PSD acusa Câmara do Montijo de abandonar cultura

"Moinhos de maré e de vento estão em avançado estado de degradação" 

Os autarcas do PSD do Montijo afirmam que a contínua degradação do património histórico e cultural do concelho deve-se à ausência de políticas e de medidas do presidente da Câmara Municipal, Nuno Canta. Os social-democratas lamentam que dois dos símbolos da cidade, os moinhos de maré e de vento, estejam em avançado estado de degradação, criticando a “inoperância” da autarquia. “Não percebemos como é que é possível o presidente da Câmara ver a degradação contínua do património e nada fazer para resolver esse problema”, apontam os autarcas "laranja". Isto prova, diz ainda o PSD local, que a autarquia do Montijo "não tem qualquer política cultural e que a câmara está neste área, como nas restantes, praticamente parada o que revela a sua situação de falência funcional e financeira". 
PSD diz que autarquia do Montijo "abandonou" Moinho de Maré

"O moinho de vento do Esteval não funciona há cerca de oito anos, tendo a cobertura danificada, para além de necessitar de uma reparação geral em todo o edifício, enquanto que o moinho de maré do Cais das Faluas não funciona há cinco anos e também se encontra sem manutenção e igualmente degradado", acusam os autarcas social-democratas do Montijo.
A juntar a esta situação, diz ainda o PSD em comunicado, "o único funcionário que sabia manusear os moinhos bem como proceder à sua manutenção normal já se encontra reformado, não tendo a autarquia acautelado a formação de outra pessoa para desempenhar essas funções".
“O investimento realizado, está a perder-se, degradando-se todos os dias os elementos mais frágeis, sendo visível o apodrecimento das velas e dos cordames do moinho de vento, bem como a degradação nas rodas do moinho de maré por não existir cuidado com esse património que constituiu um esforço de investimento na memória do Montijo”, sublinham os responsáveis do PSD.
A reconstrução do moinho de maré custou 450 mil euros, enquanto que o moinho de vento do Esteval custou 125 mil euros em que 65 por cento foram comparticipados pelo Estado.
“A Câmara Municipal gastou quase 600 mil euros do erário público na reconstrução do património, para agora assistirmos à sua contínua degradação. Isto prova que o presidente da autarquia não tem qualquer política cultural e que a câmara está neste área, como nas restantes, praticamente parada o que revela a sua situação de falência funcional e financeira. Não há estratégia, não há meios, não há política”, conclui o comunicado do PSD Montijo envido ao ADN.

Agência de Notícias

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