Três escolas assaltadas no concelho do Montijo

Montijo reforça sistemas de segurança depois de assaltos a escolas

Uma vaga de assaltos em escolas do concelho do Montijo está a deixar a comunidade escolar e a população do concelho em alerta. A vereadora da educação da câmara do Montijo, Maria Clara Silva, afirmou à Lusa que está preocupada com os recentes assaltos a escolas básicas do concelho, anunciando um reforço de sistemas de deteção de intrusão para os estabelecimentos."Verificaram-se recentemente, na mesma área e no mesmo agrupamento, três assaltos a escolas básicas, o que nos preocupa. Por vezes acontecem assaltos esporádicos, mas não foi este o caso e não queremos que a situação se alastre", disse a autarca. Os moradores da Atalaia falam em "falta de policiamento", em "insegurança" e esperam que exista, a partir de agora, "uma maior e melhor presença das autoridades". Até porque, além das escolas, existem "relatos de outros assaltos", diz a população.
Assaltos a escolas preocupa comunidade escolar e autarquia 

A Escola Básica da Atalaia, o Jardim de Infância da Atalaia e a Escola Básica Rosa dos Ventos (Afonsoeiro) foram os estabelecimentos assaltados, um na madrugada do dia 15 e os outros dois no dia 20 de Janeiro.
"O peso maior dos furtos, que ainda não estão contabilizados, foram os equipamentos informáticos, como computadores, retroprojetores ou máquinas fotográficas", referiu a a responsável pelo pelouro da educação da Câmara de Montijo, Maria Clara Silva.
"Num dos casos, foram também furtados bens alimentares - no caso cinco quilos de pernas de peru -, além de danos causados nas instalações", acrescentou a vereadora.
A autarca explicou ainda que a câmara do Montijo já colocou em várias escolas básicas do concelho sistemas de deteção de intrusão e que se encontra a preparar a aquisição de mais sistemas deste género.
"Vamos adquirir mais sistemas para, pelo menos, minimizarmos os riscos de assaltos", explicou.
Maria Clara Silva disse ainda que foi solicitado às forças de segurança o reforço do patrulhamento junto dos edifícios escolares.
Na Atalaia, onde se verificou dois dos três assaltos, o clima é de "desconfiança". De acordo com um morador, João Silva, "há por parte da população uma sensação de insegurança e desconfiança enorme". Para o morador a Atalaia, "está isolada" e raramente "se vê forças da segurança nas ruas ou junto às escolas". A mesma opinião tem Paula Pinto que tem uma filha numa escola que agora foi assaltada. "É alarmante a falta de segurança que as pessoas vivem aqui nesta terra. Não é agora é desde sempre. As autoridades estão longe e grande parte das pessoas trabalha fora e os nossos bens, as nossas casas ficam desprotegidos. A situação piorou agora com estes assaltos a escolas que nos assustam a todos porque estamos a lidar com crianças muito pequenas e nunca é fácil ver isso acontecer". 
Os moradores esperam "uma resposta e uma vigilância mais atenta das autoridades" para evitar mais assaltos. Mas como disse Dora Santos, outra moradora na Atalaia, "o sinal dos tempos leva-nos a acreditar que estas vagas de assaltos irão continuar. As pessoas andam com fome, sem dinheiro, sem emprego e estes assaltos a instituições tão delicadas, como são as escolas, só mostra o desespero das pessoas". De qualquer maneira, todos esperam que exista "uma maior e melhor presença das autoridades". Até porque, além das escolas, existem "relatos de outros assaltos".

Agência de Notícias



  

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