Pinhal Novo tem Centro de Resíduos Valorizáveis

Município continua a investir no ambiente e melhora imagem urbana

O novo Centro de Transferência de Resíduos Valorizáveis de Pinhal Novo, sediado na Rua Luís de Camões, já está a funcionar. Inserido no âmbito das políticas ambientais da Câmara de Palmela, o investimento municipal orçado em mais de 10 mil euros vai permitir que cada munícipe particular do concelho, deposite os resíduos valorizáveis de que já não necessita. Posteriormente, a autarquia assegura a separação e o encaminhamento dos resíduos para as centrais de compostagem. Esta medida, diz a autarquia, "pretende melhorar a imagem do espaço público e reduzir a poluição". 
Autarquia apresentou projeto na semana passada 

O município de Palmela inaugurou o Centro de Transferência de Resíduos Valorizáveis de Pinhal Novo, que é um local onde os munícipes podem entregar resíduos para reciclagem com um volume superior ao admitido nos ecopontos ou para os quais não existem contentores atribuídos. É o caso de resíduos verdes, ou seja resíduos provenientes da limpeza de jardins e espaços verdes, como aparas, pequenos troncos, relva cortada, ervas ou similares; e é também o caso de monstros ou monos, isto é objetos volumosos fora de uso. Neste espaço, podem ser entregues, também, Óleos Alimentares Usados. 
Para Fernanda Pésinho, vereadora dos Resíduos Sólidos Urbanos da Câmara de Palmela, o investimento no novo espaço justifica-se pelo facto de “o nível de cobertura de ecopontos no concelho e nesta freguesia especificamente estar abaixo do legalmente exigível". Outro dos argumentos, diz a autarca, é porque "existe um incumprimento contratual da parte da Amarsul, que tinha a obrigação legal de construir um Ecocentro para recolha de resíduos valorizáveis e ainda não o fez".
O centro pretende ainda "melhorar a imagem do concelho, na medida em que a sua dispersão geográfica e populacional estava a propiciar actos ilícitos”, diz a autarca. 
Com a adopção desta medida, Fernanda Pésinho acredita que será mais fácil “controlar e contribuir para a redução da população, tarefa que temos o dever de travar e também sensibilizar para a valorização dos resíduos”.
A Câmara de Palmela continua a "pedir" à Amarsul a construção do futuro Ecocentro.  “As duas entidades têm estado em conversações, mas que a Armasul tem alegado falta de verbas e dificuldades decorrentes da sua privatização”. 
Manuel Lagarto, presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo considera a inauguração do centro “uma grande mais-valia, porque apesar dos comportamentos menos próprios, muita gente já nos perguntava onde podia depositar os seus resíduos”.

16 toneladas de monos e monstros no Pinhal Novo por mês 
O objetivo é que "os cidadãos venham entregar estes resíduos valorizáveis (para além dos já identificados podem ser recolhidos também vidro, papel cartão e plásticos), até 2m3, ao centro, em vez de os abandonarem na via pública", refere a autarca.
Os resíduos entregues no centro podem ser valorizados, entrando na cadeia da reciclagem - seguem para compostagem, no caso de resíduos verdes; e para outros destinos apropriados, nos restantes casos. Se esses resíduos verdes forem misturados com resíduos domésticos, acabam por seguir para aterro.
Há também importantes mais-valias para o espaço urbano. Os resíduos entregues no centro ficam devidamente acondicionados até à sua transferência para os destinos apropriados. "Quando são abandonados no espaço público, infelizmente tantas vezes fora do horário e condições autorizadas, acabam por provocar sujidade no espaço públicos. Assim, entregar resíduos no centro de transferência de resíduos valorizáveis é melhorar a imagem urbana, a salubridade e reduzir os custos com a limpeza, poupando-se assim o dinheiro que é de todos nós", diz a Câmara.
Atualmente, em Pinhal Novo são recolhidas na via pública cerca de 16 toneladas de monos e monstros e mais de duas toneladas de verdes por mês. "É uma quantidade considerável de resíduos, que fica muito melhor entregue no centro de transferência", diz a autarquia.
O Centro de Transferência está aberto ao público de terça a sexta-feira das nove às 12 e das 14 às 17 horas; e aos sábados das nove às 13 horas.

Câmara diz estar a investir no ambiente 
Grande parte da obra foi feita por administração direta, ascendendo ainda assim este investimento a cerca de 10  mil euros.  Este é um investimento que se vem juntar a outros. "O município investiu, nos últimos anos, mais de 10 mil euros anuais em campanhas de sensibilização ambiental. Mas muito do investimento que fazemos está diluído noutras iniciativas ou nos nossos meios internos. O investimento feito pelo município em saneamento, na recolha e tratamento de resíduos, na limpeza de linhas de água ou na proteção da água pública, acima de 5,5 milhões de euros, é, todo ele, um investimento no ambiente", sublinha a autarquia.

Agência de Notícias com Câmara de Palmela 

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