70 assistentes operacionais entregam declaração e querem condições para responder às necessidades de serviço
Os assistentes operacionais do serviço de urgência geral do Hospital de São Bernardo, em Setúbal, entregaram escusa de responsabilidade por considerarem que não estão reunidas as condições necessárias para a execução das suas tarefas com segurança. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos, que realizou um plenário geral de trabalhadores junto da entrada principal do Hospital de São Bernardo, a entrega de declaração de escusa de responsabilidade surge face as dificuldades com que se deparam diariamente no desempenho das suas funções.
Escusa de responsabilidade foi entregue por 70 assistentes |
"Com efeito, devido, sobretudo, à falta de pessoal, os referidos trabalhadores e trabalhadoras encontraram nesta diligência a forma de se salvaguardarem das eventuais responsabilidades disciplinares, civis e criminais que possam sobre eles recair, não obstante o esforço que diariamente fazem para que não ocorra nenhum acidente ou incidente que comprometa a segurança dos utentes dos serviços de urgência geral", refere o sindicato em comunicado.
O sindicato considera que esta situação representa mais um exemplo de que os problemas dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde são transversais a todas as carreiras e funções.
No plenário desta quinta-feira foram abordados vários assuntos que afetam e preocupam os trabalhadores das carreiras gerais do setor da saúde e dados esclarecimentos acerca da estratégia do sindicato para a sua resolução.
Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos, José Abraão, explicou que foram cerca de 70 os assistentes operacionais a entregar a declaração de escusa de responsabilidade, referindo que estes trabalhadores que tratam dos doentes, que dão apoio à vigilância e que fazem a limpeza dos espaços, sentem-se esgotados com o excesso de trabalho resultante da falta de pessoal.
"Falta condições para responder as necessidades de serviço", disse, adiantando que no plenário os trabalhadores manifestaram-se disponíveis para todas as formas de luta, nomeadamente uma greve, em protesto pela atual situação.
Por outro lado, adiantou, os trabalhadores deram 'luz verde' ao sindicato para negociar uma revisão das carreiras gerais e a criação de novas carreiras de assistentes operacionais.
Agência de Notícias com Lusa
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