereadores da CDU (2) e do PSD (2).
Foi a primeira vez, neste mandato, que os social-democratas viabilizaram o orçamento. A CDU tinha viabilizado, pela abstenção, o orçamento no primeiro ano da presidência de Nuno Canta.
O orçamento para 2016 apresenta um valor total de 25 milhões e 809 mil euros, montante inferior em cerca de um milhão de euros relativamente ao de 2014.
Para 2016, o município espera arrecadar, através da receita corrente, pouco mais de 25 milhões de euros, dos quais 11 milhões e 850 mil euros correspondem a impostos directos (IMI, IMT, IUC e Derrama). Os impostos indirectos atingem um valor pouco superior a 693 mil euros e as transferências correntes o montante de 7 milhões e 817 mil euros. As receitas de capital totalizam 807 mil e 480 euros.
No documento, estão previstos três milhões e 536 mil euros de despesas de capital em investimentos como a construção de espaços verdes e reabilitação de parques infantis no Alto das Vinhas Grandes, a reabilitação e pavimentação de diversas vias – como o acesso ao Bairro da Bela Colónia –, a substituição da cobertura em fibrocimento da Escola Básica da Atalaia, a recuperação da Ermida de Santo António no Pátio de Água, a aquisição de trator e alfaias para a freguesia de Sarilhos Grandes, a reabilitação do Largo da Feira em Canha e a construção de um monumento de homenagem aos ex-combatentes do Ultramar. A despesa corrente ascende a 22 milhões e 272 mil euros.

“A defesa dos superiores interesses dos munícipes”
Nuno Canta considera que o orçamento reflecte “equilíbrio”, não obstante o contexto financeiro, económico e social “muito difícil”. Para o presidente da Câmara, o Orçamento Municipal agora aprovado é um documento que “politicamente assegura um caminho para a igualdade de oportunidades entre todos os montijenses”, diz o presidente da Câmara.
“Nos nossos dias, a igualdade de oportunidades e a qualidade de vida é o que continua a atrair as pessoas para o Montijo. Igualdade de oportunidades para os montijenses e para as suas famílias, a oportunidade para trabalhar, o acesso à escola pública, ao ambiente, à cultura, a igualdade para realizarem os seus sonhos”, disse o socialista, realçando que “boas contas inspiram maior confiança das empresas, permitem a criação de mais emprego, a defesa da escola pública, sustentam o investimento público em infra-estruturas, diminuem o serviço da dívida e aumentam a capacidade de resposta numa economia em crise”, refere o autarca.

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