Palmela candidata a Cidade Criativa da Música

Município vai submeter candidatura à Unesco no próximo ano

O Encontro “Palmela é Música”, no Cineteatro S. João, em Palmela, assinalou, publicamente, o início do processo da Candidatura de Palmela a Cidade Criativa da Música da Unesco, a apresentar em 2019. A iniciativa, promovida pela autarquia, reuniu vários agentes culturais e artísticos do concelho, em torno de um processo que se quer participado e de partilha, esperando-se que muitos mais se juntem a este projeto ao longo dos próximos meses. "Esta não será uma candidatura a uma mera certificação. Mais do que isso, queremos que seja um compromisso", sublinha Álvaro Amaro, presidente da Câmara de Palmela. 
Palmela quer ser cidade criativa da música

A Rede das Cidades Criativas da Unesco foi criada em 2004, para promover a cooperação entre as cidades que identificavam a criatividade como um fator estratégico de desenvolvimento sustentável, e integra, atualmente, 180 cidades de 72 países. Em Portugal, são cinco as cidades que fazem parte da rede: Amarante, Braga, Barcelos, Idanha-a-Nova e Óbidos.
A candidatura de Palmela a Cidade Criativa da Unesco, a submeter em 2019, abre a perspetiva de "criar um plano de desenvolvimento da música a longo prazo", explica à ADN-Agência de Notícias, a autarquia de Palmela.
O município e os agentes culturais e artísticos estão já a trabalhar na construção de um plano de ação para os próximos quatro anos (2019-2023), que vai integrar a programação musical de referência que já se realiza no concelho e também um conjunto de outras propostas.
A candidatura tem como objetivos "sublinhar a música como fator de promoção e desenvolvimento local; promover a investigação nas várias áreas musicais; cartografar a música no território; inventariar repertórios e documentos", explica a autarquia. 
A aposta "nas infraestruturas" e "criar acessibilidades", ou "identificar e promover relações entre géneros musicais e entre a música e outras manifestações culturais", são ouros dos objetivos do projeto.  
"Incentivar a interação entre o ensino formal e não formal e projetos musicais; potenciar a educação musical e o gosto pela música, bem como uma programação musical regular e ativar Palmela como destino de experiências em torno da música", também fazem parte do plano original arquitetado pela Câmara de Palmela.  
Para além do município e dos agentes culturais e artísticos, outros parceiros vão colaborar na prossecução destes objetivos, nomeadamente, a Universidade de Aveiro, a Universidade Nova de Lisboa, a Associação da Música Portuguesa a Gostar dela Própria, entre outras instituições e particulares.

"Queremos que a candidatura seja um compromisso"
"Esta não será uma candidatura a uma mera certificação. Mais do que isso, queremos que seja um compromisso", sublinhou o presidente do município, Álvaro Amaro, para quem este projeto representa, sobretudo, a "assunção de uma estratégia partilhada com os agentes culturais e artísticos na promoção da música", com a intenção de "dar maior projeção ao património de Palmela, pelo caminho da música". 
Álvaro Amaro lembrou que "esta não é uma candidatura a um qualquer financiamento", mas acredita que "o património de reconhecimento que gerará tem um valor inestimável".
O Encontro contou também com um espaço de debate e, entre os participantes, foi comum a satisfação de integrar este processo e o reconhecimento da mais-valia que será trabalhar em rede e em partilha.
Os agentes culturais e artísticos podem, até ao final de Novembro, apresentar as suas propostas e contributos para o plano de ação, estando prevista a realização de um novo encontro no início de 2019 e de reuniões setoriais até lá. 
"O objetivo é manter a realização de encontros regulares e, em qualquer momento, outros parceiros podem juntar-se ao processo", concluiu o autarca de Palmela.

Agência de Notícias com Câmara de Palmela

Comentários