Hospital do Barreiro recusa auxilio a mulher acidentada

Urgência do Barreiro recusa assistir mulher que caiu à porta do hospital e manda chamar 112

O caso aconteceu no Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro. Uma mulher de 64 anos sofreu uma queda aparatosa na passada sexta-feira junto a uma rampa de acesso ao complexo daquela unidade saúde. Testemunhas no local deslocaram-se ao interior do hospital para pedir auxílio, mas este foi recusado e foi recomendado que chamassem o INEM, avança o Correio da Manhã. A vítima ficou ferida com gravidade e acabou por ser socorrida por uma equipa dos Bombeiros Voluntários do Barreiro, que receberam o alerta às 22h10. O caso, confirmado ao jornal pelos bombeiros, foi de tal forma grave que os socorristas procederam à "entrada directa na reanimação" quando chegaram junto da vítima. Administração está a averiguar porque é que quem estava nas urgências não socorreu mulher.
Equipa das urgências do Barreiro terá recusado ajuda a uma mulher


Uma mulher caiu junto à entrada principal do Hospital do Barreiro e terá ficado imóvel no chão durante quase uma hora. Mas foi preciso um telefonema para o 112 a pedir socorro, que chegou via INEM, porque nas urgências o apoio terá sido recusado. A administração da unidade diz que está a proceder a averiguações sobre o caso que desencadeou a revolta nas redes sociais. É que há várias imagens da vítima deitada na estrada de alcatrão a cerca de 15 metros da entrada do edifício. Outras fotografias confirmam que a mulher foi assistida por uma equipa de emergência dos bombeiros. A Ordem dos Médicos já condenou e alerta que o código deontológico pode ter sido beliscado.
Ora, os factos reportam-se à noite de sexta-feira, quando uma mulher, de 64 anos, caiu de uma rampa de acesso ao edifício principal do Hospital Nossa Senhora do Rosário. Estaria sem qualquer companhia e terá ficado bastante combalida e imóvel. Quem estava por perto tentou ajudar, correndo para as urgências para pedir auxílio.
Mas foi a resposta alegadamente obtida que provocou a revolta entre as pessoas que estavam no local. Testemunhas garantem que a ajuda terá sido negada. "A resposta por parte de quem estava de serviço foi que voltassem para junto da vítima e que ligassem ao 112 a pedir uma ambulância. Nem sequer se dignaram ir ver o estado da vítima", disse quem pediu socorro.
A vítima ficou ferida com gravidade e acabou por ser socorrida por uma equipa dos Bombeiros Voluntários do Barreiro, que receberam o alerta às 22h10. O caso, confirmado pelos bombeiros, foi de tal forma grave que os socorristas procederam à “"entrada directa na reanimação" quando chegaram junto da vítima.
Fonte do hospital sublinhou que "o Centro Hospitalar Barreiro Montijo atende todos os utentes que se dirigem à Urgência, ou pelos próprios meios, ou transportados em ambulância" e que "fora do hospital ou na via pública" a responsabilidade de socorro é do 112. A mesma fonte diz também desconhecer este caso concreto.
No entanto, ao Diário de Notícias, a administração da unidade de saúde limitou-se a dizer que está a "averiguar o sucedido pelo que, neste momento, é prematuro fazer quaisquer esclarecimentos sobre a situação". Ainda assim, revelou que o estado de saúde da utente não envolveu a gravidade que se pensou inicialmente. "Foi observada e tratada na Urgência Geral, tendo tido alta três horas depois", garante a administração do Centro Hospitalar.

Ordem dos Médicos toma posição 
A ordem dos médicos está "chocada" com esta situação. Jaime Mendes, presidente da Secção Sul, defende que o que se passou no hospital do Barreiro "não faz sentido". O dirigente não aceita que ocorra um acidente numa unidade de saúde e que se chame o 112.
De acordo com a Ordem dos Médicos, "qualquer urgência de um hospital pode perfeitamente fazer a assistência e tratar o acidentado, porque terá todos os meios para o fazer. Primeiro vai o enfermeiro avaliar a situação e depois o médico", referiu Jaime Mendes à TVI. O dirigente afirmou ainda que "o hospital do Barreiro não é assim tão grande que não pudesse ir lá um maqueiro buscar a paciente. Mesmo que sejam 500 metros, não teria dificuldade".
Jaime Mendes diz mesmo que aquilo que se passou na última sexta-feira no Hospital do Barreiro "vai contra o nosso código deontológico. As pessoas têm o direito de ser assistidas", concluiu o responsável da Secção Sul da Ordem dos Médicos.

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