Câmaras do Litoral Alentejano preocupadas com a saúde

“Existem problemas nos centros e nas extensões de saúde muitíssimo preocupantes”

“É justo dirigir uma palavra a todas as trabalhadoras e a todos os trabalhadores da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano. É o seu esforço diário e a sua dedicação aos outros que mantém o espírito do Serviço Nacional de Saúde”, assinala Vítor Proença no final da reunião da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral com a Comissão de Utentes do Litoral Alentejano. Segundo Vítor Proença, presidente da CIMAL e do município de Alcácer do Sal, “os tempos de espera para as consultas são inadmissíveis. Existem problemas nos centros e nas extensões de saúde muitíssimo preocupantes", alerta o autarca. 
Roteiro para a Valorização da Saúde decorre no Alentejo 

Ainda de acordo com Vítor Proença, "todos os profissionais, desde o pessoal auxiliar e administrativo aos profissionais de saúde, acusam um desgaste que se deve às condições de trabalho difíceis com que se defrontam no dia-a-dia, sendo de louvar a sua resistência e dever de missão em prol de algo tão importante como o bem-estar de todos”.
Esta reunião decorreu em Santiago do Cacém no âmbito do Roteiro para a Valorização da Saúde, que os presidentes dos municípios de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines iniciaram em Fevereiro passado com a promoção de contactos com empresas e empresários, instituições de solidariedade, misericórdias, associações de bombeiros e juntas de freguesia.
O Roteiro para a Valorização da Saúde prosseguirá nas próximas semanas porque “este é um esforço que tem de nos mobilizar porque a saúde diz respeito a todos nós”, assinala Vítor Proença.
Já numa reunião, em Alcácer do Sal, no final do mês passado, os autarcas reuniram com cerca de trinta instituições do setor social da sub-região. Onde foi dito que “foi-nos relatado um grau de desumanização do Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, que é motivo de enorme preocupação. Este facto parece-nos que em nada respeita às pessoas que prestam os cuidados, mas que eventualmente é consequência do próprio sistema”, afirmou Vítor Proença. O autarca sublinhou ainda que “esta situação é tanto mais grave quando estamos a falar de pessoas que, pela sua condição de idade ou de doença, se encontram já fragilizadas”.
“Esta reunião deixou-nos muitíssimo preocupados, porque a experiência das instituições de caráter social, quer IPSS quer bombeiros, trazem-nos ao conhecimento casos concretos. Não estamos a falar nem de políticas globais nem de números, estamos a falar das pessoas”, assinalou Vítor Proença.
De recordar que no passado dia 6 de Fevereiro a Comissão de Utentes organizou uma concentração junto do Hospital do Litoral Alentejano, na qual foi aprovada a moção “Pelo direito a cuidados de saúde, seguros e condignos na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano”.

Agência de Notícias com Câmara de Santiago do Cacém 

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