Montijo investe cerca de um milhão de euros em três obras

Educação, comércio e vias estruturantes são apostas da Câmara para este ano 

O executivo municipal do Montijo levou ontem os jornalistas a visitarem as obras em curso no concelho neste início de 2015. A reabilitação do Mercado Municipal da cidade é, provavelmente, a maior obra em curso no concelho. O investimento de 682 mil euros vão permitir a modernização total da "praça" da cidade. A educação é outras das prioridades do presidente da Câmara, Nuno Canta, que revelou que o Jardim de Infância do Alto Estanqueiro, "permitirá que fique completa a rede de pré-escolar no concelho do Montijo, com uma cobertura a 100 por cento". O obra é um investimento de 270 mil euros e estará pronto no início no arranque do próximo ano lectivo. Pelo meio, autarca e jornalistas ainda visitaram a obra de requalificação da Rua Miguel Pais. Um investimento de 87 mil euros para "valorizar" a zona junto ao Tejo. Por tudo isso, explica o chefe do executivo municipal do Montijo, não há "razões para a posição política assumida pela oposição de bloqueio ao Orçamento Municipal para 2015". 
Requalificação do Mercado Municipal pronta antes do verão  

Manhã fria - mas ensolarada - na cidade do Montijo serviu de mote para que o executivo municipal mostrasse o que anda a fazer em termos de investimentos. Ao todo, em três obras, a autarquia [com verbas provenientes de candidaturas a fundos comunitários] está a investir cerca de um milhão de euros para melhorar o sector da educação, do comércio e das ligações ao rio Tejo.
Nuno Canta, o presidente da autarquia, fez questão de lembrar que o Montijo “é a cidade mais atractiva de Portugal, aquela que atrai mais população, com um aumento significativo”. Ora, esta situação tem obrigado a autarquia “a dar respostas a esta” realidade demográfica.
O encontro iniciou-se no Jardim de Infância do Alto Estanqueiro, um novo equipamento da rede pré-escolar do concelho de Montijo que tem prazo de conclusão previsto para Abril deste ano.Um investimento de 270 mil euros que consiste na reconversão da antiga Escola Básica do Alto Estanqueiro. Aproveitando-se toda a estrutura do edifício de estilo Plano Centenário, estão a ser criados novos espaços para acolher duas salas de pré-escolar com a capacidade para 25 crianças cada.
O presidente realçou a importância deste investimento que permitirá, à priori, “atingir o objetivo de 100 por cento de resposta ao nível da oferta pública do ensino pré-escolar”. Uma obra que é elucidativa “do esforço significativo que a câmara tem realizado na área da educação e, particularmente, na componente das infraestruturas escolares”, afirmou o presidente.
O autarca salientou que “o município tem feito um esforçou significativo na área da educação". Recorda o presidente que "em 16 anos, o concelho passou de um único equipamento de pré-escolar para uma cobertura total. São pouco os concelhos na área Metropolitana de Lisboa que podem dizer isso", realça Nuno Canta.

Mercado Municipal alvo de requalificação total 
Os autarcas e jornalistas visitaram ainda a obra de reabilitação do Mercado Municipal. Um investimento de grande envergadura, com um orçamento na ordem dos 682 mil euros e conclusão perspetivada para Maio deste ano. A obra contempla a reabilitação integral da zona das frutas e legumes, a repavimentação do espaço da peixaria, a construção de acessos para a circulação de pessoas com mobilidade reduzida, a remodelação da rede de esgotos, água e eletricidade, a valorização estética exterior, entre muitos outros aspetos.
Questionando sobre o novo acesso exterior virado para a Avenida dos Pescadores, o presidente Nuno Canta realçou tratar-se da “remodelação da zona dos talhos. Já executámos um acesso externo aos talhos que permitirá o seu funcionamento num horário diferenciado do horário do Mercado”.
O périplo pelas obras em curso passou  visitou ainda a obra de requalificação da Rua Miguel Pais. Com data previsível de conclusão para final deste mês e um investimento de cerca de 87 mil euros. A obra encontra-se na fase final de pavimentação e pretende a valorizar funcional e estética daquela zona junto ao rio.
Esta é uma obra que “permite ir ao encontro da vontade manifestada pelos comerciantes daquela zona, conferindo mais segurança, conforto e qualidade ao espaço”, assegurou Nuno Canta, acrescentando que “será também uma zona onde serão desenvolvidas ações de animação de rua, procurando tornar mais atrativa a zona comercial do centro do Montijo”.
As três obras visitadas estão a ser executadas com financiamento próprio da autarquia e com verbas provenientes de candidaturas a fundos comunitários, recuperadas no final do ano passado pela Câmara do Montijo.

Um município ainda sem orçamento aprovado 
Presidente mostrou as obras em curso no concelho do Montijo 
No final do encontro, Nuno Canta salientou que à realização destes importantes investimentos estratégicos no concelho, juntam-se outras notas de destaque na execução da Câmara do Montijo: “passámos o ano de 2014 com as contas em dia, não devemos a fornecedores e empreiteiros, realizámos abaixamento de impostos e da retenção de IRS às famílias e empresas do concelho; pagámos o PAEL, as dívidas à Amarsul e à AMRS. Não há, por isso, razões para a posição política assumida pela oposição de bloqueio ao Orçamento Municipal para 2015”, concluiu o autarca.
Lembre-se que os partidos da oposição (PSD e CDU) têm votado contra o orçamento municipal.
O PSD aponta o dedo à governação do presidente da câmara referindo que “andaram 16 anos a desafiar a inteligência e paciência do povo do Montijo, não conseguindo cumprir 25 por cento do Plano Plurianual de Investimento”. Os social-democratas recorda que das nove propostas apresentadas pelo PSD durante o diálogo para uma plataforma de entendimento que permitisse viabilizar o orçamento para 2015 o PS não acatou nenhuma.
Por sua vez os autarcas comunistas consideram que Nuno Canta “confunde muito todas as questões relacionadas com jurisdição”, recordando que “todos os diplomas que citou e referiu, independentemente do que está em vigor, neste ou naquele momento, procuram seguir um objectivo fundamental àquilo que é a carta ética da administração pública, que “é a transparência”. Quanto ao Orçamento Municipal para 2015, a CDU adianta que “a cidade não precisa de um orçamento qualquer”, mas sim “da existência de um programa, que permita o seu desenvolvimento”.

Agência de Notícias






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