"Nestas páginas, compreendemos que, afinal, a espiritualidade da Arrábida está em todos nós"
O presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, afirmou na apresentação do livro “A Espiritualidade da Arrábida”, a importância da Serra da Arrábida enquanto local que permite a autodescoberta individual. “Ali, como escreveu Frei Agostinho da Cruz, naquele alto mais perto do céu, é fácil estar a sós com Deus. Poderia também dizê-lo de outra forma: ali é mais fácil estarmos a sós connosco próprios para descobrirmos quem afinal somos”, disse o presidente da Câmara na sessão realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho.Livro revela fotografias e textos sobre a Arrábida |
“A Espiritualidade da Arrábida”, um livro que André Martins qualificou como “verdadeiramente magnífico”, reúne trabalhos de 24 artistas, pensadores e fotógrafos da região, convidados pelos Amigos da Paróquia de São Sebastião a refletir sobre o Parque Natural da Arrábida.
“Nestas páginas, compreendemos que, afinal, a Espiritualidade da Arrábida está em todos nós que, dia após dia, acordamos em frente à majestosa serra, que lá no horizonte poente todos os dias nos dá alento para continuar a admirar a beleza do mundo”, referiu o autarca, manifestando a crença de que “será a beleza do mundo, convertida em paz, em justiça, em solidariedade, que prevalecerá”.
André Martins salientou ainda que, como recorda no livro o professor universitário Viriato Soromenho Marques, “foi também ali que nasceu o movimento ecologista português, muito em resultado do grito revoltado” do poeta azeitonense Sebastião da Gama, “que exigia que a Mata do Solitário sobrevivesse ao ímpeto destruidor de alguns homens”.
Com prefácio do bispo de Setúbal, Cardeal D. Américo Aguiar, e texto de encerramento de Viriato Soromenho Marques, o livro baseia-se na exposição, com o mesmo título, que esteve patente há um ano no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, por ocasião do 470.º aniversário da Paróquia de São Sebastião.
Coordenada pelo padre Casimiro Henriques e por António e Isabel Melo, a obra apresenta perto de 40 de fotografias e cerca de 30 textos e gravuras, incluindo imagens do fotógrafo setubalense Américo Ribeiro e poemas dos dois grandes poetas arrábidos, Sebastião da Gama e Frei Agostinho da Cruz, frade franciscano que viveu na Serra os seus últimos 15 anos de vida, no século XVII.
Agência de Notícias
Fotografia: CM Setúbal
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