Autarquia contesta exclusão das companhias locais dos apoios 2018-2021
A Câmara de Setúbal apresentou um protesto, junto da diretora-geral das Artes, "pela exclusão das companhias de teatro do concelho do financiamento decorrente do concurso Programa de Apoio Sustentado 2018-2021".
"É com total inconformismo que recebemos os resultados do concurso e queremos, desde já, manifestar solidariedade com todas as estruturas que ficaram excluídas deste apoio", assumindo "o compromisso de tudo fazermos para, no que ainda for possível, reverter esta situação", lê-se no comunicado da autarquia, divulgado, com a mensagem enviada à Direção-Geral das Artes (DGArtes).
Duas companhias profissionais de Setúbal - o Teatro de Animação de Setúbal e o Teatro Estúdio Fontenova - foram excluídas dos financiamentos para o quadriénio 2018-2021 do Programa de Apoio Sustentado da DGArtes.
Segundo a mensagem da Câmara de Setúbal, assinada pela sua presidente, Maria das Dores Meira, "as companhias de teatro cumprem importante papel na criação individual e coletiva", ao proporcionarem "bens culturais essenciais a uma vivência mais rica e estimulante", o que torna "fundamental os apoios que recebem do Estado".
Governo aberto a “repensar modelo” de apoio às artes
"Podemos dizer que, através de outras formas, certamente, não deixaremos cair estruturas que, quer pela sua história, quer pelo seu passado, quer pela atividade que têm hoje, e pela renovação que têm sabido fazer, merecem apoio", disse o ministro da Cultura à RTP, acrescentando que "o Governo, o ministro, o secretário de Estado" estão "abertos a repensar o modelo" de apoio às artes.
No sábado, o Governo anunciou o reforço, para 72,5 milhões de euros, do montante disponível até 2021, do Programa de Apoio Sustentado, acrescendo meio milhão, do orçamento anual da DGArtes, ao valor de 1,5 milhões prometido pelo primeiro-ministro, António Costa, no passado dia 20, num total de mais dois milhões de euros por ano, durante os quatro anos de vigência dos concursos.
Os que mais ganham
A Câmara de Setúbal apresentou, esta segunda-feira, um protesto junto da diretora-geral das Artes pela exclusão das companhias de teatro do concelho do financiamento decorrente do concurso Programa de Apoio Sustentado 2018-2021. A autarquia, em ofício assinado pela presidente, Maria das Dores Meira, vem“apresentar o seu protesto” e “demonstrar total indignação” pelo facto de,“mais uma vez”, as companhias teatrais de Setúbal se virem excluídas do financiamento associado ao programa promovido pela Direção-Geral das Artes. Duas companhias profissionais de Setúbal - o Teatro de Animação de Setúbal e o Teatro Estúdio Fontenova - foram excluídas dos financiamentos do Programa de Apoio Sustentado da Direcão-Geral das Artes. Ontem, o ministro da Cultura admitiu uma revisão do modelo de apoio às artes, que este ano entrou em vigor, e destaca o reforço, para 72,5 milhões, do montante disponível até 2021, do Programa de Apoio Sustentado às artes.
Companhias de teatro reclamam mais apoios do Estado |
A Câmara de Setúbal apresentou um protesto, junto da diretora-geral das Artes, "pela exclusão das companhias de teatro do concelho do financiamento decorrente do concurso Programa de Apoio Sustentado 2018-2021".
"É com total inconformismo que recebemos os resultados do concurso e queremos, desde já, manifestar solidariedade com todas as estruturas que ficaram excluídas deste apoio", assumindo "o compromisso de tudo fazermos para, no que ainda for possível, reverter esta situação", lê-se no comunicado da autarquia, divulgado, com a mensagem enviada à Direção-Geral das Artes (DGArtes).
Duas companhias profissionais de Setúbal - o Teatro de Animação de Setúbal e o Teatro Estúdio Fontenova - foram excluídas dos financiamentos para o quadriénio 2018-2021 do Programa de Apoio Sustentado da DGArtes.
Segundo a mensagem da Câmara de Setúbal, assinada pela sua presidente, Maria das Dores Meira, "as companhias de teatro cumprem importante papel na criação individual e coletiva", ao proporcionarem "bens culturais essenciais a uma vivência mais rica e estimulante", o que torna "fundamental os apoios que recebem do Estado".
O quadro de precariedade que caracteriza a atividade destas associações culturais é recordado no ofício da autarquia, em particular a situação vivida por atores e atrizes, que, “todos os dias, batalham pela sobrevivência” e que,“tantas vezes, se transcendem ao fazerem tanto com o pouco que recebem”, sublinha Maria das Dores Meira.
O Presidente da República disse hoje que vai falar com autarcas, sobre esta questão, e que aguarda dados sobre os apoios plurianuais ao teatro, para depois se pronunciar.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras já manifestou preocupação com a situação do Teatro Experimental de Cascais, que também ficou sem apoio, e o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, marcou uma reunião com estruturas do seu concelho, excluídas dos financiamentos, a realizar na terça-feira.
O PCP pediu a audição com caráter de urgência do ministro da Cultura, em comissão parlamentar, sobre os resultados provisórios destes concursos, assim como o Bloco de Esquerda, que também quer ouvir a diretora-geral das Artes, Paula Varanda.
Um conjunto de agentes do teatro reuniu-se no sábado em Lisboa, tendo decidido constituir uma plataforma e pedir uma reunião ao primeiro-ministro, António Costa.
O CENA-STE, Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos, a Rede - Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea, a Plateia - Profissionais Artes Cénicas, e o Manifesto em Defesa da Cultura, num comunicado conjunto, anunciaram ações de protesto para a próxima sexta-feira, em Lisboa e no Porto.
O Presidente da República disse hoje que vai falar com autarcas, sobre esta questão, e que aguarda dados sobre os apoios plurianuais ao teatro, para depois se pronunciar.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras já manifestou preocupação com a situação do Teatro Experimental de Cascais, que também ficou sem apoio, e o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, marcou uma reunião com estruturas do seu concelho, excluídas dos financiamentos, a realizar na terça-feira.
O PCP pediu a audição com caráter de urgência do ministro da Cultura, em comissão parlamentar, sobre os resultados provisórios destes concursos, assim como o Bloco de Esquerda, que também quer ouvir a diretora-geral das Artes, Paula Varanda.
Um conjunto de agentes do teatro reuniu-se no sábado em Lisboa, tendo decidido constituir uma plataforma e pedir uma reunião ao primeiro-ministro, António Costa.
O CENA-STE, Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos, a Rede - Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea, a Plateia - Profissionais Artes Cénicas, e o Manifesto em Defesa da Cultura, num comunicado conjunto, anunciaram ações de protesto para a próxima sexta-feira, em Lisboa e no Porto.
O programa de Apoio Sustentado da Direção Geral das Artes, na área do teatro, vai ter um reforço de 900 mil euros por ano, de 2018 a 2021, de acordo com os números avançados pelo Ministério da Cultura. Em declarações à RTP, o ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, admitiu uma revisão do modelo de apoio às artes, que este ano entrou em vigor, e garantiu que, mesmo "através de outras formas", serão atendidas as estruturas que "merecem apoio".
Castro Mendes afirmou que do reforço de dois milhões de euros anuais, daquele programa, anunciado no sábado, 45 por cento serão destinados ao teatro, 23 por cento (460 mil euros), às modalidades de música e cruzamentos disciplinares, e nove por cento (180 mil euros), às artes visuais."Podemos dizer que, através de outras formas, certamente, não deixaremos cair estruturas que, quer pela sua história, quer pelo seu passado, quer pela atividade que têm hoje, e pela renovação que têm sabido fazer, merecem apoio", disse o ministro da Cultura à RTP, acrescentando que "o Governo, o ministro, o secretário de Estado" estão "abertos a repensar o modelo" de apoio às artes.
No sábado, o Governo anunciou o reforço, para 72,5 milhões de euros, do montante disponível até 2021, do Programa de Apoio Sustentado, acrescendo meio milhão, do orçamento anual da DGArtes, ao valor de 1,5 milhões prometido pelo primeiro-ministro, António Costa, no passado dia 20, num total de mais dois milhões de euros por ano, durante os quatro anos de vigência dos concursos.
Os que mais ganham
Ministro admite rever apoios à cultura |
As candidaturas ao Programa de Apoio Sustentado da DGArtes – que financia grande parte da atividade artística em Portugal –, tinham aberto em Outubro com um valor global disponível de 64,5 milhões de euros, para o quadriénio 2018-2021, em seis modalidades: circo contemporâneo e artes de rua, dança, artes visuais, cruzamentos disciplinares, música e teatro.
O concurso para a modalidade teatro tinha, inicialmente, um montante global de 29,67 milhões de euros, até 2021, devendo subir agora aos 33,27 milhões.
Os resultados provisórios dos concursos da DGArtes, comunicados aos candidatos, a que a agência Lusa teve acesso, garantem apoio estatal a 50 candidaturas das 89 avaliadas na área do teatro, ficando de fora 39 estruturas, como o Teatro Experimental de Cascais, o Teatro Experimental do Porto, a Seiva Trupe, o Festival Internacional de Marionetas e Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica, O Teatrão e Escola da Noite, em Coimbra, e o Centro Dramático de Évora.
Entre as companhias mais apoiadas do programa, segundo os resultados provisórios, estão o Teatro Praga, a Companhia de Teatro de Almada, os Artistas Unidos, O Bando, de Palmela, o Teatro do Noroeste, a Companhia de Teatro de Braga, a Companhia de Teatro do Algarve, a Comuna - Teatro de Pesquisa e o Novo Grupo - Teatro Aberto.
Agência de Notícias com Lusa
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