Autoeuropa está a recrutar trabalhadores para várias áreas

Trabalhadores decidem acordo de empresa na sexta-feira  

Para já, o clima é de confiança quanto à votação positiva do pré-acordo, tendo em conta o “carácter social” do mesmo. Os trabalhadores decidirão na próxima sexta-feira, 31 de Outubro. O representante da comissão de trabalhadores da Autoeuropa, António Chora, considera que a passagem a efectivos de cerca de 400 trabalhadores "é a grande vitória deste acordo" laboral. O aumento salarial de dois por cento é outro dos destaques resultantes desta negociação, acima do último aumento de 1,6 por cento em Outubro de 2013. Ao mesmo tempo a fábrica de Palmela está a recrutar trabalhadores para as áreas de recursos humanos, logística, finanças e tecnologias de informação. Aos futuros funcionários é prometida a "integração numa empresa de excelência" e uma "remuneração compatível com a experiência demonstrada". 

Fábrica procura novos trabalhadores para Palmela 

António Chora, em entrevista ao Jornal de Negócios, diz que esta mudança terá efeito no prazo de 30 dias a contar da assinatura oficial do acordo, o que deverá ter lugar já na próxima semana. "É uma fatia significativa" face aos 3.600 trabalhadores da fábrica de Palmela, defende o responsável da comissão de trabalhadores. 
Para já, o clima é de confiança quanto à votação positiva do pré-acordo, tendo em conta o "carácter social" do mesmo. Os trabalhadores decidirão na próxima sexta-feira, 31 de Outubro, o documento que resulta das negociações iniciadas em Setembro entre a CT e a administração da empresa. A votação decorrerá entre as sete e as 21 horas. A administração da Autoeuropa opta por só comentar o cenário depois de efectuada a votação pelos trabalhadores.
O aumento salarial de dois por cento é outro dos destaques resultantes desta negociação, acima do último aumento de 1,6 por cento em Outubro de 2013. Os trabalhadores pediam 3,5 por cento. "São os valores possíveis. Não conheço nenhuma reivindicação que tenha sido realizada", justifica António Chora. O pacto representa um aumento mínimo de 20 euros, numa empresa onde os salários mais baixos rondam os 900 euros. A empresa liderada por Melo Pires comprometeu-se ainda a não efectuar nenhum despedimento colectivo até ao final de 2015.
Antes pelo contrário, a fábrica de Palmela está a recrutar pessoal para as áreas de recursos humanos, logística, finanças e tecnologias de informação. Aos futuros funcionários é prometida a "integração numa empresa de excelência" e uma "remuneração compatível com a experiência demonstrada", diz a empresa no seu site oficial.
Todas as oportunidades disponíveis são a tempo inteiro e têm em comum alguns requisitos gerais, nomeadamente sólidos conhecimentos de inglês (falado e escrito), conhecimentos de alemão (preferencial), motivação e capacidade para o trabalho em equipa, orientação para o cliente e fortes competências de relacionamento e comunicação interpessoal.
As restantes exigências variam com o cargo a que os indivíduos se candidatam, sendo obrigatório, para qualquer um deles, possuir uma licenciatura numa das áreas procuradas (psicologia, contabilidade, gestão de empresas, economia, engenharias ou matemática, entre outras) e ter experiência profissional relevante.
De acordo com o site oficial da Autoeuropa, as candidaturas deverão ser feitas mediante o envio de CV em formato Europass, com fotografia, para o e-mail seleccao.recrutamento@volkswagen.pt, indicando também a referência do anúncio a que se candidata.
"Somente serão consideradas as candidaturas que reúnam o perfil solicitado, sendo que as restantes ficarão em base de dados para futuras solicitações", explica a empresa, que acrescenta que "todas serão tratadas com confidencialidade ao abrigo da lei de proteção de dados".

Ontem houve plenário
Os trabalhadores estiveram reunidos em plenário esta quarta-feira, 29 de Outubro. No encontro foi apresentado o caderno reivindicativo e prestadas informações sobre o desenvolvimento da produção.
O investimento de 677 milhões de euros para dotar a fábrica de Palmela com tecnologia capaz de fabricar novos modelos ainda não dá sinais. António Chora considera "tardia" a introdução desta nova fase na empresa. Ainda assim, acredita que o mais importante é que "o investimento esteja no terreno".
Segundo os mais recentes dados da ACAP, a produção em Palmela cresceu 12,6 por cento nos primeiros nove meses de 2014 face ao período homólogo. Até Setembro, foram produzidos 77.762 veículos.

Agência de Notícias

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