Líder do CDS-PP visitou bairro social em Almada

Assunção Cristas esteve no centro juvenil padre Amadeu Pinto e admite ir ao bairro da Jamaica 

A visita da líder do CDS-PP ao centro juvenil padre Amadeu Pinto, Almada, já estava marcada "há bastante tempo", antes dos incidentes no bairro da Jamaica, e serviu para Assunção Cristas dar um bom exemplo.  "É um exemplo extraordinário do que é uma intervenção num dos territórios mais desfavorecidos, num dos bairros desfavorecidos do Pragal, em Almada", disse Assunção Cristas aos jornalistas depois de uma visita às instalações do centro que, àquela hora, estavam vazias, sem nenhuma das mais de 100 crianças e jovens que a frequentam, que só chegam depois das aulas.  A presidente do CDS-PP evitou a polémica das críticas da associação da polícia à visita do Presidente da República ao bairro da Jamaica, no Seixal, e não excluiu vir a deslocar-se ao local. 
Cristas visitou bairro no Pragal, Almada 

Este centro juvenil no Pragal fica a cerca de 15 quilómetros do bairro da Jamaica onde, em 20 de Janeiro, se registaram incidentes com a polícia neste bairro, e que Assunção Cristas admitiu vir a visitar no futuro.
"Neste momento não está prevista, mas não quer dizer que não possa acontecer", disse a dirigente centrista.
A reunião, que estava prevista inicialmente com o padre Gonçalo Machado, foi transformada numa conversa enquanto a delegação do CDS-PP visitou as instalações do centro, que incluem áreas de jogos, zonas de estudo, computadores.
O centro é obra da paróquia local, situada num dos bairros sociais do Pragal, em Almada, já existe há cerca de 10 anos, integrado num projeto dos jesuítas em Portugal.
Não tem apoios da Segurança Social, recebe "apoios pontuais da câmara de Almada", é baseado em trabalho voluntário, em acordos de mecenato, de empresas e individuais, e cada criança tem uma comparticipação de cinco euros.
"Não é pedagógico pagar tudo", explicou o padre, garantindo que é arranjada uma solução para "quem não pode pagar", por exemplo, através de mecenato.
Numa frase, Gonçalo Machado explica que este projeto tenta ser "a segunda casa" para este grupo de crianças, muitas delas consideradas em risco: "É um trabalho complementar ao dos pais. São 100 filhos que temos aqui".
O responsável pelo projeto afirmou que o trabalho já permitiu a parte dos jovens melhorar o seu aproveitamento escolar, aspeto também realçado por Assunção Cristas.
Este centro, descreveu, representa um "conjunto de propostas para que os jovens brinquem "em conjunto, trabalhem em conjunto, façam os seus trabalhos de casa, progridam nos estudos, possam através, da melhoria do seu desempenho escolar, chegar muito mais longe".
Numa frase, Assunção Cristas afirmou que, através da escola, se pode "romper barreiras de pobreza" para se "chegar mais longe na vida".
A visita foi acompanhada pelos deputados eleitos pelo distrito de Setúbal e pela direção da concelhia de Almada do CDS-PP. 

Cristas admite visitar bairro da Jamaica
A presidente do CDS-PP evitou a polémica das críticas da associação da polícia à visita do Presidente da República ao bairro da Jamaica, Seixal, e não excluiu vir a deslocar-se ao local.
"Não vou fazer comentários à agenda do senhor Presidente nem aos comentários que se fazem a propósito", afirmou aos jornalistas Assunção Cristas.
Sem nada dizer sobre as críticas da Associação Sócio-Profissional da Polícia, considerando que Marcelo Rebelo de Sousa mostrou "desprezo completo" pelas forças de segurança, a líder centrista repetiu argumentos, já usados a propósito dos incidentes no bairro da Jamaica, sobre a importância da polícia para a segurança e liberdade dos cidadãos.
"Para todos sermos livres, temos que ter segurança, nas cidades, nos bairros, sejam eles mais carenciados ou mais privilegiados. E quem nos garante essa segurança, de facto, são as forças da policia", afirmou.
Para Assunção Cristas, é preciso valorizar as polícias "e reconhecer a sua autoridade" e explicar que "não faz sentido" haver territórios onde a polícia não pode estar, não pode intervier para restabelecer a segurança entre os moradores".
E sobre o caso específico do bairro, onde se deram os incidentes e que o Presidente da República visitou, sozinho, fora da agenda oficial, na segunda-feira, a presidente do CDS-PP disse não confundir "ações pontuais" com "as populações que querem andar para a frente com a sua vida, em condições de tranquilidade e serenidade".
Questionada se planeia deslocar-se ao bairro, Cristas não excluiu essa hipótese. "Neste momento não está prevista, mas não quer dizer que não possa acontecer", afirmou.

Agência de Notícias com Lusa 

Comentários

  1. Estas casas (que aparecem a foto) ficam na Rua da Bela Vista, na freguesia da Caparica, junto do cruzamento da Avenida com a linha do MST.

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