PSD critica Governo por adiar aeroporto no Montijo

Crescimento do aeroporto da Portela está em causa 

Os deputados do PSD do Distrito de Setúbal não compreendem o adiamento da decisão do Governo na instalação de um aeroporto complementar na Base Aérea nº6 do Montijo, tendo em conta todos os pareceres dados pelos especialistas do setor da aviação de que esta é a “solução óbvia”. À saída de uma reunião com o presidente do Conselho de Administração da ANA, realizada ontem, Maria Luís Albuquerque alertou que a “falta de decisão” do Governo sobre esta matéria, “está a travar o crescimento da competitividade do aeroporto da Portela”. Os social-democratas criticam ainda a Câmara do Montijo por ter recusado assinado o memorando com o anterior Governo. 

Deputados do PSD de Setúbal reuniram com a ANA 

Os social-democratas explicam que o anterior Governo PSD/CDS-PP optou por esta solução, que vai permitir que nos próximos 50 anos não seja necessário construir um novo grande aeroporto na zona de Lisboa, pois a capacidade da Portela seria aumentada em 50 por cento, disponibilizando a base do Montijo como complemento.
Esta nova infraestrutura permite que as taxas aeroportuárias fiquem a um nível igual ou inferior ao atual e não semelhantes ao de cidades como Madrid, Roma ou Paris.
À saída de uma reunião com o presidente do Conselho de Administração da ANA, realizada ontem, Maria Luís Albuquerque alertou que a “falta de decisão” do Governo sobre esta matéria, “está a travar o crescimento da competitividade do aeroporto da Portela”.
De acordo com a ex-ministra das Finanças do Governo de Passos Coelho, “o Governo tem que tomar esta decisão o mais rápido possível, pois não pode continuar a adiar um projeto que tem todas as vantagens, inclusivamente ao nível financeiro. Esta é a solução óbvia”, frisa a deputada do PSD eleita por Setúbal.
Para Maria das Mercês Borges, o presidente da Câmara do Montijo “perdeu uma boa oportunidade” de poder ter contribuído para a concretização deste projeto, pois ao “recusar-se a assinar o memorando com o Governo anterior pode ter posto em causa o futuro do aeroporto complementar na região”.
A deputada social-democrata diz ainda que a curto e médio prazo a solução da construção de um novo aeroporto internacional de Lisboa “não é viável”, pois a hipótese de um aeroporto complementar “é a que melhor serve o interesse do país e da região”.
“A implantação desta infraestrutura permitirá atrair o investimento de empresas e de outras entidades, gerando a criação de postos de trabalho na região”, conclui Maria das Mercês Borges.





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