Fortaleza de Santiago, em Sesimbra, abre hoje ao público

Fortaleza de Santiago volta a ser da população de Sesimbra  

As portas da Fortaleza de Santiago, em Sesimbra,  vão voltar a abrir ao público esta sexta-feira, 25 de Julho, às 21 horas, depois de uma intervenção apoiada por fundos comunitários, que permitiu a recuperação total deste monumento, classificado como património de interesse público desde 1977. No interior do edifício passará a funcionar o Posto de Turismo, uma cafetaria, espaços multiusos e de exposições, que permitirão apresentar uma programação cultural regular. Posteriormente, será instalado, no local, o Museu Marítimo de Sesimbra. O programa da inauguração inclui intervenções oficiais, às 21.30 horas, e um espetáculo com Teresa Salgueiro, a voz dos Madredeus, um dos mais famosos grupos portugueses de sempre, às 22 horas.

Fortaleza de Santiago reabre ao público dia 25 de Julho 

Na data de abertura estarão patentes duas exposições, uma dedicada à história do edifício, que para além das datas mais marcantes, dá ênfase a todos os esforços desenvolvidos ao longo do século XX para que o município de Sesimbra pudesse tomar posse do monumento, e outra relacionada com a intervenção. Haverá também, explica o gabinete de comunicação da autarquia,  "um conjunto de painéis descentralizados que mostram o estado em que se encontrava o conjunto arquitetónico e o trabalho que foi necessário desenvolver para se conseguir recuperar a sua estrutura original".
O programa da inauguração inclui intervenções oficiais, às 21.30 horas, e um espetáculo com Teresa Salgueiro, a voz dos Madredeus, um dos mais famosos grupos portugueses de sempre, às 22 horas.

Uma recuperação exemplar
Obras de restauro custaram cerca de dois milhões de euros 
A requalificação da Fortaleza de Santiago, iniciada em 2011 pela Câmara de Sesimbra, foi uma das mais importantes intervenções incluídas no Programa Integrado de Valorização da Frente de Sesimbra, apoiado pelo QREN- PORLisboa, e rondou os 2 milhões de euros. A grande preocupação do projeto foi manter a traça original do edifício.
Depois da obra da primeira fase, centrada no arranjo das fachadas e muralhas e na remoção de paredes, pisos e estruturas que não faziam parte da construção original, a segunda parte da reabilitação, explica a autarquia, "abrangeu os espaços interiores e consistiu, sobretudo, na substituição dos pisos antigos que se encontravam degradados, especialmente na zona da casa do Governador e das antigas camaratas, construção de instalações sanitárias, infraestruturas de águas, gás, esgotos, eletricidade e telecomunicações, e preparação das salas para acolher as diversas valências que vão preencher o edifício".
No essencial, diz a Câmara Municipal, "tratou-se de um trabalho minucioso e especializado, sempre muito bem documentado e acompanhado por técnicos ligados à história e à arqueologia, pois a intenção foi preservar, ao máximo, a estrutura inicial".
Houve também a preocupação de tornar o edifício prático e funcional, adaptado às novas funcionalidades como espaço museológico e de lazer. Neste campo salienta-se "a instalação de um elevador que permitirá o acesso de pessoas com mobilidade reduzida ao andar superior e um deck em madeira, que estabelece a ligação a todas as áreas interiores a partir da entrada do edifício", refere o município.

Transferência do imóvel para o município
Fortaleza de Santiago, em Sesimbra, é património nacional desde 1977 

A abertura da Fortaleza ao público, no dia 4 de Maio de 2006, foi o momento que marcou o início do processo de transferência deste imóvel para a gestão municipal. O acordo celebrado entre a Câmara Municipal e a Guarda Nacional Republicana (GNR) estabeleceu a utilização do espaço para realização de diversos eventos, como a Zimbr’Arte, as Zimbra Estações e espetáculos musicais.
Dois anos depois, a GNR subscreveu a proposta da Câmara de Sesimbra para a cedência do espaço edificado da Fortaleza de Santiago à autarquia, que tinha sido dirigida ao Ministério da Administração Interna em Agosto de 2007.
O projeto de recuperação, que posteriormente recebeu financiamento do Quadro de Referência Estratégico Nacional, no âmbito de uma candidatura apresentada pela Câmara Municipal para a Revitalização da Frente Marítima de Sesimbra, previa o aproveitamento do espaço para atividades culturais e de lazer, entre os quais o Museu do Mar.
Em Abril de 2010, a Direção-geral do Tesouro e Finanças, (DGTF), a GNR e a Câmara de Sesimbra celebraram o Auto de Restituição, Cedência de Utilização e Aceitação da Fortaleza de Santiago. Nos termos deste compromisso, a GNR restituiu à DGTF o imóvel e, por sua vez, esta autorizou a cedência de utilização ao município por um período de 87 anos.
No final desse ano, o edifício é encerrado ao público para realização do diagnóstico estrutural do edifício, operação que implicou um conjunto de intervenções em vários pontos do mesmo. O estudo geotécnico, geológico e estrutural da Fortaleza de Santiago teve como objetivo avaliar o seu estado de conservação para se iniciarem as intervenções previstas.
Dois anos depois, por iniciativa da GNR, é assinada uma adenda ao memorando de entendimento que formaliza a cedência de todos os espaços da Fortaleza a título definitivo, ao município. O novo acordo possibilitou à autarquia fazer alterações ao projeto, permitindo a instalação do Posto de Turismo e um conjunto de valências que valorizam o espaço e que são essenciais para qualificar o turismo em Sesimbra.

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