Pandemia estagnou no distrito de Setúbal

Almada, Montijo e Sesimbra com menos doentes. Setúbal, Palmela e Moita aumentam casos 

Sete semanas e meia depois do início da pandemia em Portugal, o distrito de Setúbal manteve o mesmo número de doentes de terça-feira. Ou seja, 576 casos espalhados por todos os 13 municípios do distrito. Em Almada, por exemplo, houve uma redução de terça para quarta-feira de três doentes. Montijo e Sesimbra também registam menos uma pessoa infetada com o novo coronavírus. No entanto, os números não explicam o que aconteceu a estas cinco pessoas. Podem estar curadas da doença [e essa era uma boa notícia] ou podem ter engrossado a lista de óbitos da zona de Lisboa e Vale do Tejo, que já conta com 111 pessoas que perderam a batalha com o vírus. Setúbal, teve nesta terça-feira mais três pessoas com teste positivo. Moita e Palmela têm mais um doente do que a última contagem oficial. Apesar dos "sinais positivos", o surto ainda está ativo e só precisa de uma oportunidade para se espalhar mais. Seja prudente e fique em casa, se puder. As estatísticas nacionais referem que o número de mortos é agora de 599 e que o total de pessoas infetadas ascendeu a 18.091 (mais 643 que na véspera). Há também 383 pessoas recuperadas e outras 1200 internadas, das quais 208 precisam de cuidados especiais, encontrando-se internadas em unidades de cuidados intensivos.
Setúbal teve hoje mais três casos positivos 

A primeira impressão a reter do relatório de situação da Direção-Geral de Saúde é o decréscimo de infetados no concelho de Almada, um dos mais preocupantes na região. Nesta quarta-feira a autoridade de saúde indicou que o número é agora de 145, menos três que na véspera. No Seixal, que tem sido quase sempre o segundo concelho mais afetado, o número é hoje de 129, precisamente o mesmo que se verificava no dia anterior.
No Barreiro contabilizaram-se 76 doentes, enquanto que em Setúbal foram 59 (mais três do que no dia anterior). Há ainda, segundo a Direção-Geral de Saúde, 54 doentes na Moita, 39 no Montijo, 16 em Palmela, outros tantos em Sesimbra e 10 em Alcochete.
A sul do distrito, nos concelhos do Litoral Alentejano, a situação permanece inalterável em relação à véspera, mantendo-se as disparidades entre os valores apresentados pela Direção-Geral de Saúde e três das câmaras municipais. Em Santiago do Cacém a câmara municipal aponta para 12 doentes, menos um do que é revelado pelas autoridades de saúde nacionais. Em Grândola contam-se atualmente 11 doentes (a Direção-Geral da Saúde assinala sete). Em Alcácer do Sal há cinco e em Sines quatro pessoas com o novo coronavírus. Contas feitas, 576 pessoas confirmadas com a doença, os mesmos que no dia anterior. Só não se sabe o que aconteceu às cinco pessoas que saíram das estatísticas oficiais em Almada, Montijo e Sesimbra. Esperamos todos que entrassem para o número oficial de pessoas curadas da doença, que esta quarta-feira subiu para os 383.

Quase 600 mortos desde o inicio da pandemia 
As estatísticas nacionais referem que o número de mortos é agora de 599 e que o total de pessoas infetadas ascendeu a 18.091 (mais 643 que na véspera). Há 1200 pessoas internadas, das quais 208 inspiram especiais cuidados, encontrando-se internadas em unidades de cuidados intensivos.
Ainda em relação às mortes, que ocorrem sobretudo nos grupos etários entre os 70 e 79 anos e os de mais de 80 anos, importa referir que a distribuição por sexo é praticamente igual: 303 homens e 296 mulheres.
Por regiões, constata-se que no Norte existem 10.571 doentes e 339 mortos. No Centro os números revelam 2629 infetados e 136 óbitos. Em Lisboa e Vale do Tejo o número de pacientes subiu para 4102 enquanto que os falecimentos são agora 111. No Algarve contam-se 295 doentes e nove vítimas mortais, enquanto que nos Açores há registo de uma centena de infetados e quatro vítimas mortais.
O Alentejo e a Madeira continuam a ser as únicas regiões do país sem mortes por covid-19. Têm agora, respetivamente, 155 e 59 doentes confirmados.
Durante a conferência de imprensa desta quarta-feira, Diogo Cruz, sub-director geral da Saúde, avançou que já estão a ser estudadas formas e momentos de eventual suavização das medidas contra a covid-19 aplicadas até este momento. “Nós aconselhamos o Ministério da Saúde sobre as medidas que devem ser tomadas. O que temos visto é o aplanar da curva, ou seja, que as medidas tomadas foram as adequadas. E temos estado a estudar quando e como podemos aliviar medidas. Estamos a fazer este trabalho há mais de uma semana. Quando tivermos resultados, informaremos”.
Não obstante, alertou para possíveis picos adicionais na pandemia: “Neste momento, não sabemos se o vírus vai ter mais ou menos ondas, mas é natural que, se tiver, outras medidas possam ser tomadas. Actualmente, ainda não sabemos se vão existir novos picos, ainda que seja uma possibilidade”.

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