Grândola alerta para falta de condições do quartel da GNR

GNR sem quartel funcional e sem viaturas para assegurar a segurança no concelho 

O presidente da Câmara de Grândola alertou para a falta de condições do quartel da Guarda Nacional Republicana (GNR), que está "bastante degradado" e com camaratas que "não oferecem segurança" aos militares. " O quartel onde está instalado o destacamento territorial da GNR é um edifício muito antigo e completamente degradado, de tal forma que algumas das camaratas não apresentam condições, tendo a câmara arrendado um edifício onde pernoitam oito militares", explicou António Figueira Mendes. A falta "de meios humanos e materiais", nomeadamente de viaturas da GNR, foi outra das preocupações levantadas pelo autarca, que teme "pela segurança" das populações devido "à extensão do território".
Autarca quer investimento na GNR 

Segundo o autarca, "é uma questão que se arrasta há pelo menos dois anos e, entretanto, os militares são obrigados a viver e a trabalhar em péssimas condições, porque tanto os gabinetes de trabalho, como as camaratas e os quartos estão degradados".
Em alternativa, António Figueira Mendes voltou a defender a transferência "urgente" do destacamento territorial, que abrange os concelhos de Grândola e Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, para as instalações da antiga concessionária 'Estradas da Planície', junto ao Bairro da Tirana, na vila de Grândola.
"Há muito que alertamos para esta situação e para a urgente necessidade de transferir este destacamento para as instalações da antiga concessionária 'Estradas da Planície', que foram devolvidas ao Estado e que têm condições para receber o comando", afirmou.
O edifício, de acordo com o autarca, "é novo e nunca chegou a ser utilizado" para o fim a que se destinou a sua construção, podendo "o seu interior ser adaptado" para "responder às necessidades" dos militares.
"Resolve um problema que é muito grave e que afeta a qualidade de trabalho dos militares que têm de enfrentar mais um inverno difícil, quando precisam de ter as condições mínimas para poder trabalhar e descansar, principalmente, os que não têm família nesta zona", acrescentou.

Falta de viaturas da guarda é alarmante 
O alerta surgiu após uma reunião, realizada recentemente em Grândola, que juntou os presidentes das cinco câmaras que compõem a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral, Sines, Santiago do Cacém, Alcácer do Sal, Grândola e Odemira, e o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
Segundo um comunicado do município, no encontro com a equipa do Ministério da Administração Interna, a secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, terá informado que "existem 400 mil euros em Orçamento do Estado para as obras de adaptação" daquele espaço, "faltando ainda elaborar o projeto".
A falta "de meios humanos e materiais", nomeadamente de viaturas da GNR, foi outra das preocupações levantadas pelo autarca, que teme "pela segurança" das populações devido "à extensão do território".
"Na altura da reunião, apenas o posto de Grândola e do Torrão [em Alcácer do Sal] tinham viaturas em condições para trabalhar, as outras têm de ir para abate ou precisam de reparação, mas o Governo diz que ainda este ano vão ser distribuídas viaturas", acrescentou.
António Figueira Mendes defendeu ainda apoios financeiros para a criação de um posto avançado dos Bombeiros Mistos de Grândola no Carvalhal e reforçou o pedido de apoio para a construção da Base de Apoio Logístico, em termos definitivos, junto ao Heliporto de Grândola.

Agência de Notícias com Lusa

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