Rota náutica aproxima baías de todo o mundo em Setúbal

"É o mar que nos une a todos, porque são os oceanos que afinal ligam entre si as diferentes culturas" 

A criação de uma rota de barco entre países do Clube das Mais Belas Baías do Mundo foi apresentada por Setúbal no XIII congresso mundial da associação, realizado em Vannes e La Baule, na Bretanha, França. O projeto, apresentado em assembleia-geral do Congresso Mundial do Clube das Mais Belas Baías do Mundo, vai agora começar a ser desenvolvido com o objetivo de, numa primeira fase, estabelecer uma rota de barco de ligação das baías europeias que integram a associação a celebrar vinte anos de existência. O novo circuito náutico, destinado a reforçar a visibilidade do clube e das baías, tem início na Bretanha, França, e inclui passagens pelas enseadas portuguesas, casos de Setúbal e Horta, esta no arquipélago dos Açores. Depois desta experiência europeia, o projeto é alargado a outros países em diferentes continentes.
Líderes das mais belas baías do mundo reuniram em França 

Outro dos destaques do congresso resulta no acolhimento de dois novos membros, as baías de Eilat, em Israel, e de Kujukushima, no Japão, decisão que enche de orgulho a presidente do clube e da Câmara  de Setúbal.
“Estas duas baías fizeram o percurso para integrar esta nossa comunidade e comungam dos nossos princípios e ideais. Têm agora a responsabilidade de pertencerem a esta grande família e nós temos a honra e o dever de as acolher de braços abertos”, exaltou Maria das Dores Meira, na assembleia-geral realizada no dia 21.
A revisão dos estatutos do Clube das Mais Belas Baías do Mundo, a apresentação da candidatura da baía de Luanda, em Angola, a membro do clube, e a definição da realização do XIV congresso mundial na baía de Penghu, em Taiwan, foram outras deliberações da assembleia-geral.
“É o mar que nos une a todos, porque são os oceanos que afinal ligam entre si as diferentes culturas e sensibilidades”, afirmou Maria das Dores Meira na intervenção de abertura, para depois frisar que o clube tem conseguido alcançar “um novo patamar de conhecimento e reconhecimento, quer popular, quer junto de outras instituições”.
Uma tarefa que, vincou, pode ser melhorada. “Temos trabalhado para o benefício de todos e volto a desafiar-vos para que trabalhem ainda mais connosco. Com as várias ações que temos executado durante esta presidência, creio que posso afirmar que temos criado valor para o clube e para as suas populações”, referiu a autarca.
Antes da assembleia-geral em La Baule, os 130 delegados em representação de 31 enseadas de todos os quadrantes estiveram reunidos em Vannes, entre os dias 17 e 20, para um conjunto de atividades dinamizadas no âmbito das comemorações dos vinte anos do Clube das Mais Belas Baías do Mundo.
Delegados de França, Canadá, Japão, Camboja, Turquia, Vietname, Guadalupe, Brasil, Marrocos, Espanha, Israel, Taiwan, Coreia do Sul, México, Martinica, Senegal, Cabo Verde, Angola e Portugal marcaram presença no congresso, “o mais participado de sempre”, congratulou-se Maria das Dores Meira no discurso de boas-vindas.
“Certamente porque quiseram vir conhecer a casa onde tudo começou”, frisou, referindo-se ao Golfo do Morbihan, baía de Quiberon, em Vannes. “Foi aqui que três homens se inspiraram para criar um clube que tem vindo a crescer ano após ano e que, passadas duas décadas, regista o assinalável número de 43 baías”.

26 países unidos pelas mais belas baías do mundo 
Em Vannes, decorreu ainda um desfile de todas as delegações pelas ruas até à sede oficial, para inaugurar uma exposição sobre os vinte anos do clube e homenagear os fundadores Michel Met, Hervé Laigo e Bruno Bodard que, em 1997, deram o passo decisivo para a criação do Clube das Mais Belas Baías do Mundo.
“É nestas paredes que podemos conhecer a história de vinte anos do clube”, salientou Maria das Dores Meira. “Nesta sala cabe um mundo inteiro. São 26 países, de quatro continentes e estão aqui homenageados por algo ímpar que têm para apresentar ao mundo. São 43 baías, das mais belas de todo o planeta”, sublinhou a autarca.
Na exposição, que inclui diversas peças e ofertas ao clube, acrescentou, “são visíveis as diferenças culturais e a diversidade étnica de 26 países”, as quais constituem “a soma de todas as partes que compõem o coração do logotipo do clube e a filosofia e missão desta nossa associação”, disse Maria das Dores Meira.
Do programa do XIII Congresso Mundial do Clube das Mais Belas Baías do Mundo fez ainda parte a realização de várias visitas ao Golfo do Morbihan, baía de Quiberon, em Vannes, e um jantar de gala comemorativo das duas décadas de existência da associação.
A promoção da conservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável e o estímulo do uso eficiente dos recursos são os principais objetivos desta instituição internacional fundada a 10 de Março de 1997, em Berlim, Alemanha, com a designação Club des Plus Belles Baies du Monde.

Agência de Notícias com Câmara de Setúbal 

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