Utentes marcam concentração, em Almada, para exigir cumprimento de horários

TST e Alsa Todi continuam sem garantir carreiras em toda a península de Setúbal 

As Comissões de Utentes da Península de Setúbal convocaram para esta terça-feira uma concentração à porta da sede da Transportes Sul do Tejo, em Almada, para reclamar o cumprimento dos contratos e correspondentes horários e carreiras. Segundo as comissões de utentes, desde 1 de Julho que se acumulam reclamações dos utentes por “diariamente serem confrontados com constrangimentos vários como: supressões de carreiras, falta de informação e incumprimento dos horários, alteração dos trajetos e mais tempo gasto nas suas deslocações”. Esta situação, adiantam as comissões em comunicado, provoca um enorme desgaste físico e psicológico aos utentes, roubando-lhes qualidade de vida. Os TST e a Alsa Todi ganharam os concursos públicos para a concessão dos transportes rodoviários sob a égide da Carris Metropolitana. 
Pessoas à espera por autocarros que não chegam já é imagem de marca 

A concentração agendada para as 18 horas visa exigir à TST (que opera nos concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra) e à Alsa Todi (empresa que opera nos concelhos de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal) o cumprimento dos contratos de concessão e das carreiras e horários estipulados.
As comissões de utentes recusam o argumento da “falta de motoristas“, referindo que há motoristas a sair destas empresas para outras onde têm melhores condições de trabalho e uma maior remuneração.
Os utentes exigem que as administrações das duas empresas “dignifiquem a carreira de motorista e criem condições atrativas para a captação dos profissionais necessários para cumprirem os contratos de concessão e a prestação do serviço público”.
A 1 de Outubro, cerca de 400 pessoas manifestaram-se em Setúbal e no Montijo contra o que classificaram de “mau serviço” de transporte público rodoviário da empresa Alsa Todi.
A Carris Metropolitana é a marca comum sob a qual funcionam as operações de transporte público rodoviário na Área Metropolitana de Lisboa (AML), gerindo as redes municipais de 15 dos 18 municípios (Barreiro, Cascais e Lisboa mantêm as operações locais) e a totalidade da operação intermunicipal dos 18 concelhos.
Para tal foi criada a empresa Transportes Metropolitanos de Lisboa, detida a 100 por cento pela entidade intermunicipal.
A área 1 inclui Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra; a área 2 Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira; a área 3 Almada, Seixal e Sesimbra; e a área 4 Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal.
Os novos autocarros amarelos da Carris Metropolitana começaram a operar em 1 de Junho nos concelhos de Setúbal, Alcochete, Moita, Montijo e Palmela (área 4) e a 1 de Julho nos de Almada, Seixal e Sesimbra (área 3), todos eles no distrito de Setúbal.
O início da operação da Carris Metropolitana nos concelhos da margem norte do Tejo, no distrito de Lisboa (áreas 1 e 2), foi adiado para 1 de Janeiro de 2023 por não estarem “garantidas as condições consideradas essenciais”.

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