Incêndio em armazém de enxofre está completamente extinto
Um total de 20 pessoas, entre os quais 10 bombeiros, sofreram lesões devido ao excesso de dióxido de enxofre libertado no incêndio de um armazém deste produto tóxico em Mitrena, Setúbal, anunciou a Direção-geral da Saúde. As informações foram prestadas em conferência de imprensa , na qual foi adiantado que todas as vítimas, entre as quais quatro crianças, já tiveram alta clínica, à exceção de uma que deu entrada na manhã de quinta-feira no hospital de São Bernardo. As autoridades referiram que, neste momento, não há emissão de dióxido de enxofre e que não se justificam as medidas de proteção à população, anunciadas na quarta-feira. Todas as escolas reabrem esta sexta-feira. De acordo com a informação prestada aos jornalistas pelo presidente do INEM, Luis Meira, as concentrações de dióxido de enxofre atualmente registadas “estão abaixo dos limites legais estabelecidos” e “não há risco para a saúde humana”. Os ambientalistas querem mais respostas sobre este caso.
Incêndio dado como extinto
O incêndio em dois armazéns de enxofre da Sapec teve início às três da madrugada de terça-feira e só foi considerado extinto esta quinta-feira, às 9h10. No entanto, os bombeiros não dão como finalizada esta operação e vão manter-se no local por precaução, como disse Paulo Lamego, comandante dos Bombeiros de Setúbal, à RTP.
A grande prioridade da empresa, a quem compete a remoção dos resíduos resultantes do incêndio, é precisamente a eliminação da nuvem de fumo, que as autoridades admitem ser suscetível de provocar reações irritantes ou outros sintomas.
Um total de 20 pessoas, entre os quais 10 bombeiros, sofreram lesões devido ao excesso de dióxido de enxofre libertado no incêndio de um armazém deste produto tóxico em Mitrena, Setúbal, anunciou a Direção-geral da Saúde. As informações foram prestadas em conferência de imprensa , na qual foi adiantado que todas as vítimas, entre as quais quatro crianças, já tiveram alta clínica, à exceção de uma que deu entrada na manhã de quinta-feira no hospital de São Bernardo. As autoridades referiram que, neste momento, não há emissão de dióxido de enxofre e que não se justificam as medidas de proteção à população, anunciadas na quarta-feira. Todas as escolas reabrem esta sexta-feira. De acordo com a informação prestada aos jornalistas pelo presidente do INEM, Luis Meira, as concentrações de dióxido de enxofre atualmente registadas “estão abaixo dos limites legais estabelecidos” e “não há risco para a saúde humana”. Os ambientalistas querem mais respostas sobre este caso.
Nuvem de fumo tóxico assustou moradores da cidade de Setúbal |
Na atualização de informação desta quinta-feira, a Direção-Geral de Saúde (DGS) confirmou em conferência de imprensa que há registo de pelo menos 20 vítimas associadas ao incêndio desta semana em dois armazéns de enxofre de Setúbal.
Entre os feridos contam-se dez bombeiros, envolvidos nas operações de combate ao incêndio. Os restantes feridos foram registados entre a população, sendo que quatro são crianças.
Todos os feridos já tiveram alta à exceção de uma das crianças, que deu entrada no Hospital de Setúbal esta quinta-feira. Este caso é o que inspira mais cuidados neste momento, tendo apresentado sinais de lesão ocular.
No comunicado enviado ao início da tarde, a DGS esclarece que os níveis de dióxido de enxofre registados em várias estações de qualidade do ar estão "muito abaixo dos limites legalmente estabelecidos" desde a meia-noite de quinta-feira.
O documento refere também que se registam "condições atmosféricas favoráveis", nomeadamente a orientação do vento em direção ao mar.
Situação está "controlada"
Luís Meira, presidente do INEM, garantiu que a situação está neste momento "perfeitamente controlada", não havendo neste momento "emissão de dióxido de enxofre para a atmosfera".
A concentração do composto químico está nesta altura "abaixo dos limites legais estabelecidos" e não representa "risco para a saúde humana".
Sobre as vítimas registadas, o responsável considera que as concentrações detetadas não levantam neste momento preocupações, não sendo por isso "expectável" que estas queixas resvalem em "lesões permanentes".
O presidente do INEM saúda a capacidade de resposta das autoridades perante "uma ocorrência que poderia ter potenciais riscos", não se tendo registado neste caso "consequências de maior".
Da parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Dília Jardim, garantiu na conferência de imprensa que "não há perigos" no consumo de hortícolas ou qualquer alteração no controlo da água na zona de Setúbal.
Manuel Delgado, secretário de Estado da Saúde, refere que as chamadas efetuadas nos últimos dias para a linha de emergência 112 e para a Linha Saúde 24 são até ao momento em número residual, todos na península de Setúbal. Cinco casos foram remetidos para observação médica, mas a maioria das chamadas telefónicas aconteceu no sentido de obter informações sobre o incidente.
Quercus está preocupada com as consequências do incêndio
A Direção Geral de Saúde (DGS) recomendava na quarta-feira que crianças, idosos e doentes respiratórios crónicos permanecessem em casa até esta quinta-feira de manhã, devido à nuvem tóxica provocada pelo incêndio. Francisco George, da DGS, desaconselhava também a prática de desporto ao ar livre na sequência do incêndio de terça-feira.
Na sequência desta recomendação, a Câmara de Setúbal decidiu ordenar o encerramento de todas as escolas de todos os graus de ensino no concelho durante esta quinta-feira.Mas esta sexta-feira, todas as escolas devem reabrir.
Também na quarta-feira, o diretor-geral da APA revelava que tinham sido detetados 900 microgramas de dióxido de enxofre por metro cúbico, muito acima do limite máximo de 500 microgramas.
Já esta quinta-feira, em comunicado enviado às redações, a Quercus manifesta "enorme preocupação" com as consequências do incêndio em Setúbal e acusa os representantes da Sapec, a empresa que gere os dois armazéns de enxofre envolvidos neste incêndio, de declarações "totalmente irresponsáveis" e uma "tentativa de camuflagem da real dimensão e extensão do problema".
A organização ambiental exige ainda "o apuramento de todas as responsabilidades através de um inquérito rigoroso". Não foram ainda apuradas as causas deste incêndio de terça-feira.
No dia do incêndio, o diretor-geral da Sapec dizia à RTP ser "prematuro dizer se foi ou não um curto-circuito".
O Ministério Público abriu uma investigação ao incêndio no armazém da Sapec. "Confirma-se a instauração de inquérito", escreve o Expresso que ouviu uma fonte do gabinete de comunicação da Procuradoria-Geral da República.
Uma fonte da Polícia Judiciária de Setúbal revela ao mesmo jornal que um grupo de inspetores esteve no local, realizando uma inspeção no armazém. E concluiu que "o incêndio não tem origem criminosa".
É a GNR que está a levar a cabo a investigação de forma a apurar responsabilidades ambientais no caso.
Todos os feridos já tiveram alta à exceção de uma das crianças, que deu entrada no Hospital de Setúbal esta quinta-feira. Este caso é o que inspira mais cuidados neste momento, tendo apresentado sinais de lesão ocular.
No comunicado enviado ao início da tarde, a DGS esclarece que os níveis de dióxido de enxofre registados em várias estações de qualidade do ar estão "muito abaixo dos limites legalmente estabelecidos" desde a meia-noite de quinta-feira.
O documento refere também que se registam "condições atmosféricas favoráveis", nomeadamente a orientação do vento em direção ao mar.
Situação está "controlada"
Luís Meira, presidente do INEM, garantiu que a situação está neste momento "perfeitamente controlada", não havendo neste momento "emissão de dióxido de enxofre para a atmosfera".
A concentração do composto químico está nesta altura "abaixo dos limites legais estabelecidos" e não representa "risco para a saúde humana".
Sobre as vítimas registadas, o responsável considera que as concentrações detetadas não levantam neste momento preocupações, não sendo por isso "expectável" que estas queixas resvalem em "lesões permanentes".
O presidente do INEM saúda a capacidade de resposta das autoridades perante "uma ocorrência que poderia ter potenciais riscos", não se tendo registado neste caso "consequências de maior".
Da parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Dília Jardim, garantiu na conferência de imprensa que "não há perigos" no consumo de hortícolas ou qualquer alteração no controlo da água na zona de Setúbal.
Manuel Delgado, secretário de Estado da Saúde, refere que as chamadas efetuadas nos últimos dias para a linha de emergência 112 e para a Linha Saúde 24 são até ao momento em número residual, todos na península de Setúbal. Cinco casos foram remetidos para observação médica, mas a maioria das chamadas telefónicas aconteceu no sentido de obter informações sobre o incidente.
Quercus está preocupada com as consequências do incêndio
A Direção Geral de Saúde (DGS) recomendava na quarta-feira que crianças, idosos e doentes respiratórios crónicos permanecessem em casa até esta quinta-feira de manhã, devido à nuvem tóxica provocada pelo incêndio. Francisco George, da DGS, desaconselhava também a prática de desporto ao ar livre na sequência do incêndio de terça-feira.
Na sequência desta recomendação, a Câmara de Setúbal decidiu ordenar o encerramento de todas as escolas de todos os graus de ensino no concelho durante esta quinta-feira.Mas esta sexta-feira, todas as escolas devem reabrir.
Também na quarta-feira, o diretor-geral da APA revelava que tinham sido detetados 900 microgramas de dióxido de enxofre por metro cúbico, muito acima do limite máximo de 500 microgramas.
Já esta quinta-feira, em comunicado enviado às redações, a Quercus manifesta "enorme preocupação" com as consequências do incêndio em Setúbal e acusa os representantes da Sapec, a empresa que gere os dois armazéns de enxofre envolvidos neste incêndio, de declarações "totalmente irresponsáveis" e uma "tentativa de camuflagem da real dimensão e extensão do problema".
A organização ambiental exige ainda "o apuramento de todas as responsabilidades através de um inquérito rigoroso". Não foram ainda apuradas as causas deste incêndio de terça-feira.
No dia do incêndio, o diretor-geral da Sapec dizia à RTP ser "prematuro dizer se foi ou não um curto-circuito".
O Ministério Público abriu uma investigação ao incêndio no armazém da Sapec. "Confirma-se a instauração de inquérito", escreve o Expresso que ouviu uma fonte do gabinete de comunicação da Procuradoria-Geral da República.
Uma fonte da Polícia Judiciária de Setúbal revela ao mesmo jornal que um grupo de inspetores esteve no local, realizando uma inspeção no armazém. E concluiu que "o incêndio não tem origem criminosa".
É a GNR que está a levar a cabo a investigação de forma a apurar responsabilidades ambientais no caso.
Incêndio dado como extinto
O incêndio em dois armazéns de enxofre da Sapec teve início às três da madrugada de terça-feira e só foi considerado extinto esta quinta-feira, às 9h10. No entanto, os bombeiros não dão como finalizada esta operação e vão manter-se no local por precaução, como disse Paulo Lamego, comandante dos Bombeiros de Setúbal, à RTP.
A grande prioridade da empresa, a quem compete a remoção dos resíduos resultantes do incêndio, é precisamente a eliminação da nuvem de fumo, que as autoridades admitem ser suscetível de provocar reações irritantes ou outros sintomas.
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