"O SITE-Sul tem inflamado a Autoeuropa", acusa Fernando Sequeira
Autoeuropa vive maior crise social da sua história |
Se o clima era tenso entre trabalhadores e a direção da Comissão de Trabalhadores ficou pior quando quase três quartos dos operários (74,8 por cento) terem rejeitado o pré-acordo assinado entre a comissão de trabalhadores e a administração da fábrica, liderada por Miguel Sanches. O acordo previa uma melhoria salarial de 16 por cento, além de mais um dia de férias e a redução do horário de 40 horas semanais, para compensar o novo horário.
A partir de 2018, para responder ao aumento de produção do T-Roc, a Autoeuropa quer manter a fábrica aberta seis dias por semana e com três turnos a funcionar. Os operários terão de trabalhar de segunda a sábado, com uma folga fixa ao domingo e outra folga rotativa durante a semana.
Se a deslocalização, de pelo menos parte da produção do novo modelo da marca alemã acontecer, além das implicações para os cofres do Estado, que deixarão de encaixar as receitas dali provenientes, os trabalhadores também serão afetados. Sem necessidade de um terceiro turno, pelo menos parte dos colaboradores agora contratados deverá ser dispensada, "um cenário bem pior do que ter uma folga rotativa durante a semana", dizia ontem um trabalhador da fábrica.
Fernando Sequeira acusa sindicatos
"A Volkswagen não deixará de fazer os 240 mil carros/ano, mais a mais tendo o novo carro a base do Golf e havendo fábricas alemãs onde se produzia o [modelo] Golf que, neste momento, estão com reduzida produção". E lembra que "a administração, segundo a lei, pode definir os horários. O parecer dos representantes dos trabalhadores não é vinculativo". E sem dar nada em troca.
O sindicato, afeto à CGTP, contrapõe com a "clara rejeição à obrigatoriedade do trabalho ao sábado" no referendo de há uma semana. O tal que chumbou o acordo assinado pela comissão de trabalhadores. E acusa a administração de propor uma compensação "inferior àquela que tem vindo a ser praticada" na empresa. Está já marcado um plenário para 28 de Agosto, dois dias antes da primeira greve da história da Autoeuropa, uma empresa que vale qualquer coisa como um por cento da riqueza (PIB) gerada em Portugal.
A agravar a tensão, a administração da fábrica de Palmela já veio dizer que só negoceia com a comissão de trabalhadores e não com sindicatos. O problema é que a nova comissão de trabalhadores só deverá ser conhecida no final do mês ou no início de Setembro. As eleições só poderão ser convocadas quando todos os operários voltarem de férias. Fernando Sequeira já assumiu que é candidato.
A agravar a tensão, a administração da fábrica de Palmela já veio dizer que só negoceia com a comissão de trabalhadores e não com sindicatos. O problema é que a nova comissão de trabalhadores só deverá ser conhecida no final do mês ou no início de Setembro. As eleições só poderão ser convocadas quando todos os operários voltarem de férias. Fernando Sequeira já assumiu que é candidato.
T-Roc apresentado a 23 de Agosto
Novo modelo será apresentado a 23 de Agosto em Palmela |
Como se não fosse já muita a especulação em torno do seu mais recente SUV, o “português” T-Roc, a Volkswagen decidiu atiçar ainda mais a curiosidade avançando com uma data para a divulgação das fotos oficiais do modelo: 23 de Agosto. E, para animar ainda mais a coisa, divulgou um filme que já pouco deixa à imaginação.
Além de ser possível perceber as formas do visual final da carroçaria, há ainda a reter detalhes interessantes, como a pintura em dois tons, sendo o tejadilho e os pilares contrastantes, assumindo-se mesmo como o Volkswagen mais personalizável da história da marca. E, em função dessa escolha de cores, igual harmonia é transposta para o interior.
Mas a primeira apresentação pública só terá lugar no Salão Automóvel de Frankfurt, a 14 de Setembro. O novo modelo é um SUV citadino com 4,3 metros de comprimento e 1,8 metros de largura e irá competir com o Nissan Juke, o Renault Captur ou mesmo o Seat Arona, do próprio grupo VW. O T-Roc fabricado na Autoeuropa deverá ter um preço base de 25 mil euros e deverá contar com versões a gasolina, gasóleo e híbrido plug-in (ligado à corrente).
A Autoeuropa, para poder produzir este veículo, recebeu um investimento de 677 milhões de euros na instalação de uma nova plataforma multimodal, que permite a produção de vários modelos.
Agência de Notícias
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