Idosos descobrem segredos da Mourisca
Idosos passam dia no Moinho de Maré da Mourisca |
A sala de moagem, no interior do antigo moinho com presumida origem no século XVII e que funciona como espaço museológico e polo turístico, é o ponto de partida da visita, realizada no âmbito do Dia Internacional da Pessoa Idosa, uma organização conjunta entre a Câmara de Setúbal, as juntas de freguesia do concelho e as diversas instituições de solidariedade social.
Naquele espaço, todos ouvem com atenção a explicação de Nuno Raposeiro, técnico que acompanha os participantes, com idades entre os 60 e os 85 anos. “Isto são as mós, responsáveis pela moagem dos grãos de cereais para o fabrico de farinha”.
Os flamingos despertam a atenção de todos. “Parecem cor-de-rosa, mas, na verdade, são brancos. São novinhos”, explica Nuno Raposeiro. “A partir desta janela é possível vê-los. Venham”. E todos vão.
Todos não. Quem parece não dar tanta importância à vista da janela é a D. Luísa, que aproveita o tempo da fila indiana para fotografar uma mesa, decorada no tampo com pedras de sal. O mesmo se passa com a D. Celeste e a D. Francisca, mais viradas para o descanso.
Lá fora, Catarina Miranda, 72 anos, encostada a uma das partes da caldeira desativada olha atenta para o cenário que compõe a Herdade da Mourisca.“Não conhecia isto”, conta.
Além dos flamingos, é possível ver outras espécies de aves, como os pilritos-das-praias, pernilongos e rolas do mar.
À saída do Moinho de Maré, propriedade do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, funcionando atualmente em regime de cogestão com a Câmara de Setúbal, ainda há tempo para lanchar.
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