Projeto é para manter apesar da pandemia e da falta de acordo com as autarquias do PCP
"A ANA deu mil milhões de euros acima do melhor cenário na altura da privatização", afirmou Pedro Nuno Santos, referindo que a empresa nem sequer precisou de recorrer ao lay-off. "Há um conjunto de compromissos que a ANA assumiu com o Estado, que está contratualizado, que é para cumprir. Há um contrato que prevê um aeroporto e ele tem de ser construído", garante citado pelo Jornal de Negócios.
Autarquias comunistas preferem opção Alcochete
Sobre o parecer desfavorável de alguns autarcas, António Costa referiu, na ocasião, que a solução passa por “minorar os impactos” da localização Montijo.
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, recusa qualquer adiamento do projeto do aeroporto do Montijo, garantindo que a construção se mantém, com o objetivo de reforçar a capacidade aeroportuária da região, ainda que se tenham verificado impactos da crise de saúde pública no setor, avança o Jornal de Negócios. Segundo o responsável, a questão do adiamento "não foi colocada" e apesar de a ANA aeroportos registar "quebras significativas de negócio", impulsionadas pela redução do tráfego aéreo devido à pandemia da covid-19, a empresa "fez muito dinheiro até à pandemia", disse numa entrevista à mesma publicação. Na semana passada, Pedro Nuno Santos, reforçou a importância da obra mas que nada está decidido. “São necessários pareceres dos municípios e há uma parte dos municípios da área afetada pelo aeroporto positiva e negativamente, que ainda não mudaram a sua posição. Temos este bloqueio que falta resolver”, dizia o ministro que se dirigia aos municípios comunistas do distrito de Setúbal [Moita, Seixal, Palmela, Setúbal e Sesimbra] que "prometem" não deixar a obra avançar na Base Aérea 6, no Montijo.
Apesar da crise na aviação novo aeroporto avança |
"A ANA deu mil milhões de euros acima do melhor cenário na altura da privatização", afirmou Pedro Nuno Santos, referindo que a empresa nem sequer precisou de recorrer ao lay-off. "Há um conjunto de compromissos que a ANA assumiu com o Estado, que está contratualizado, que é para cumprir. Há um contrato que prevê um aeroporto e ele tem de ser construído", garante citado pelo Jornal de Negócios.
Assim que se "ultrapassarem os obstáculos que ainda existem", nomeadamente a discordância dos municípios da Moita e do Seixal, a construção do aeroporto do Montijo vai avançar, segundo o ministro. "Só teremos, efetivamente, concretizado o parecer das autarquias quando a ANA submeter à Autoridade Nacional da Aviação Civil o projecto, que ainda terá de ser fechado connosco, acrescentou.
Há uma semana, o ministro das Infraestruturas disse na Assembleia da República que no dia 4 de Março, após uma “reunião de emergência”, que decorreu em Lisboa, com os autarcas da Moita, Seixal, Barreiro, Alcochete, Montijo e Lisboa, destinada a “encontrar pontos de entendimento” sobre a construção do aeroporto do Montijo.
Na altura, o primeiro-ministro, António Costa, disse que se deve “respeitar a continuidade contratual” quanto à construção do aeroporto do Montijo.
“Não faz sentido discutir o que já foi discutido antes de 2014”, afirmou o primeiro-ministro, recusando voltar à discussão sobre a localização do novo aeroporto, tema que foi abordado ao longo dos últimos 60 anos, com 17 localizações em estudo.Autarquias comunistas preferem opção Alcochete
Sobre o parecer desfavorável de alguns autarcas, António Costa referiu, na ocasião, que a solução passa por “minorar os impactos” da localização Montijo.
Segundo a Declaração de Impacto Ambiental do aeroporto do Montijo, cinco municípios comunistas do distrito de Setúbal emitiram um parecer negativo à construção do aeroporto no Montijo (Moita, Seixal, Sesimbra, Setúbal e Palmela) e quatro autarquias de gestão socialista (Montijo, Alcochete, Barreiro e Almada, no mesmo distrito) deram um parecer positivo.
Uma coisa é certa. A obra só avança se todos os municípios derem parecer positivo à Autoridade Nacional da Aviação Civil.
“Em última instância precisaríamos obviamente do parlamento para repensar a forma como se decide e se condiciona a decisão. […] Até agora, não nos pareceu que houvesse disponibilidade para alterar [a lei que obriga a parecer positivo de todos os municípios afetados], por isso, dependemos do parecer favorável de vários municípios”, acrescentou Pedro Nuno Santos.
A 8 de Janeiro de 2019, a ANA e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa e transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto.
Uma coisa é certa. A obra só avança se todos os municípios derem parecer positivo à Autoridade Nacional da Aviação Civil.
“Em última instância precisaríamos obviamente do parlamento para repensar a forma como se decide e se condiciona a decisão. […] Até agora, não nos pareceu que houvesse disponibilidade para alterar [a lei que obriga a parecer positivo de todos os municípios afetados], por isso, dependemos do parecer favorável de vários municípios”, acrescentou Pedro Nuno Santos.
A 8 de Janeiro de 2019, a ANA e o Estado assinaram o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa e transformar a base aérea do Montijo num novo aeroporto.
Agência de Notícias
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