Quinta do Anjo perde autocarro para Penalva

TST termina carreira por falta de adesão de passageiros 

Os Transportes Sul do Tejo suspendeu, no último dia de Março, o circuito experimental que liga a Estação da Penalva aos Bairros e à Quinta do Anjo, no concelho de Palmela.  Apesar dos esforços desenvolvidos pelo Município junto da empresa, no sentido de consolidar este circuito e torná-lo permanente, "a utilização foi considerada insuficiente pela TST, não permitindo rentabilizar o investimento", disse a vereadora da Mobilidade e Acessibilidades da Câmara de Palmela, Fernanda Pésinho. De acordo com a autarca "o município continuará a diligenciar para encontrar alternativas de mobilidade nesta zona, que garantam a melhoria da qualidade de vida da população". Segundo dados da empresa, as três primeiras e as três últimas viagens do dia tinham à volta de cinco a seis utentes e, nas restantes, ia uma ou nenhuma pessoa. 
Carreira entre Quinta do Anjo e Penalva chegou ao fim 

A carreira 714 dos Transportes Sul do Tejo (TST) que ligava a Estação da Penalva aos Bairros Alentejano e dos Marinheiros e à sede da freguesia de Quinta do Anjo era uma "velha" aspiração das populações e das autarquias [Câmara de Palmela e Junta de Freguesia de Quinta do Anjo]. No entanto, a 31 de Março, o operador de transportes públicos suspendeu a carreira experimental que percorreu a zona de Setembro do ano passado a Março deste ano.   
“Apesar dos esforços desenvolvidos pelo município junto da empresa, no sentido de consolidar este circuito e torná-lo permanente, a utilização foi considerada insuficiente por parte da TST, por não permitir rentabilizar o investimento”, disse Fernanda Pésinho, vereadora da Mobilidade e Acessibilidades da autarquia de Palmela.  
Esta carreira tinha, inicialmente, um período experimental de três meses, terminando no final de Dezembro do ano passado, mas “a autarquia considerou que este período seria demasiado curto para alterar os hábitos das famílias utilizadoras dos meios de transporte particular, pelo que desenvolveu esforços no sentido de prolongar a carreira experimental até 31 de Março”, disse a vereadora.
No entanto, "a fraca adesão dos passageiros" levou a TST a terminar a carreira. “De acordo com as informações prestadas pela TST, o número de utentes nem sequer cobre os custos associados ao serviço que está a ser prestado”, referiu Fernanda Pésinho.
Segundo dados da empresa, as três primeiras e as três últimas viagens do dia tinham à volta de cinco a seis utentes e, nas restantes, ia uma ou nenhuma pessoa.
“O município vai continuar a diligenciar para encontrar alternativas de mobilidade nesta zona, que garantam a melhoria da qualidade de vida da população e o reforço da sustentabilidade social e ambiental do território”, garantiu a responsável pela Mobilidade e Acessibilidades da autarquia de Palmela.
A vereadora socialista, Natividade Coelho, também criticou a empresa pela suspensão da carreira que ligava Quinta do Anjo à Estação da Penalva. "Lamento profundamente os critérios da TST em relação a um serviço que devia ser público e não o é", concluiu a autarca do PS.
Álvaro Amaro, considera que o novo Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros, que “foi imposto aos municípios e a quem trabalha na área da mobilidade em geral”, representa “um retrocesso no que diz respeito à garantia de patamares mínimos de serviço” e é também “uma armadilha”, tentando que sejam “os municípios a suportar quase na íntegra os custos dos transportes”, diz o presidente da Câmara de Palmela.

Agência de Notícias

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