António Costa não desiste de aeroporto no Montijo

Avançar para aeroporto do Montijo "é sinal de confiança no país"

O primeiro-ministro reiterou na sexta-feira que a construção do aeroporto no Montijo é para avançar. "O futuro vai contar com o novo aeroporto do Montijo", assegurou o primeiro-ministro, acrescentando que a aposta da Vinci no projeto é um "gesto da maior importância" e mostra "confiança no futuro do setor do turismo". O desenvolvimento da infraestrutura, antes da crise provocada pela covid-19, estava dependente da entrega por parte da concessionária dos aeroportos nacionais do pedido de apreciação prévia de viabilidade à Autoridade Nacional da Aviação Civil, assim como de nova reunião entre o executivo e os autarcas da Moita e do Seixal que se opõem à localização escolhida. 
Aeroporto continua à espera de destino final 


"Num momento de grande incerteza, em que a esmagadora maioria dos aviões estão em terra, (...) o compromisso firme da Vinci de avançar com novo aeroporto é um gesto de grande confiança no futuro do país de vencer o vírus e estabilizar e relançar a economia", disse António Costa em declarações transmitidas pela RTP3 durante uma visita ao aeroporto Humberto Delgado, que é gerido pela ANA – Aeroportos de Portugal, companhia controlada pelos franceses da Vinci.
Apesar de o futuro ser diferente do que se antecipava antes da pandemia, "o futuro vai contar com o novo aeroporto do Montijo", assegurou o primeiro-ministro, acrescentando que a aposta da Vinci no projeto é um "gesto da maior importância" e mostra "confiança no futuro do setor do turismo".
António Costa garantiu que todos os aeroportos em Portugal "estão prontos para acolher o tráfego aéreo com toda a normalidade", o que vai contribuir para que o turismo retome a plena atividade.
Tendo ao seu lado o presidente do Conselho de Administração da ANA, José Luís Arnaut, e após uma breve intervenção do presidente da Vinci, Nicolas Notbaert, o líder do executivo considerou "muito importante que o país esteja preparado, a partir de 15 de junho, para a reativação das rotas e para a abertura de fronteiras, sendo feito um esforço coletivo no quadro da União Europeia para que o turismo retome em pleno a sua atividade".
O desenvolvimento da infraestrutura, antes da crise provocada pela covid-19, estava dependente da entrega por parte da concessionária dos aeroportos nacionais do pedido de apreciação prévia de viabilidade à Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), assim como de nova reunião entre o Executivo e os autarcas da Moita e do Seixal que se opõem à localização escolhida.
A ANA, no seu relatório de gestão e contas de 2019, revela que a atual pandemia poderá levar a alterações no plano de investimentos, nomeadamente através do adiamento de alguns dos investimentos perspetivados".
A companhia não detalha quais os projetos que podem ser adiados. A ANA celebrou em janeiro em 2019 um acordo com o Estado português para a melhoria da capacidade aeroportuária da região de Lisboa, envolvendo um plano de investimentos de 1,15 mil milhões de euros quer na construção de um novo aeroporto civil na base militar do Montijo, quer na adaptação do aeroporto de Lisboa.
No caso do Montijo, que será dedicado às ligações ponto-a-ponto, de médio curso, a ANA adianta no relatório e contas que após a obtenção da declaração de impacto ambiental, a 21 de Janeiro passado, "o projeto encontra-se em fase de desenvolvimento", destacando as adaptações ao anteprojeto e início do projeto de execução, a preparação do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução e a preparação das articulações com as entidades relevantes, como autarquias e Força Aérea. O grupo refere que a aprovação deste projeto está prevista para o final de 2020, a que se seguirão as obras, que "terão um prazo de execução previsto de cerca de três anos".

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