Alcochete defende melhores condições de saúde

Centros de Saúde de São Francisco e Passil "não são para abrir", diz ministro 

Com o objetivo de garantir os necessários cuidados de saúde à população do concelho de Alcochete, tem o executivo municipal solicitado de forma continuada reuniões com o ministério da saúde, "de forma a poderem serem abordados os cuidados primários de saúde, diretamente relacionados com os que eram assegurados nas extensões de saúde de São Francisco e Passil, que entretanto foram encerradas, e as consultas externas no centro hospitalar Barreiro/ Montijo", explica a autarquia ribeirinha em comunicado. Relembre-se que a 25 de Julho, a vereadora com o pelouro da saúde, Susana Custódio, reuniu com o ministro da saúde e apresentou as preocupações do município que são também as da população que o município representa.
Executivo municipal exige mais equipamentos de saúde no concelho 

“Considerando o crescimento natural e a dinâmica do nosso território, e neste caso concreto refiro-me a Alcochete e Montijo, e anunciados que estão investimentos, parece-nos sensato que as respostas do Serviço Nacional de Saúde acompanhem também o crescimento perspetivado para este território. Neste sentido e de acordo com o que esteve em tempos consensualizado entre estes dois municípios – a construção de um novo hospital do Montijo - dotado de mais valências e capacitado para dar melhores e mais rápidas respostas à população atual, é aquela que se perspetiva fixar neste território”, defendeu a vereadora com o pelouro da saúde.
“Aproveitámos para reivindicar consultas externas, pelo menos, de algumas especialidades na unidade hospitalar do Montijo. Esta é uma reivindicação que já tínhamos feito junto da administração do Centro Hospitalar Barreiro/ Montijo e para a qual não obtivemos ainda resposta”, acrescentou Susana Custódio.
Sobre as extensões de saúde em São Francisco e no Passil a vereadora referiu que o ministro da Saúde foi perentório: “Não são para reativar, não são para abrir” e que a solução apresentada será uma unidade móvel para as zonas rurais, que no entender de Susana Custódio tem "algumas fragilidades", nomeadamente, conta com os "recursos humanos que já estão afetos ao CSP de Alcochete.

Alcochete espera mais médicos em Outubro ou Novembro 
“Quando confrontei o coordenador do Centro de Saúde de Alcochete sobre esta possibilidade, ele disse-me que não tinha médicos nem enfermeiras para afetar a essa unidade móvel”, advertiu a autarca, que preveniu para a necessidade de criação de vagas para Alcochete nos concursos de afetação de médicos de família ao ACES do Arco Ribeirinho.
“Primeiro temos de abrir vagas para depois se perceber se algum dos médicos manifesta preferência por se vincular a Alcochete. E neste sentido fui informada de que está a ser preparado um novo concurso, que deverá acontecer nos meses de Outubro e Novembro e que contemplará 18 vagas. Vamos ficar atentos para ver se é considerada alguma vaga para Alcochete”, acrescentou Susana Custódio.
Na reunião com o ministro da saúde a vereadora abordou também a questão relacionada com a extensão de saúde de Samouco, em que a câmara de Alcochete aguarda ainda por parte do ministério o valor da empreitada, mediante o acordo firmado com a então ministra da saúde. Uma situação que se arrasta desde 2007/2008 quando a autarquia decidiu avançar para a construção da extensão de saúde naquela freguesia.
“Temos aqui uma porta aberta para resolver este problema e espero que a questão da afetação de recursos humanos se venha a inverter e que acompanhe a evolução do nosso território em termos populacionais”, concluiu Susana Custódio.

Agência de Notícias com Câmara de Alcochete

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