O ADN de Sabrina Gladio candidata a Miss Lisboa 2023

"Tenho o sonho de deixar o mundo melhor a cada dia por onde passo"

Falta apenas um dia para a grande final da Miss Lisboa 2023. Quem sucede a Bruna Prazeres? Pode ser a próxima entrevistada da ADN-Agência de Notícias. Chama-se Sabrina Gladio e tem 28 anos. Foi atriz e agora trabalha no setor do marketing digital. Mas a morena de olhos intensos da capital quer mais. Muito mais. Quer trazer a faixa e a coroa para casa e está a preparar-se para isso. Humilde, simples, verdadeira e muito bonita tem tudo para ser a miss de todo o distrito de Lisboa. Calma mas inquieta. Bonita, mas intensa. Sabrina tem uma força que chega de dentro. Hoje é uma mulher forte mas não fazem ideia "das vezes que falhei, dos 'nãos' que recebi ou das horas que passei a estudar coisas que ajudam o meu desenvolvimento pessoal e poderão levar-me onde quero, das noites que fiquei em casa em vez de sair ou ir ao cinema, das pessoas que não estiveram lá para mim…". Entranha-se e inspira-se na cidade que escolheu para viver. As coisas que a seguir se podem escutar, são notas que só a alma pode entender... e o júri avaliar. 
Sabrina Gladio é candidata a Miss Lisboa

Vamos falar da Sabrina. Da mulher, da paixão e da vontade de rescrever uma história bonita neste ano. Quando apareceu o concurso Miss Lisboa na sua vida? "Oficialmente, foi por volta do dia 25 de Julho de 2023… mas a vontade surgiu pouco menos de um mês antes. Depois de muito pensar e meditar, umas semanas depois, falei com a organização do Concurso Nacional de Beleza, até oficializar a minha participação e a 11 de Agosto tornou-se público. Até esse dia só eu é que sabia". Tem tudo, todos os passos, tatuados na memória dos dias. 
Uma das poucas coisas que melhoram com o tempo é a força de fazer coisas novas. Acontece nos grandes momentos. Não se consegue apressar nem prever, não há atalhos nem estratégias. E um desses sonhos de sempre alcançar o topo. "O sonho sempre foi ganhar o Miss Universo e para isso, este ano, preciso de ganhar as etapas anteriores - o Miss Lisboa e a Miss Portugal - portanto posso dizer que ganhar o Miss Lisboa faz parte do sonho", disse à ADN. 
E na cabeça já tem tudo programado de qual será a sua primeira ação se o júri a escolher. "A primeira coisa que farei é agradecer. Agradecer pela oportunidade e procurar enaltecer Lisboa através dos meus olhos e da paixão que é viver esta cidade e distrito tão ricos, inspiradores e maravilhosos". 
Além do corpo bonito, dos desfiles e das poses para as fotografias, o concurso lembra os desafios, a beleza pelo bem ambiental, por um lado mais solidário e humanista. "Tenho o sonho de deixar o mundo melhor a cada dia por onde passo. Acho que os desafios sociais e ambientais são algo que faz parte de mim naturalmente, no entanto é mais impactante fazê-lo usando diversas plataformas como é o caso dos concursos. O mais fascinante é ver como as Misses evoluem e deixam de ser meninas com sonhos para se tornarem rainhas com objetivos e projetos". 

Os 'nãos' fizeram parte da sua evolução para estar hoje onde está 
Os exemplos de Sabrina podem inspirar outras candidatas 
Falar de Sabrina é falar no que cada um pode ser exatamente como e dizer aquilo que apetece dizer. Tem-se liberdade para ser intensa, sensual e defender causas importantes: está-se à vontade quando se avança para um aventura onde nunca se sabe onde vai dar. Seja onde for, é sempre bom.
Atualmente trabalha no setor do marketing digital, "faço otimização de campanhas de busca, gosto bastante de estratégia, redes sociais e branding", sublinha.  
Sabrina conta ainda que toda a vida "fui atriz de palco, este ano abracei o desafio da dança desportiva de competição. O meu maior sonho é o mesmo há mais de 12 anos e chama-se Miss Universo. Tenho ambições profissionais que passam por criar projetos lucrativos e que mudem a vida de milhares de pessoas e que possam inspirar milhões". 
Adora escrever, gosta de cantar, é bastante criativa, e tem uma tendência natural para ajudar.  "Pessoalmente sou uma eterna sonhadora, com um coração enorme. Assertiva é uma palavra com que me definem os meus irmãos, meiga na visão dos meus pais e o protótipo de leal segundo os meus amigos, procuro a harmonia em tudo e tento sempre ver o lado positivo das coisas", eis o ADN da candidata que de Lisboa quer ser a mais bonita do país e do mundo inteiro. 
Que imagem gosta de passar para as pessoas? "Trabalho vários arquétipos em situações diversas, mas para jovens gosto de passar uma imagem de pessoa comum, que trabalhou um mindset acessível a qualquer indivíduo. Não quero que sintam que eu sou especial ou que fui abençoada e que isso não é o seu caso, como se não tivessem como alcançar os seus sonhos ao se enxergarem tão diferentes de mim, porque na verdade todas temos a capacidade para chegar onde ambicionamos, mesmo que o caminho seja longo". 
E diz mais: "Muitas pessoas olham para as minhas redes ou para onde me encontro neste momento da minha vida após uma breve conversa, mas não fazem ideia das vezes que falhei, dos 'nãos' que recebi ou das horas que passei a estudar coisas que ajudam o meu desenvolvimento pessoal e poderão levar-me onde quero, das noites que fiquei em casa em vez de sair ou ir ao cinema, das pessoas que não estiveram lá para mim… que tive de conhecer e a dada altura perceber que não deviam fazer parte da minha vida, dos anos que levo a perseguir os meus sonhos - no caso dos certames de beleza já lá vão 12 anos desde que comecei - ou mesmo do trabalho que dá e das férias das quais abdico todos os anos, para poder continuar a sonhar", conta com emoção. 
Além de que a família e amigos "não são um suporte, pois não acreditam nem têm a visão que eu tenho - ficam felizes quando alcanço algo, mas por normal não dão o apoio que poderiam dar. Quero que as jovens olhem para mim como uma inspiração para não deixarem de acreditar que podem chegar onde nunca imaginaram, mas que também vejam que não é sorte, é uma coleção de fracassos que levam a coisas melhores ao longo tempo". 
Esse é um exemplo de o que é a vida. Uma estrada incerta, cheia de caminhos que podem nos levar ao nada, ou ao encontro de coisas fantásticas. É assim o caminho de uma miss. Mas para a Sabrina  não importa só isso. "Ainda não alcancei os meus sonhos e continuo a lutar por eles, por isso não há desculpa para desistir à primeira quando queremos algo de verdade. Quero que as jovens possam olhar para mim como uma role-model, que possam acompanhar-me, ler os meus livros ouvir as minhas histórias e modelar o que eu fiz, faço e farei para aplicar nas próprias vidas e terem sucesso nas suas conquistas pessoais e não têm de estar relacionadas aos concursos, pois o método é o mesmo. Eu inspiro-me muitas vezes também em pessoas que acabo por modelar e não são do mundo Miss", realça. 
Qual a importância deste tipo de concurso na vida de uma mulher? "Na minha ótica é uma forma de as mulheres se valorizarem como um todo, aprenderem a conhecer-se e projetarem versões mais capazes, mais confiantes e maduras de si mesmas. É algo que começa no concurso, mas que não termina nunca", conta a candidata.  

Uma mulher apaixonada por Lisboa 
Candidata tem um sonho: Ser Miss Universo 
"Porque ser Miss é uma experiência, que dura mais ou menos um ano, mas as aprendizagens que tiramos dos certames são ferramentas eternas para uma vida mais plena e bem-sucedida. Talvez muitas cheguem ao primeiro concurso sem saber andar bem num salto alto ou sem saber fazer uma simples maquilhagem (eu mesma fui aprimorando esses dotes ao longo dos anos), mas a aprendizagem não serve única e exclusivamente para fazer o caminho até à coroa, será útil para as entrevistas de emprego para as ocasiões ou mesmo para o dia-a-dia. Uma Miss deve ser uma oradora nata e quantas vezes temos de falar em público, seja ele grande ou pequeno, ao longo da vida? A experiência nos certames também ajuda a desenvolver capacidades como a oratória, a postura, a confiança ou mesmo a maturidade e inteligência emocional", sublinha a modelo. 
Calma mas inquieta. Bonita, mas intensa. Sabrina tem uma força que chega de dentro. Entranha-se e inspira-se na cidade que escolheu para viver. "Eu amo Lisboa! Não nasci cá, nasci fora de Portugal, pois os meus pais estavam emigrados, mas sempre tive apenas nacionalidade portuguesa e a capital lusitana é sem dúvida a minha casa. Amo as cores lindas de Lisboa, o cheiro e o ruído de fundo em cada bairro. Desde os tesouros do centro histórico aos traços mais atuais do Oriente. A marca dos descobrimentos portugueses em Belém, os recantos e vistas de Alfama, a cultura literária que respira o Chiado, a street art presente e os artistas portugueses que enfeitam não só Portugal como o mundo através das suas criações gigantescas, bem como a alegria de um povo com história".
Mas Lisboa tem uma coisa [tão nossa] que a deixa apaixonada. "Talvez o que mais me fascina da aura lisboeta não seja a multiculturalidade e a troca entre locais e estrangeiros, que hoje em dia percebemos tão comum quotidianamente - a razão de Lisboa se ter tornado tão atraente em muitos sentidos - mas o Fado. O Fado que não morre e continua a ser a alma da cidade. O Fado que traz a saudade, o Fado que é património imaterial da humanidade, o Fado que mantém viva a alma portuguesa, o Fado que nasceu na Mouraria e que se tornou tão nosso, tão único e especial… tão Portugal!". É Lisboa a ser Lisboa. 

"Não tenho 'mau feitio' nem acordo mal disposta" 
Uma mulher justa com um coração ensinável 
Sabrina Gladio, 28 anos, 1.68 cm, acredita que "os milagres acontecem, quando acreditamos".  É a sua frase preferida. A melhor coisa da vida é "acordar todos os dias e saber que há novas oportunidades, que temos mais um dia para viver e ser felizes". Talvez por isso, Anderson Freire, anda sempre com ela a cantar a sua Raridade. 
Confessa que gosta da sua "estrutura corporal e gosto do meu olhar, tenho uma relação complicada com o meu cabelo, mas também é algo que amo em mim. Tive de aprender a deixá-lo existir com toda a sua autenticidade. Na minha personalidade gosto da leveza com que hoje sou capaz de olhar para as coisas que acontecem, gosto cada vez mais do meu lado espiritual, acho que sou extremamente versátil e isso permite-me explorar coisas que por vezes nem imaginava".
No correr das palavras a candidata considera-se "uma pessoa justa e com um coração ensinável, sou também elegante e descontraída na medida certa, gosto de fazer rir a minha família e gosto de ter conversas profundas com os meus amigos. Sou muito alegre e gosto de contagiar as pessoas à minha volta", diz. 
E há outras boas qualidades. "Não tenho 'mau feitio' nem acordo mal disposta, como todos tenho dias menos bons, mas esses tento vivê-los como um reset, como uma oportunidade de refletir sobre o que pode não estar a caminhar na direção certa, e, ajustar as minha crenças…". 
Resumindo, "sou um doce com uma dose de carisma que não é capaz de olhar só para si, mas olha também para o mundo em que vive e pretende deixá-lo de alguma forma melhor. Gosto de ser como sou e espero ver mais pessoas a tornar-se a melhor versão de si". 
É mais uma mulher em busca do sonho de ser a "mais bonita de Lisboa" para dali para a frente poder pintar sorrisos, desenhar momentos de afeto, partilhar a ajuda e continuar a acreditar nos sonhos e nas realidades. 

Paulo Jorge Oliveira 
ADN-Agência de Notícias  

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