Montijo apresentou plano estratégico de drenagem da cidade

Um roteiro para o futuro a desenvolver entre 2023 e 2063

Já foi apresentado o Plano Estratégico de Drenagem da Cidade de Montijo “Reabilitação, beneficiação e adaptações climáticas do sistema de saneamento da cidade do Montijo”. Nuno Canta, presidente da autarquia, explicou que “decidimos desenvolver um plano de drenagem nomeadamente, relativo ao controlo das cheias urbanas rápidas. As cidades vão crescendo e vamos ligando novas infraestruturas”. Destacou o Montijo como “um caso particular porque, num curto espaço de tempo, cresceu substancialmente” e salientou ainda a particularidade da cidade “com um território permeável e com muitos espaços verdes”.
Autarquia aprova plano estratégico urbano da cidade  

O estudo foi desenvolvido pela empresa Hidra, Hidráulica e Ambiente e foi apresentado por José Saldanha Matos, professor Catedrático do Instituto Superior Técnico e Filipa Ferreira, também professora do Instituto Superior Técnico, da Universidade de Lisboa, e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, e do vereador José Manuel Santos, entre outros convidados.
O plano estratégico foi apresentado por José Saldanha Matos como “um roteiro para o futuro, a desenvolver entre 2023 e 2063, que prevê o futuro baseado num trabalho de monotorização e gestão integrada”.
Filipa Ferreira esclareceu que o plano considerou os desafios sociais que afetam o ciclo urbano da água como o aumento populacional e mitigação do meio rural para o meio urbano, o consumo crescente e desequilibrado de recursos, os compromissos ambiciosos para o setor e o quadro geral de alterações que afetam o setor: alterações na ocupação do território, alterações climáticas e novos padrões de consumo.
Para mitigação e adaptação dos eventos e melhoraria da eficiência e sustentabilidade do sistema, são propostas várias intervenções para um período alargado de 40 anos, para proteção de pessoas, bens e valorização ambiental do estuário, num investimento total de 12,1 milhões de euros.
Entre as soluções apresentadas incluem-se a interceção de águas residuais em tempo seco; o controlo de caudal; a o beneficiação das descargas; desvio, reforço e reabilitação de coletores; a proteção de áreas urbanas inundáveis; soluções de controlo na origem e intervenções complementares como, por exemplo, reforço da captação do sistema superficial da cidade; cadastro, inspeções CCTV e limpeza dos coletores ou sistemas de monitorização e aviso.

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