Este ano ainda não poderemos festejar as Festas Populares de Pinhal Novo

'Pinhal Novo em Festa' em versão reduzida no início de Junho 

Após dois anos de suspensão, devido à pandemia de covid-19, Associação das Festas Populares de Pinhal Novo já preparava o regresso das festas principais da freguesia já nos primeiros dias de Junho. Mas ainda não será em 2022 que a maior montra da cultura voltará a ser o que já foi. Pelo terceiro ano consecutivo, as festas populares do Pinhal Novo, foram canceladas. Ainda sem o espaço gastronómico - onde a sopa caramela é a rainha das festas - sem pátio caramelo, sem bailaricos, sem o palco principal na praça da Independência, a "festa" faz-se de forma simbólica durante 10 dias, com muita música, ruas enfeitadas e algumas das tradições que possam voltar por altura do evento. Espaços de comes e bebes também devem regressar ao coração da vila. O impacto da não realização das festas traduz-se na economia local e no bem estar cultural da população. 
Festas vão continuar em formato reduzido em 2022

Apesar da situação da pandemia de covid-19 continuar a evoluir favoravelmente e vislumbrar-se o alívio de restrições a curto prazo, ainda se "mantém o regime de proibição de realização de Festas Populares", diz o presidente da Associação das Festas Populares de Pinhal Novo, em nota enviada à ADN-Agência de Notícias. 
Assim sendo,  a "imprevisibilidade e incerteza continuam a ser dois dos principais obstáculos, pelo que, a organização deste evento de cariz popular, depara-se à partida com as adversidades relativas à impossibilidade de uma estratégia atempada para organizar logisticamente um evento desta envergadura, que requer meses e meses de preparação, pois a calendarização e agendamento tinham já de estar planeados", subli
nha Herlander Vinagre. 
Indefinição do que se pode - ou não se pode – fazer, complico,  conta ainda o dirigente, "a organização atempada daquele que é o maior evento da freguesia". 
Ainda sem o espaço gastronómico - onde a sopa caramela é a rainha das festas - sem pátio caramelo, sem bailaricos, sem o palco principal na praça da Independência, a animação faz-se na mesma, embora de forma mais "contida". 

Plano B volta a trazer 10 dias de eventos 
Associação quer manter algumas tradições principais
"Tornou-se assim necessário recorrer a um Plano B, que passa por realizarmos durante 10 dias (em data a anunciar em breve), um evento cultural semelhante ao do ano passado, com espetáculos todas as noites no palco do coreto", explica a organização. 
Prevendo-se ainda a possibilidade de, para além das diversões, podermos ter as "roulottes de comes e bebes e a manutenção de algumas das principais tradições, sobretudo, desportivas", frisa Herlander Vinagre. 
A Associação das Festas Populares de Pinhal Novo está "ciente do impacto, não apenas económico, mas também social e emocional" nas famílias e comunidades diretamente envolvidas, que provoca a não realização deste momento ímpar na vida cultural da nossa vila e da região. Mas esta é, reforça a associação, "uma dura realidade que só 'juntos' e com bom senso, conseguimos vencer porque, tal como todos, queremos voltar a valorizar e a viver aquilo que são as tradições da nossa vila, da nossa casa e do nosso chão". 
Este ano ainda não poderemos festejar as Festas Populares de Pinhal Novo nos moldes habituais, mas, com a colaboração de todos e de cada um fazendo a sua parte, o mês de Junho de 2022 "será seguramente diferente com a realização de eventos que irão assinalar as nossas Festas", conta Herlander Vinagre. 
"Esperamos por si no #Pinhal Novo em Festa
, em nome da nossa história e, sobretudo, em nome das nossas tradições", conclui o comunicado da Associação das Festas Populares de Pinhal Novo. 
Lembre-se que estas são das primeiras grandes festas populares do distrito de Setúbal. E a juntar-se à indefinição das autoridades para licenciar as festas de cariz popular, as organizações estão ainda sem verbas para preparar um evento desta natureza. Juntam-se a falta de apoio [para suplantar as receitas perdidas em dois anos de pandemia] e a dificuldades reais em contratar grandes nomes da música [que com a pandemia optaram por contratos diferentes] que têm impedido o regresso à atividade das festas feitas por associações locais. Apenas os grandes festivais e as festas populares geridas pelas autarquias terão mais facilidade na realização destes eventos.  

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