"Aumentar a oferta e melhorar a prestação de cuidados à população"
O Hospital do Montijo, vai alojar a nova Unidade de Saúde Familiar Aldegalega, prevista para 2019, anunciou esta semana a Administração Regional da Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
A Administração Regional da Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, o Centro Hospitalar do Barreiro Montijo e a Santa Casa da Misericórdia do Montijo vão assinar um acordo de cedência do espaço onde vai ser alojada esta Unidade de Saúde Familiar, esta sexta-feira à tarde na sede da Santa Casa da Misericórdia.
De acordo com o comunicado enviado pela ARS Lisboa e Vale do Tejo, a rentabilização do imóvel onde funcionou o Serviço de Medicina Interna do Hospital do Montijo, e que agora vai dar lugar à Unidade de Saúde Familiar Aldegalega, vai "aumentar a oferta e melhorar a prestação de cuidados à população do Montijo", dando ainda médico de família a cerca de 5700 utentes que atualmente não o possuem, num total de 13 mil e 300 pessoas abrangidas pela unidade.
A equipa será composta por sete médicos, sete enfermeiros e cinco assistentes técnicos.
"Quando entrar em funcionamento, a Unidade de Saúde Familiar Aldegalega vai integrar o Agrupamento de Centros de Saúde Arco Ribeirinho, o qual presta cuidados aos cerca de 213 mil e 500 habitantes dos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo", explica o comunicado.
"Com 221 mil 463 utentes frequentadores, o ACES Arco Ribeirinho possui seis Unidade de Saúde Familiar, sete Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados, quatro Unidades de Cuidados na comunidade, uma Unidade de Saúde Pública e uma Unidade de Recursos Assistenciais partilhados", acrescenta.
Compromisso eleitoral do executivo da autarquia
Para a Câmara do Montijo, "este foi um compromisso assumido com os cidadãos durante a última campanha eleitoral autárquica, por existir a consciência que a criação da USF, ou seja de um novo Centro de Saúde para a cidade, é uma necessidade antiga dos montijenses que poderá resolver o problema do elevado número de famílias sem médico de família".
A autarquia sempre defendeu, igualmente, "a inclusão da Unidade de Saúde Familiar no Hospital do Montijo, numa solução de maior eficiência e otimização dos equipamentos e recursos, cumprindo uma política de verticalização de cuidados de saúde primários e hospitalares, para acrescentar racionalidade às escolhas e às preferências dos cidadãos e garantir o direito à saúde", diz Nuno Canta, presidente da Câmara.
Aliás ao contrário do que muitas vezes é veiculado publicamente, o Hospital do Montijo, que integra o Centro Hospitalar Barreiro Montijo, "tem ganho novas valências, como foi o caso da cirurgia de ambulatório, considerada uma das melhores do país", lembra o autarca.
Para além da cirurgia de ambulatório, atualmente tem em funcionamento as seguintes valências: serviço de urgência básica, a medicina interna e internamento (20 camas), medicina física e de reabilitação, meios complementares de diagnóstico e consultas externas (anestesiologia, cardiologia, medicina, medicina física e de reabilitação, nutrição, cirurgia geral, ortopedia, oftalmologia, cirurgia plástica, cirurgia pediátrica, pediatria e psiquiatria).
A nova Unidade de Saúde Familiar "permitirá realizar a integração dos cuidados de saúde primários com os cuidados hospitalares e reforçar as respostas do Hospital do Montijo, criando um Parque de Saúde e por essa via beneficiar a vida dos utentes e doentes do Serviço Nacional de Saúde", explica a Câmara do Montijo.
Oposição critica instalação da Unidade de Saúde no Hospital
Mas a oposição critica esta opção. Carlos Jorge de Almeida, vereador eleito pela CDU, defende que a criação da unidade de saúde familiar no hospital não é mais do que “tentar vender gato por lebre à população”.
“O que o concelho do Montijo precisa é de ter um hospital capaz, devidamente equipado, que possa servir não só a população montijense como também as populações de concelhos vizinhos. Já devíamos era estar a falar na construção de um novo hospital”, disse o vereador. Para o autarca, “isto é o adiar, mais uma vez, de uma situação inadiável, que é a inevitabilidade da construção de um novo hospital no Montijo”.
Por seu lado, o vereador do PSD/CDS-PP, João Afonso, disse ao jornal Diário da Região, que “esta situação representa um desmembramento do Hospital do Montijo. Passa a ideia de que o hospital está cada vez mais a morrer”. O autarca, que também preside à Assembleia Geral da Misericórdia do Montijo, considera que “está em curso um processo que visa passar todos os serviços da área hospitalar para o Barreiro”, apesar de “ninguém o assumir”.
João Afonso admite ainda que “a unidade de saúde familiar é necessária”, mas “não à custa do Hospital do Montijo”. E defende outra solução: “A Câmara Municipal poderia ceder um terreno para construção desta unidade de saúde familiar”.
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo vai criar uma Unidade de Saúde Familiar (cuidados primários de saúde) no edifício onde antigamente funcionava o serviço de medicina interna (cuidados de saúde hospitalares) no Hospital Distrital do Montijo. Para o efeito, vai ser assinado, na esta sexta-feira, um protocolo entre a ARS, a Santa Casa da Misericórdia do Montijo (entidade que é proprietária do espaço) e a administração do Centro Hospitalar Barreiro Montijo. A cerimónia terá lugar nas instalações da Santa Casa do Montijo. O investimento público nesta nova unidade de saúde estima-se em meio milhão de euros e irá dispor de sete novos médicos de família. A cedência do espaço por parte da Misericórdia à ARS Lisboa e Vale do Tejo para a criação da unidade de saúde familiar está longe de agradar a todos. CDU e PSD/CDS-PP já criticaram a medida.
Hospital do Montijo vai ter Unidade de Saúde Familiar |
O Hospital do Montijo, vai alojar a nova Unidade de Saúde Familiar Aldegalega, prevista para 2019, anunciou esta semana a Administração Regional da Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.
A Administração Regional da Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, o Centro Hospitalar do Barreiro Montijo e a Santa Casa da Misericórdia do Montijo vão assinar um acordo de cedência do espaço onde vai ser alojada esta Unidade de Saúde Familiar, esta sexta-feira à tarde na sede da Santa Casa da Misericórdia.
De acordo com o comunicado enviado pela ARS Lisboa e Vale do Tejo, a rentabilização do imóvel onde funcionou o Serviço de Medicina Interna do Hospital do Montijo, e que agora vai dar lugar à Unidade de Saúde Familiar Aldegalega, vai "aumentar a oferta e melhorar a prestação de cuidados à população do Montijo", dando ainda médico de família a cerca de 5700 utentes que atualmente não o possuem, num total de 13 mil e 300 pessoas abrangidas pela unidade.
A equipa será composta por sete médicos, sete enfermeiros e cinco assistentes técnicos.
"Quando entrar em funcionamento, a Unidade de Saúde Familiar Aldegalega vai integrar o Agrupamento de Centros de Saúde Arco Ribeirinho, o qual presta cuidados aos cerca de 213 mil e 500 habitantes dos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo", explica o comunicado.
"Com 221 mil 463 utentes frequentadores, o ACES Arco Ribeirinho possui seis Unidade de Saúde Familiar, sete Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados, quatro Unidades de Cuidados na comunidade, uma Unidade de Saúde Pública e uma Unidade de Recursos Assistenciais partilhados", acrescenta.
Compromisso eleitoral do executivo da autarquia
Para a Câmara do Montijo, "este foi um compromisso assumido com os cidadãos durante a última campanha eleitoral autárquica, por existir a consciência que a criação da USF, ou seja de um novo Centro de Saúde para a cidade, é uma necessidade antiga dos montijenses que poderá resolver o problema do elevado número de famílias sem médico de família".
A autarquia sempre defendeu, igualmente, "a inclusão da Unidade de Saúde Familiar no Hospital do Montijo, numa solução de maior eficiência e otimização dos equipamentos e recursos, cumprindo uma política de verticalização de cuidados de saúde primários e hospitalares, para acrescentar racionalidade às escolhas e às preferências dos cidadãos e garantir o direito à saúde", diz Nuno Canta, presidente da Câmara.
Aliás ao contrário do que muitas vezes é veiculado publicamente, o Hospital do Montijo, que integra o Centro Hospitalar Barreiro Montijo, "tem ganho novas valências, como foi o caso da cirurgia de ambulatório, considerada uma das melhores do país", lembra o autarca.
Para além da cirurgia de ambulatório, atualmente tem em funcionamento as seguintes valências: serviço de urgência básica, a medicina interna e internamento (20 camas), medicina física e de reabilitação, meios complementares de diagnóstico e consultas externas (anestesiologia, cardiologia, medicina, medicina física e de reabilitação, nutrição, cirurgia geral, ortopedia, oftalmologia, cirurgia plástica, cirurgia pediátrica, pediatria e psiquiatria).
A nova Unidade de Saúde Familiar "permitirá realizar a integração dos cuidados de saúde primários com os cuidados hospitalares e reforçar as respostas do Hospital do Montijo, criando um Parque de Saúde e por essa via beneficiar a vida dos utentes e doentes do Serviço Nacional de Saúde", explica a Câmara do Montijo.
Oposição critica instalação da Unidade de Saúde no Hospital
Mas a oposição critica esta opção. Carlos Jorge de Almeida, vereador eleito pela CDU, defende que a criação da unidade de saúde familiar no hospital não é mais do que “tentar vender gato por lebre à população”.
“O que o concelho do Montijo precisa é de ter um hospital capaz, devidamente equipado, que possa servir não só a população montijense como também as populações de concelhos vizinhos. Já devíamos era estar a falar na construção de um novo hospital”, disse o vereador. Para o autarca, “isto é o adiar, mais uma vez, de uma situação inadiável, que é a inevitabilidade da construção de um novo hospital no Montijo”.
Por seu lado, o vereador do PSD/CDS-PP, João Afonso, disse ao jornal Diário da Região, que “esta situação representa um desmembramento do Hospital do Montijo. Passa a ideia de que o hospital está cada vez mais a morrer”. O autarca, que também preside à Assembleia Geral da Misericórdia do Montijo, considera que “está em curso um processo que visa passar todos os serviços da área hospitalar para o Barreiro”, apesar de “ninguém o assumir”.
João Afonso admite ainda que “a unidade de saúde familiar é necessária”, mas “não à custa do Hospital do Montijo”. E defende outra solução: “A Câmara Municipal poderia ceder um terreno para construção desta unidade de saúde familiar”.
Agência de Notícias
Comentários
Enviar um comentário