Escola do Lau vai encerrar este ano letivo

Câmara de Palmela não aprova encerramento de Centro de Animação Infantil Comunitária 

O Ministério da Educação recusou a proposta da Câmara de Palmela no sentido de manter a atividade do Centro de Animação Infantil Comunitária do Lau por mais um ano letivo. "A unidade, que constituía uma alternativa ao ensino pré-escolar, nesta zona rural do concelho, encerra com o período de férias de verão que se aproxima", diz a autarquia de Palmela. O presidente da Câmara disse que o “município manifestou desde sempre contra" o encerramento desta escola e não desistiu de lutar, sublinha Álvaro Amaro. O presidente lamenta que “o Agrupamento de Escolas que já era conhecedor de todo este processo só nos tenha dado esta informação muito recentemente. Ficámos surpreendidos mas vamos continuar a lutar”. O PS de Palmela também está "frontalmente contra" o encerramento deste estabelecimento de ensino.  Os meninos do Lau vão ser agora distribuídos por escolas em Aires, Vale da Vila e Lagameças. 


Crianças do Lau, em Palmela,  prestes a "perder" a sua escola 
O CAIC [ Centro de Animação Infantil Comunitária] do Lau funcionava desde o ano letivo 1997/98, com uma autorização, renovada anualmente, pelo Ministério da Educação e Ciência. A realização de atividades adequadas às necessidades de desenvolvimento das crianças tornou esta oferta equivalente à educação pré-escolar, no seu modelo mais tradicional, correspondendo às necessidades das famílias. E, nesse sentido, todos os anos o Agrupamento de Escolas de Palmela solicitava à Direção Geral de Equipamentos Escolares  a devida autorização, com o parecer positivo da Câmara de Palmela.
No início deste ano letivo, o secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar advertira para a possibilidade de uma proposta de extinção do CAIC do Lau. Face a esta comunicação, e "tendo em conta que a decisão de encerramento do CAIC Lau causaria grandes transtornos às famílias", o Agrupamento de Escolas de Palmela e a Câmara Municipal reuniram com  Direção Geral de Equipamentos Escolares  tendo a autarquia proposto que "a autorização se mantivesse por mais um ano letivo, de forma a garantir o apoio às crianças que já frequentavam as atividades e a preparar da sua integração na rede escolar".
Não obstante as razões apresentadas, o ministério da Educação e Ciência  manteve a decisão e a Direção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo confirmou o encerramento ao Agrupamento de Escolas de Palmela e à Câmara Municipal, em Maio.
Face à intransigência do Ministério da Educação e Ciência, e por proposta do Agrupamento de Escolas de Palmela, realizou-se uma reunião com os pais e encarregados de educação das crianças que frequentariam o CAIC Lau, no próximo ano letivo, no sentido de esclarecer a situação e acautelar a continuidade das crianças no pré-escolar em jardins-de-infância do Concelho.
Aproveitando a sua visita à ATEC, em Palmela,  a vice presidente da Câmara de Palmela, Adília Candeias entregou ao Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, um pedido para que a decisão seja revista. Pedido que continua sem resposta do ministro.

PS apela à luta 
Em reunião de câmara, Adilo Costa, responsável pelo pelouro da educação,. explicou que a escola tem duas salas de aula e “infelizmente para nós tem um espaço que não corresponde às regras do pré-escolar". A autarquia ainda tenta indeferir a decisão da tutela mas já há poucas esperanças.  Adilo Costa diz que os “meninos que frequentavam o CAIC do Lau vão ser colocados ou em Aires, ou em Lagameças ou em Vale da Vila", explicou o responsável pela educação em Palmela. 
O PS está de acordo com "a maioria comunista" que gere a autarquia de Palmela e apela à luta pela manutenção desta alternativa do pré-escolar no Lau. “Temos de mostrar a indignação perante a aceitação passiva desta decisão porque estamos a falar de crianças, de famílias. Temos de evitar tirar estas crianças do seu meio”, sublinha Natividade Coelho. A autarca socialista considera que “quem ainda tem modalidade do pé escolar tem de se bater por ela. Não podemos aceitar esta decisão do Ministério da Educação pacificamente”.
O presidente da Câmara disse ainda  que o “município manifestou desde sempre contra o encerramento deste CAIC e não desistiu de lutar",  referiu Álvaro Amaro. O presidente lamenta que “o Agrupamento de Escolas que já era conhecedor de todo este processo só nos tenha dado esta informação muito recentemente. Ficámos surpreendidos mas vamos continuar a lutar”.

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