CIP e Governo acompanham crise na fábrica de Palmela

É preciso procurar as soluções que melhor protejam a Autoeuropa e toda a atividade económica

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) apelou ao Governo para que acompanhe a paragem de produção de nove semanas da Autoeuropa, em Palmela, e adopte as soluções necessárias para proteger a empresa e a economia da região de Setúbal.  A CIP quer que o Governo acompanhe esta situação de perto, procurando as soluções que melhor protejam a empresa e toda a atividade económica na região de Setúbal”, refere um comunicado divulgado pela confederação empresarial. O Ministério da Economia garante que o Governo procura soluções "para minimizar o impacto" da paragem de produção "numa das maiores empresas exportadoras do país". Mercado nacional pode ser opção.
Fábrica vai parar nove semanas a partir de 11 de Setembro

“É igualmente importante que sejam agilizados os procedimentos administrativos que a Autoeuropa terá de desencadear para gerir esta paragem forçada dos trabalhadores com o mínimo de impactos”, acrescenta o documento em que a CIP considera que a suspensão da produção na Autoeuropa vem juntar-se “à estagnação da economia nacional e ao arrefecimento na União Europeia”.
A fábrica de automóveis da Volkswagen, em Palmela, no distrito de Setúbal, revelou na semana passada que vai haver uma paragem de produção de nove semanas, de 11 de Setembro a 12 de Novembro, devido às dificuldades de um fornecedor da Eslovénia “severamente afetado” pelas cheias que ocorreram no passado mês de Agosto naquele país.
A Autoeuropa anunciou também a intenção de recorrer ao ‘lay-off’ durante a paragem de produção, mas a Comissão de Trabalhadores, que reuniu com a administração da fábrica, entende que a empresa tem condições para garantir os rendimentos de todos os funcionários.
No comunicado, a CIP diz estar a acompanhar a situação com preocupação, por se tratar de uma “empresa com impacto relevante na criação de riqueza do país, em especial no universo de empresas em redor da fábrica de Palmela”.
O Ministério da Economia garante que está a “desenvolver todos os esforços para identificar soluções” na indústria de componentes nacional para responder aos impactos da suspensão da produção na Autoeuropa, motivada pelas cheias que afetaram severamente um produtor na Eslovénia. Além disso, está a identificar os fornecedores nacionais da empresa de Palmela, para com eles reunir e “minimizar os riscos de paragem da fábrica nos próximos meses”.
“O Governo está empenhado em encontrar as melhores soluções, a todos os níveis, para minimizar o impacto desta paragem de produção numa das maiores empresas exportadoras do país“, acrescenta o Ministério.

"Arrefecimento da economia da União Europeia é uma evidência"~
Autoeuropa produz 1,5 por cento do PIB nacional 
“Esta suspensão de uma grande empresa industrial acontece na mesma semana em que o Instituto Nacional de Estatística confirmou a estagnação da economia nacional entre o primeiro e o segundo trimestres do ano, alertando em particular para a queda das exportações — menos 2,3 por cento”, lê-se no documento.
A CIP considera também que “o arrefecimento da economia da União Europeia é uma evidência que está naturalmente a refletir-se na queda do investimento privado em Portugal e que também já começou a provocar o aumento do desemprego em vários países da União Europeia”.
Perante os cenários que considera pouco animadores para o futuro próximo do país, a CIP defende que “o agravamento da situação nacional é um risco que tem de ser enfrentado sem hesitações”.
A Autoeuropa, que no ano passado produziu mais de 231 mil automóveis, representa cerca de 1,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e é um dos principais clientes de dezenas de empresas, nacionais e estrangeiras, instaladas na região de Setúbal.


Comentários

  1. Não é possível continuar no mesmo padrão e os 165 não nato estão a preparar-se ... a guerra de fronteira na ucrânia e em áfrica é apenas um elemento do puzzle ... os ocidentais não vão crescer para áreas a leste e a sul ,,, nem com referendos e promessas de liberdade . Em 2050 não haverá nenhum país do atual grupo da europa EU que não controla a europa mas apenas metade . E querem obrigar-nos a comprar armas bem como a criar uma força militar para fazer o " serviço " onde os mandarem . O modelo bem sucedido de palmela também tem os dias contados ... a fábrica da eslovénia apenas acelerou o processo e por isso falam em lay off .

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