Protesto na Escola Secundária de Pinhal Novo

Roupa preta e escola encerrada devido à falta de funcionários na secundária 

A Escola Secundária de Pinhal Novo não abriu as portas esta quarta-feira de manhã, devido ao protesto efetuado por pais e alunos. Vestidos de preto em frente à escola, exprimem o “luto” pela falta de pessoal auxiliar, como explicou o presidente da Associação de Pais da Escola de Pinhal Novo. Para José Luís Reis, o objetivo principal deste protesto é "alertar para que, no próximo ano, o problema da falta de funcionários não volte a acontecer". A escola tem 29 operacionais e 10 técnicos administrativos para 1654 alunos. No entanto, 13 funcionários estarão de baixa médica. Durante parte do dia, os serviços de secretaria, bar e biblioteca estão encerrados, condicionando o normal funcionamento da escola. "Até a diretora da escola já teve de servir no bar", contou um aluno da Secundária de Pinhal Novo.  
Há falta de pessoal não docente na Secundária de Pinhal Novo 

Cerca de mil pessoas, incluindo pais, encarregados de educação e alunos, participaram na manhã de quarta-feira numa ação de protesto para exigir mais assistentes operacionais e técnicos administrativos na Escola Secundária do Pinhal Novo, em Palmela.
"De acordo com a avaliação da GNR, estiveram mais de mil pessoas nesta ação de protesto que decorreu, de forma ordeira, junto ao portão de entrada da escola", disse à agência Lusa o presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária do Pinhal Novo, José Luís Reis.
O representante indicou que o Ministério da Educação colocou nesta escola 29 assistentes operacionais (nove dos quais estão de baixa) e 10 técnicos administrativos (quatro de baixa).
Os números "estão de acordo com os critérios estabelecidos em função dos 1654 alunos deste estabelecimento de ensino, mas são insuficientes face ao redimensionamento da escola efetuado pela Parque Escolar em 2013", acrescentou o encarregado de educação.
Segundo José Luís Reis, devido à falta de pessoal alguns serviços da secretaria e do bar são, por vezes, assegurados por professores e pela direção da escola ou acabam mesmo por ser encerrados temporariamente.
"Promovemos esta ação de protesto para sensibilizar o Ministério da Educação para a necessidade de resolver o problema antes de se iniciar o próximo ano letivo. Acreditamos que esse objetivo foi plenamente conseguido", concluiu o presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária do Pinhal Novo.
A segurança também preocupa. "Os funcionários não conseguem evitar algum problema. E se alguma coisa de mal acontece?", pergunta Graça Santos, encarregada de educação. Até agora, a solução apontada pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares foi a colocação de um funcionário pela via da mobilidade externa.

Falta de pessoal não docente preocupa município
Em Novembro do ano passado, a Câmara de Palmela já alertava para estes problemas. Nos três agrupamentos de escolas e nas Secundárias de Pinhal Novo e Palmela "o rácio do pessoal não docente, assistentes operacionais e assistentes técnicos está, de forma geral, em conformidade com o definido por lei". Porém, esclarece que este rácio legal "representa o limite mínimo necessário", como se comprova sempre que se registam ausências, independentemente da sua duração, e em situações de reforma. "Esta gestão é ainda mais difícil e preocupante nas escolas de menor dimensão", explicava a autarquia na altura.
O município defende o aumento legal dos rácios de todos os níveis de ensino, mas observa que a legislação deve considerar o número de salas e não apenas o número de crianças. Refere também a necessidade de se aumentar de forma gradual o pessoal auxiliar tendo em conta, designadamente, o número de alunos com necessidades educativas especiais.

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