“Esperamos que o Barreiro não fique a ver navios”
Entidades assinam cooperação para Terminal do Barreiro |
Numa sessão de debate deste projeto realizadas há semanas na Ordem dos Engenheiros, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, admitiu que ambos as localizações - Barreiro e Setúbal - têm condições para ter terminais de contentores, "desde que haja operadores interessados que façam esse investimento".
Além disso, Sérgio Monteiro também recordou que enquanto os fundos comunitários estarão disponíveis para as zonas prioritárias - como é o caso do estuário do Tejo -, para Setúbal não haverá apoios da União Europeia.
Marina Ferreira, responsável pelo Porto de Lisboa, referiu que os operadores internacionais Maersk (dinamarqueses) e Fosun (chibeses) já manifestaram interesse no Terminal de Contentores no Barreiro, mas também admite que há outros investidores interessados no Barreiro, considerando que esta processo "tem sido galopante".
Em relação a todos os potenciais interessados em investir e gerir a concessão da infraestrutura marítima, a responsável do Porto de Lisboa considera que "só haverá garantias quando o concurso for apresentado e quando forem divulgadas as intenções de investimento".
O projeto do Terminal de Contentores no Barreiro terá financiamentos comunitários, "mas será um investimento privado, o que faz com que só um grupo com capacidade e dimensão se deverá candidatar a ele, pois será o concessionário que terá a responsabilidade financeira deste investimento".
O protocolo assinado ontem de manhã prevê a cooperação e troca de informações destinadas à construção do Terminal de Contentores no Barreiro. "Este protocolo deve durar entre um ano e meio a dois anos, e prevê reuniões mensais entre as entidades signatárias".
“Estamos disponíveis para servir o país na concretização de um objetivo que consideramos, absolutamente, indispensável. No momento que a nossa pátria atravessa é preciso intensificar a atividade económica e a criação de riqueza, bem como ampliar o número de postos de trabalho”, sublinha Carlos Humberto, frisando que esta “não é uma questão recente, nem de oportunidade, mas sim uma questão de visão estratégica que a autarquia tem para o Barreiro, para a região e, no sentido lato, para o país”.
O chefe do executivo municipal do Barreiro identificou cinco questões essências que validam a decisão. As questões técnico-portuárias que são, presentemente “um problema resolvido e ultrapassado”, uma vez que “é possível construir o Terminal de Contentores no Barreiro tal como está a ser elaborado”. As questões ambientais, ou seja é necessário encontrar “uma solução de futuro” que, simultaneamente, tenha em conta os atuais passivos que têm de ser resolvidos. As questões de mobilidade que devem resolver “os problemas do fluxo ferroviário e rodoviário que um terminal com esta dimensão vai exigir” sem trazer “novos problemas ao concelho do Barreiro”.
Como quarto aspeto, Carlos Humberto de Carvalho falou dos impactos económicos no País, na Região e no Concelho do Barreiro, que serão esmiuçados nos próximos estudos.
O quinto aspeto, “central no processo”, é a necessidade de “cerzir” a solução do ponto de vista urbano e ambiental.
Para o autarca, é natural que outras regiões e outras cidades queiram ampliar a sua atividade portuária, contudo a tónica deve ser colocada no “interesse nacional”. A solução, diz Carlos Humberto, que tem de ser encontrada, "não é a solução de um concelho contra outro concelho, de uma região contra outra região, mas sim a solução que melhor serve Portugal e os portugueses”, destacou.
Marina Ferreira, responsável pelo Porto de Lisboa, referiu que os operadores internacionais Maersk (dinamarqueses) e Fosun (chibeses) já manifestaram interesse no Terminal de Contentores no Barreiro, mas também admite que há outros investidores interessados no Barreiro, considerando que esta processo "tem sido galopante".
Em relação a todos os potenciais interessados em investir e gerir a concessão da infraestrutura marítima, a responsável do Porto de Lisboa considera que "só haverá garantias quando o concurso for apresentado e quando forem divulgadas as intenções de investimento".
O projeto do Terminal de Contentores no Barreiro terá financiamentos comunitários, "mas será um investimento privado, o que faz com que só um grupo com capacidade e dimensão se deverá candidatar a ele, pois será o concessionário que terá a responsabilidade financeira deste investimento".
O protocolo assinado ontem de manhã prevê a cooperação e troca de informações destinadas à construção do Terminal de Contentores no Barreiro. "Este protocolo deve durar entre um ano e meio a dois anos, e prevê reuniões mensais entre as entidades signatárias".
Barreiro é “uma solução de futuro”
Para o presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, a assinatura do protocolo entre as cinco entidades é “mais um passo, dos muitos passos que são necessários para que o terminal de contentores do Barreiro seja uma realidade”.“Estamos disponíveis para servir o país na concretização de um objetivo que consideramos, absolutamente, indispensável. No momento que a nossa pátria atravessa é preciso intensificar a atividade económica e a criação de riqueza, bem como ampliar o número de postos de trabalho”, sublinha Carlos Humberto, frisando que esta “não é uma questão recente, nem de oportunidade, mas sim uma questão de visão estratégica que a autarquia tem para o Barreiro, para a região e, no sentido lato, para o país”.
O chefe do executivo municipal do Barreiro identificou cinco questões essências que validam a decisão. As questões técnico-portuárias que são, presentemente “um problema resolvido e ultrapassado”, uma vez que “é possível construir o Terminal de Contentores no Barreiro tal como está a ser elaborado”. As questões ambientais, ou seja é necessário encontrar “uma solução de futuro” que, simultaneamente, tenha em conta os atuais passivos que têm de ser resolvidos. As questões de mobilidade que devem resolver “os problemas do fluxo ferroviário e rodoviário que um terminal com esta dimensão vai exigir” sem trazer “novos problemas ao concelho do Barreiro”.
Como quarto aspeto, Carlos Humberto de Carvalho falou dos impactos económicos no País, na Região e no Concelho do Barreiro, que serão esmiuçados nos próximos estudos.
O quinto aspeto, “central no processo”, é a necessidade de “cerzir” a solução do ponto de vista urbano e ambiental.
Para o autarca, é natural que outras regiões e outras cidades queiram ampliar a sua atividade portuária, contudo a tónica deve ser colocada no “interesse nacional”. A solução, diz Carlos Humberto, que tem de ser encontrada, "não é a solução de um concelho contra outro concelho, de uma região contra outra região, mas sim a solução que melhor serve Portugal e os portugueses”, destacou.
"Polo de desenvolvimento económico, empresarial e de criação de emprego"
“Esperamos que o Barreiro não fique a ver navios”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da Baía do Tejo, Jacinto Pereira. “A localização Barreiro faz muito mais sentido porque existem os territórios da Baía do Tejo, nomeadamente o Parque Empresarial do Barreiro”, defendeu, sublinhando o “ADN industrial” do território, com 287 hectares de terrenos do Estado, com uma “dinâmica económica em crescendo” – neste momento, com 177 empresas e o registo crescente de consulta de potenciais novas empresas, nacionais e multinacionais (setor automóvel, náutica, metalomecânica e logística).
Comissão começa a trabalhar em Janeiro
Já todos acreditam que contentores vão para o Barreiro |
Para Jacinto Pereira, o território do Arco Ribeirinho Sul, especificamente o Barreiro, pode ser “o principal polo de desenvolvimento económico, empresarial e de criação de emprego da Área Metropolitana de Lisboa”.
“É sintomático que estejamos aqui 80 anos depois da inauguração desta Gare Marítima, exatamente, para comemorarmos um momento decisivo do quadro daquilo que é relevante para a cidade de Lisboa, para o Estuário do Tejo, para a Área Metropolitana de Lisboa”, destacou o presidente do Conselho de Administração da EP – Estradas de Portugal, António Ramalho, reiterando que o terminal de contentores no Barreiro é “um projeto de necessidade”, que tem “procura” e “investidores privados interessados”.Comissão começa a trabalhar em Janeiro
O protocolo entrará em vigor a 1 de Janeiro de 2015 e visa “definir os princípios de cooperação, entre as entidades subscritoras, tendo em vista o aprofundamento dos estudos da construção do Terminal de Contentores no Barreiro e da ALITA (Área Logística Industrial e Tecnológica Anexa)”, consensualizar a intervenção de cada uma das entidades “no âmbito do planeamento estratégico e operacional, do desenvolvimento dos projetos, dos estudos de impacto ambiental, da divulgação e debates públicos, bem como da promoção e da execução dos projetos” e “integrar as diferentes componentes do projeto, nomeadamente desenvolvimento económico e emprego, ambiente e investimento” para que quando e se o Governo decidir avançar com o projeto todas as questões estejam fundamentadas.
No seguimento do protocolo, foi ainda constituída uma Comissão de Acompanhamento, na qual estarão representadas todas as entidades subscritoras através dos seus respetivos presidentes, que reunirá ordinariamente a partir de Janeiro de 2015, com periodicidade mensal, podendo também “reunir extraordinariamente se necessário”.
Artigo Relacionado: Vantagens estratégicas do Porto de Setúbal em debate
Agência de Notícias
No seguimento do protocolo, foi ainda constituída uma Comissão de Acompanhamento, na qual estarão representadas todas as entidades subscritoras através dos seus respetivos presidentes, que reunirá ordinariamente a partir de Janeiro de 2015, com periodicidade mensal, podendo também “reunir extraordinariamente se necessário”.
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