Setúbal requalificou bairros históricos da cidade

Dois milhões para dar "melhores condições" aos Pescadores e Grito do Povo 

A Câmara de Setúbal investiu dois milhões de euros nas obras de requalificação urbana dos bairros dos Pescadores e Grito do Povo, inauguradas no último sábado, anunciou esta segunda-feira o município setubalense. Segundo uma nota de imprensa da autarquia sadina, a requalificação urbana dos dois bairros, financiada a 50 por cento através do Programa Operacional Regional Lisboa 2020, permitiu criar novas zonas de circulação e espaços verdes, bem como a instalação de novo mobiliário urbano. Nestes bairros moram mais de 1500 habitantes, a grande maioria famílias com ligação às actividades da pesca e da indústria conserveira. 
Bairro tem uma das melhores vistas da cidade 

O espaço público dos bairros dos Pescadores e Grito do Povo foi devolvido à população com condições renovadas, resultado de uma operação de reabilitação de larga escala, liderada pelo município, com o envolvimento dos moradores.
A festa fez-se a caminhar, por ruas que ganharam novos e condignos acessos pedonais, entre escarpas limpas e desmatadas, agora transformadas em jardins que vão ainda florescer, passando por novas áreas destinadas ao lazer e também ao recreio, com parques infantis e máquinas geriátricas.
Uma caminhada feita de sorrisos estampados nos rostos de velhos e novos, orgulhosos pelos bairros renovados, que também têm arte, requalificados numa profunda operação urbanística. Foram também renovados os sistemas de saneamento, abastecimento de água e das redes de drenagem de águas pluviais, bem como os caminhos pedonais, designadamente as escadas de acesso aos dois bairros, agora designadas de Caminho dos Pescadores.
A presidente da Câmara de Setúbal, Marias das Dores Meira, salienta no comunicado que se trata de uma intervenção urbanística realizada em conjunto com os moradores, após dezenas de reuniões e visitas técnicas em que foram definidas acções prioritárias, porque a “transformação do espaço público só se faz com quem o usa e o vive”.
“Em 2014 decidimos priorizar o investimento técnico e financeiro neste território rico em história e em marcas físicas que interligam o rio à serra, com percursos e escadas cujo limite quase chega ao céu, azinhagas e becos, muralhas e castelos, casas abarracadas e moradias”, acrescentou Maria das Dores Meira no discurso que proferiu na cerimónia de inauguração da requalificação dos dois bairros setubalenses.

Vista de excelência para a malha urbana citadina
Destaque para o espaço público junto da EB do Viso, agora com um renovado campo de jogos, que serve também a escola, duas estações com equipamentos infantis e uma obra de arte que materializa um dos traços identitários e que une os bairros dos Pescadores e Grito do Povo.
“Uma iniciativa que torna funcional um espaço desportivo, muito ambicionado pela comunidade e também pela escola”, agora com “lazer dirigido à infância, onde se pode estar e conviver, e mais valorizado com um elemento artístico”, adiantou a presidente da Câmara de Setúbal.
“Setúbal Conserva” dá nome à escultura materializada numa lata de sardinhas executada em fibra de vidro pelo Parque Éden. “Uma extraordinária peça artística que marca e deixa marca, naquela que é uma referência à indústria e às profissões associadas à vida” setubalense, frisou a autarca.
A “Caminhada Setúbal Conserva”, que, no percurso, contou com um conjunto de apontamentos culturais com estátuas vivas e atuações de Bombo’Sapiens, da APPACDM de Setúbal, da ESTuna e da Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, culminou na Rua Grito do Povo, que exibe um mural que exprime o grito, embora silencioso, de todos.
Aquele local, com uma vista de excelência para a malha urbana citadina, abraçada por uma das mais belas baías do mundo, foi um dos beneficiados, ao receber um novo parque infantil e zonas de lazer, incluindo mobiliário urbano com jogos tradicionais integrados, e máquinas geriátricas.
De acordo com a Câmara de Setúbal, os bairros dos Pescadores e Grito do Povo, situados numa zona alta da cidade, no Viso, são constituídos por zonas habitacionais construídas entre os anos 60 e 70 e têm mais de 1500 habitantes, a grande maioria famílias com ligação às actividades da pesca e da indústria conserveira.

Agência de Notícias 
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