Montijo quer construir porto para pescadores

Entidades públicas "bloqueiam" construção de porto de pesca na zona ribeirinha 

A Câmara do Montijo recebeu "luz verde" da Comissão Europeia para a construção de um cais de pesca na zona ribeirinha da cidade [junto ao muro da marinha José Leite]. O projeto concorreu a fundos da Europa em 2010 mas tarda em arrancar no terreno por falta de aprovação dos licenciamentos da obra, por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e da Administração do Porto de Lisboa. Nuno Canta, chefe do executivo do Montijo, lembra que o cais de pesca “é uma reivindicação de há séculos” e que a autarquia está disposta a introduzir as alterações que as duas entidades da administração central "considerem essenciais no projeto, para que o mesmo possa avançar" em breve.

Montijo quer construir porto para pescadores na zona ribeirinha 

A construção de um cais de pesca na zona ribeirinha do Montijo, na ponta do muro da “marinha do José Leite”, está dependente da aprovação de duas entidades da administração central para poder avançar. 
De acordo com o presidente da câmara municipal, Nuno Canta, o projeto desenvolvido “há uns anos” pela autarquia foi submetido a um programa de apoio comunitário “em 2009-2010” e teve na semana passada, uma resposta positiva, mas a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR/LVT) e a Administração do Porto de Lisboa (APL) “estão a criar dificuldades” ao licenciamento da obra.
Segundo o chefe do executivo municipal, "este programa PROMAR tem a intenção de apoiar o projeto com uma verba de 500 mil euros, sendo que a autarquia custearia apenas o valor do IVA da obra”. A criação de um cais de pesca é um sonho antigo e uma necessidade da classe piscatória local, há agora luz verde para financiar a obra a fundo perdido, mas a CCDR/LVT e a APL mostram-se “renitentes” em aprovar o projeto, explica Nuno Canta.
“Desenvolvemos o licenciamento prévio deste cais junto da CCDR/LVT, que nos colocou algumas reservas. Estamos a tratar desse mesmo licenciamento com a APL, que também colocou várias reticências”, diz o autarca. 
A realização de um estudo de impacte ambiental e o facto de a zona em si integrar a Reserva Ecológica Nacional (REN), têm sido os motivos que têm evitado, de acordo com Nuno Canta, a aprovação de ambas as entidades na construção do novo porto.
Nuno canta lembra ainda que o cais de pesca “é uma reivindicação de há séculos” e que a autarquia está disposta a introduzir as alterações que a CCDR/LVT e a APL considere essenciais no projeto, para que o mesmo possa avançar. “Vamos reunir em breve com estas duas entidades, para podermos até reconfigurar o projeto como entenderem necessário, para que possamos ter uma estrutura de apoio aos pescadores”, diz o presidente do município do Montijo,  realçando que “nunca houve um cais de pesca, totalmente dedicado a essa atividade e se vier a ser construído, será um cais gerido pelos pescadores e pela Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense, em parceria com a câmara do Montijo”, conclui o autarca.

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