Festival Queijo, Pão e Vinho com 19 mil visitantes em São Gonçalo

"Maior evento de produtos locais da região e uma referência nacional" 

O 27.º Festival Queijo, Pão e Vinho, que decorreu em São Gonçalo, Cabanas, na Quinta do Anjo, no último fim de semana (31 de Março a 2 de Abril) recebeu 19 mil visitantes, disse a Câmara de Palmela em comunicado enviado à ADN-Agência de Notícias.  Ao longo dos três dias, os visitantes tiveram a oportunidade de contactar diretamente com os 39 produtores presentes (15 de vinhos da Península de Setúbal, nove queijarias, duas panificadoras e 13 de doçaria, mel, entre outros produtos), para além dos Queijos de Portugal ou desfrutar do melhor da gastronomia regional. Além do município de Palmela, o certame reuniu ainda produtos de Sesimbra e de Setúbal. Para Francisco Macheta, presidente da Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida, entidade organizadora, este é já o "maior evento de produtos locais da região e uma referência nacional". 
Queijo, Pão e Vinho voltou a ser um sucesso 

Foi o regresso em "grande" de uma das maiores feiras do distrito. Além do queijo, do pão e do vinho e de tantos outros sabores da Arrábida, o público foi surpreendido pela original Corrida de Ovelhas (este ano com Ovelhas 100 por cento Saloias), demonstrações de tosquia, atividades equestres, espetáculos musicais diários ou participar nas atividades na área da gastronomia e vinhos. 
Destaque para o Ateliê de Fogaça de Palmela com a Chef Marta Nunes, promovido pelo município de Palmela no âmbito do programa “Palmela - Experiências com Sabor!”, e para a iniciativa “Aprender a Fazer Queijo”.
Este ano, para além de Palmela, também os municípios de Setúbal e Sesimbra marcaram presença no evento, ficando assim representado todo o Território Arrábida. O recinto contou também com algumas alterações, para tornar o espaço mais acolhedor. Outra novidade foi o copo reutilizável do Festival, eliminando-se assim o plástico descartável
Francisco Macheta, presidente da Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida, entidade organizadora, lembrou que, em 2022, o Festival foi "dos primeiros eventos nacionais a regressar à atividade, com o receio inerente a dois anos de confinamento, mas este revelou-se um dos melhores anos do Festival em termos de público e vendas, o que aumentou o grau de responsabilidade e exigência para 2023".
Para Francisco Macheta, este é já o "maior evento de produtos locais da região e uma referência nacional", que tem como marcas distintivas a "proximidade entre consumidor e produtor, a ruralidade e o prazer de demonstrar a quem o visita os melhores produtos da região".

 Promover e acrescentar valor" à região e aos seus produtos
Corrida de Ovelhas Saloias, uma originalidade da Quinta do Anjo
Álvaro Amaro, presidente do município de Palmela, que apoia o Festival desde o primeiro momento, elogiou a equipa da Associação Regional de Criadores de Ovinos Leiteiros da Serra da Arrábida, que "não desiste e continua a resistir, contra ciclos recessivos". O Festival, referiu o autarca, "celebra várias marcas", como o Território Arrábida e o Queijo de Azeitão, e é importante "valorizar, promover e acrescentar valor" à região e aos seus produtos de qualidade através destes eventos. 
Álvaro Amaro reconheceu ainda a capacidade do Festival de dar outros passos", com novidades ano após ano, mas "sem perder o que é tradicional".
Também a Junta de Freguesia de Quinta do Anjo é um parceiro importante do evento. "Este Festival de base tradicional, mostra assumida da nossa ruralidade, foi, é e continuará a ser um Festival resistente, porque privilegia o contacto direto entre produtores e consumidores, adapta-se a valores como a ecologia e a proteção ambiental, mantém de forma acessível condições de visitação e participação a todos os visitantes, continua a aportar nos nossos recursos culturais e artísticos nos momentos de animação, valorizando e dando a conhecer o nosso Movimento Associativo, e porque, à oferta de produtos locais, alia o desporto de natureza, fazendo do património natural Arrábida um recurso que merece ser partilhado", destacou o presidente, António Mestre.

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