Governo ainda em negociações para o aeroporto do Montijo

"Estamos a negociar as condições financeiras" diz o ministro Pedro Marques 

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas disse esta quarta-feira que o Governo ainda está em negociações relativamente ao novo aeroporto do Montijo e que não sabe quando será assinado o acordo com a ANA -Aeroportos de Portugal. “Estamos a negociar as condições financeiras relativamente à concretização da solução”, explicou Pedro Marques aos jornalistas, em Tondela, no final de uma visita ao Centro de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Planalto Beirão. No final de Setembro, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que apenas se aguarda o estudo de impacto ambiental para ser “irreversível” a solução aeroportuária Portela + Montijo, considerando que há consenso nacional sobre este projeto e que não há tempo a perder.
Governo continua em negociações 

“Temos de corrigir hoje o erro que foi cometido há dez anos de a tempo e horas não termos feito o aeroporto de que já então necessitávamos. Há cerca de um ano o Governo assinou com os novos proprietários da ANA um acordo para definir uma opção estratégica fundamental, que está definida: manter a Portela [Aeroporto Humberto Delgado] e crescermos com um novo aeroporto no Montijo”, disse. Nesse dia, António Costa explicou que, com o ritmo de crescimento da procura, “não há outra solução que não seja a do Portela + Montijo e muito brevemente estarão concluídas as negociações com a ANA”.
Na semana passada, o presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, disse que quer o aeroporto do Montijo pronto “o mais rápido possível” e que, com a sua conclusão, a ANA assegure um novo contrato com revisão de taxas aeroportuárias na Portela.
Dias antes, o presidente executivo da ANA tinha garantido que o novo aeroporto do Montijo não será ‘low cost’ (baixo custo), mas de “qualidade fantástica de serviço” e dirigido a transportadoras com rotas “ponto a ponto”, ou seja, sem correspondências. Thierry Ligonnière recordou que o atual aeroporto, Humberto Delgado, vai manter o seu papel de ‘hub’ (plataforma de ligações aéreas), nomeadamente da TAP, enquanto a estrutura complementar prevista para o Montijo será para “ponto a ponto, para as companhias que o desejarem”.

Marcelo quer rapidez na decisão 
O Presidente da República também já se manifestou "feliz" com o anúncio de que o aeroporto complementar do Montijo poderá vir a ser em breve anunciado, instando a que a sua execução seja célere para recuperar tempo perdido.
Penso que o senhor primeiro-ministro foi muito claro em dizer que faltava apenas um ponto de pormenor no domínio ambiental, de clarificação, para ser apresentada formalmente a decisão do Governo. E, sendo assim, fico feliz", começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à margem da IV Cimeira do Turismo, que decorreu em Setembro, em Lisboa.
O chefe de Estado disse ficar feliz por ser, "não apenas uma reivindicação de toda a economia portuguesa, em particular do setor do Turismo, mas porque, a concretizar-se, significa que se vai “tentar recuperar tempo perdido”.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que, a concretizar-se "essa decisão iminente", o desafio passa a ser outro: "A execução, que tem de ser rápida, para recuperarmos aquele tempo que outros ganharam à nossa custa".

Agência de Notícias com Lusa

Comentários