Amêijoa-japonesa apreendida em Coina e Cova da Piedade

GNR apreende uma tonelada de amêijoa-japonesa e 600 quilos de pé-de-burro 

Uma tonelada de amêijoa-japonesa e 600 quilos de pé-de-burro foram apreendidos, na sexta-feira, no distrito de Setúbal, no âmbito de um conjunto de ações de fiscalização, anunciou a Guarda Nacional Republicana. Em comunicado, a GNR precisou que a Unidade de Controlo Costeiro, através do Subdestacamento de Controlo Costeiro de Setúbal e do Subdestacamento de Controlo Costeiro de Fonte da Telha, apreendeu  mil e 12 quilos de amêijoa-japonesa, num valor comercial estimado em nove mil euros, na localidade de Coina (concelho do Barreiro), e 600 quilos de pé-de-burro, num valor estimado de 4800 euros, na localidade da Cova da Piedade (concelho de Almada).
Apanha da Amêijoa continua proibida no Tejo 

Estas apreensões ocorreram “no âmbito de um conjunto de ações direcionadas para o controlo da captura e comércio ilegal de bivalves, proteção das espécies e segurança alimentar”, indicou a mesma nota informativa.
Sobre a situação ocorrida na localidade de Coina, a GNR precisou que, durante uma ação de vigilância, os militares “detetaram movimentações suspeitas por parte de dois indivíduos, um homem, de 34 anos, e uma mulher, de 56 anos”, que estavam a descarregar, dos respetivos veículos para o interior de um armazém, amêijoa-japonesa ('ruitapes phillipinarum').
“Os militares de imediato abordaram o local, tendo verificado que se tratava de um armazém, onde se procedia à depuração ilegal de bivalves”, relatou a GNR, referindo que desta ação resultou a apreensão de 854 quilos de amêijoa-japonesa, que se encontravam na posse do homem, e de 158 quilos, que estavam na posse da mulher.
“Foram elaborados os respetivos autos de notícia por contraordenação, por falta de documentação e por se desconhecer a origem dos bivalves, sendo os mesmos devolvidos ao seu habitat natural”, lê-se no comunicado, acrescentando que a ação contou com a participação de elementos do Destacamento Territorial do Montijo e do Destacamento de Intervenção de Setúbal.
A amêijoa-japonesa tem obrigatoriamente de ser colocada num centro de depuração licenciado para o efeito, sendo este um estabelecimento que dispõe de tanques alimentados por água do mar limpa, nos quais os moluscos bivalves vivos são colocados durante o tempo necessário para reduzir a contaminação, de forma a torná-los próprios para consumo humano.
Após este processo são encaminhados para um centro de expedição, para poderem ser colocados à venda no mercado, onde é garantida a qualidade do acondicionamento, da calibragem e da embalagem dos bivalves, evitando a sua contaminação.
Sobre a ocorrência registada na localidade da Cova da Piedade, a GNR referiu que durante uma fiscalização de âmbito rodoviário, direcionada para o controlo da atividade ilegal de apanha de bivalves em zonas interditas, os militares “detetaram um homem, de 37 anos, a transportar os bivalves da espécie 'venus verrucosa', vulgarmente conhecida como pé-de-burro”.
“Os bivalves foram apreendidos, uma vez que a sua apanha está interdita no Estuário do Tejo, devido à possibilidade da conterem quantidades elevadas de toxinas, o que pode colocar em causa a saúde pública, caso sejam introduzidos no consumo”, indicou o comunicado.
A GNR anunciou que foi elaborado o respetivo auto de notícia por contraordenação e os bivalves, por ainda se encontrarem vivos, foram devolvidos ao seu habitat.

Agência de Notícias com Lusa 

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