Rapaz dos Pássaros entre os 24 melhores murais do mundo
Vicente Inácio Martins era uma criança quando Américo Ribeiro o fotografou numa rua qualquer em Setúbal. O jovem vendedor de pássaros está desde Março do ano passado representado num mural com cerca de 20 metros de altura no Auditório José Afonso bem no centro da cidade, uma obra tridimensional com a assinatura de Sérgio Odeith, integrada no projecto "Arte em Toda a Parte". Hoje, este trabalho de arte urbana, figura entre os 24 melhores murais do mundo em 2014. Sérgio Odeith levou nove dias a completar a obra, com um de paragem pelo meio, porque, explicou com humor, “o Benfica jogava nessa altura”.
O mural, com cerca de vinte metros de altura, é uma reprodução, com apontamentos de interpretação artística, de uma fotografia com sensivelmente oitenta anos, em que o antigo fotógrafo setubalense Américo Ribeiro retratou um menino a vender pássaros na rua.
O “Rapaz dos Pássaros”, pintado em Março do ano passado, ao longo de nove dias, pode ser visto a várias centenas de metros de distância. Elaborado numa técnica mista de pintura de rolo e de graffiti, é quase todo a preto e branco, com exceção das aves, coloridas a graffiti.
Vicente Inácio Martins era uma criança quando Américo Ribeiro o fotografou numa rua qualquer em Setúbal. O jovem vendedor de pássaros está desde Março do ano passado representado num mural com cerca de 20 metros de altura no Auditório José Afonso bem no centro da cidade, uma obra tridimensional com a assinatura de Sérgio Odeith, integrada no projecto "Arte em Toda a Parte". Hoje, este trabalho de arte urbana, figura entre os 24 melhores murais do mundo em 2014. Sérgio Odeith levou nove dias a completar a obra, com um de paragem pelo meio, porque, explicou com humor, “o Benfica jogava nessa altura”.
Rapaz dos Pássaros "mora" no auditório José Afonso, em Setúbal |
O mural, com cerca de vinte metros de altura, é uma reprodução, com apontamentos de interpretação artística, de uma fotografia com sensivelmente oitenta anos, em que o antigo fotógrafo setubalense Américo Ribeiro retratou um menino a vender pássaros na rua.
O “Rapaz dos Pássaros”, pintado em Março do ano passado, ao longo de nove dias, pode ser visto a várias centenas de metros de distância. Elaborado numa técnica mista de pintura de rolo e de graffiti, é quase todo a preto e branco, com exceção das aves, coloridas a graffiti.
O fotojornalista, dedicou a vida a documentar visualmente a cidade de Setúbal, e deixou um vasto espólio fotográfico, onde se encontra este retrato de uma criança, Vicente Inácio Martins - hoje com mais de 90 anos – que na altura vendia pássaros, descalço pelas ruas. Ver esta imagem, conta o artista trouxe alguma nostalgia da sua própria infância: “Quando era criança, adorava pássaros. E também me lembrei que o meu pai contava que também andava sempre sem calçado quando era pequeno”, disse o autor do "Rapaz dos Pássaros" na inauguração da obra.
A descoberta do menino da imagem deu-se por um acaso, com Sérgio Odeith a recordar que, dois dias depois do início do projeto, foi abordado por um homem. “Ele disse-me: ‘Esse é o meu tio e ainda está vivo!’ Quis logo falar com o senhor e foi o que aconteceu. O facto de o ter conhecido pessoalmente deu uma carga emocional ainda mais forte ao projeto, até porque, sendo os meus pais alentejanos, já tinha uma grande ligação com a imagem, pois cresci com pintassilgos e todo o género de pássaros”, disse o autor da obra.
Vicente Martins ainda recordou ao público presente na inauguração o pregão com que corria as ruas na altura. “Quem meeerca pássaros?”, desafiava, então, o pequeno vendedor os transeuntes sadinos.
A descoberta do menino da imagem deu-se por um acaso, com Sérgio Odeith a recordar que, dois dias depois do início do projeto, foi abordado por um homem. “Ele disse-me: ‘Esse é o meu tio e ainda está vivo!’ Quis logo falar com o senhor e foi o que aconteceu. O facto de o ter conhecido pessoalmente deu uma carga emocional ainda mais forte ao projeto, até porque, sendo os meus pais alentejanos, já tinha uma grande ligação com a imagem, pois cresci com pintassilgos e todo o género de pássaros”, disse o autor da obra.
Vicente Martins ainda recordou ao público presente na inauguração o pregão com que corria as ruas na altura. “Quem meeerca pássaros?”, desafiava, então, o pequeno vendedor os transeuntes sadinos.
O mural “Rapaz dos Pássaros”, que pode ser visto a várias centenas de metros de distância, é quase todo a preto e branco, com exceção das aves, coloridas a graffiti.
À reprodução da fotografia original, tirada, a preto e branco, há cerca de 80 anos, Odeith acrescentou ainda adornos tridimensionais ou anamórficos, característica que o distingue como artista, presentes na pintura da moldura e da assinatura da obra, transmitindo a sensação de profundidade.
Sérgio Odeith levou nove dias a completar a obra, com um de paragem pelo meio, porque, explicou com humor, “o Benfica jogava nessa altura”.
À reprodução da fotografia original, tirada, a preto e branco, há cerca de 80 anos, Odeith acrescentou ainda adornos tridimensionais ou anamórficos, característica que o distingue como artista, presentes na pintura da moldura e da assinatura da obra, transmitindo a sensação de profundidade.
Sérgio Odeith levou nove dias a completar a obra, com um de paragem pelo meio, porque, explicou com humor, “o Benfica jogava nessa altura”.
A distinção internacional
O trabalho do street artist português, criado no âmbito do projeto “Arte em Toda a Parte”, desenvolvido pela Immochan em parceria com a Câmara de Setúbal, no âmbito da construção do centro comercial Alegro Setúbal, foi distinguido pelo movimento “I Support Street Art”.
A página www.isupportstreetart.com divulga os melhores murais executados em 2014, com trabalhos em países como Porto Rico, Argentina, México, Estados Unidos da América, Canadá, Polónia, Reino Unido, Grécia, Suíça, Espanha, Itália, Marrocos e África do Sul.
O movimento “I Support Street Art”, criado em 2010 na rede social Facebook, tem como objetivo apoiar o trabalho de street artists, dos mais conceituados aos anónimos, e promover o graffiti como arte de expressão urbana em galerias ao ar livre visitadas por milhões de pessoas.
O trabalho do street artist português, criado no âmbito do projeto “Arte em Toda a Parte”, desenvolvido pela Immochan em parceria com a Câmara de Setúbal, no âmbito da construção do centro comercial Alegro Setúbal, foi distinguido pelo movimento “I Support Street Art”.
A página www.isupportstreetart.com divulga os melhores murais executados em 2014, com trabalhos em países como Porto Rico, Argentina, México, Estados Unidos da América, Canadá, Polónia, Reino Unido, Grécia, Suíça, Espanha, Itália, Marrocos e África do Sul.
O movimento “I Support Street Art”, criado em 2010 na rede social Facebook, tem como objetivo apoiar o trabalho de street artists, dos mais conceituados aos anónimos, e promover o graffiti como arte de expressão urbana em galerias ao ar livre visitadas por milhões de pessoas.
Maria das Dores Meira sublinhou no momento da inauguração o orgulho com que Setúbal ostenta agora a nova criação. “Obrigada, Sérgio [Odeith]. Olhe que há mais coisas para fazer na cidade”, disse a autarca.
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