PSD critica corte de árvores no Parque do Montijo

Social-democratas falam em valores exagerados para abater árvores 

O abate de árvores no Parque Municipal do Montijo, ao longo da semana passada, levou o PSD local a tecer duras críticas à gestão socialista da Câmara do Montijo. Em comunicado, a secção social-democrata do concelho, lembra que a “boa gestão" do PS na Câmara do Montijo entregou de bandeja, e com o apoio da CDU, o corte de árvores a uma empresa de Gondomar”, localizada a mais de 350 km do concelho montijense. “O PSD opôs-se imediatamente contra a proposta em causa porque delapida o património municipal”, sublinha o partido.
Autarquia gasta 12 mil euros + iva no corte de árvores no parque 

“Foi encomendado um estudo a uma empresa, para verificar o estado das árvores do Parque Municipal, e depois foi entregue à mesma empresa o corte de árvores por ela indicadas, sem qualquer consulta de preço a outras empresas”, contestam os social-democratas, acrescentando: “É como se fôssemos ao médico ao Porto e depois fossemos à farmácia desse médico para aviar a receita. O PSD não compreende porque só se consultou uma única empresa, sem consulta a empresas localizadas no nosso concelho ou nosso distrito, ou região. Não haverá quem faça o corte das árvores? E de quais árvores?”
A secção do partido laranja lembra também que o abate destas árvores “tem um custo de 12 mil euros + Iva”, o que equivale a pagar “mais de mil euros por cada árvore, prevendo-se o corte de mais 11 árvores a somar às já cortadas nos últimos anos e cujos cepos ainda testemunham o modo como o PS procede à manutenção dos nossos espaços verdes”, explica o PSD do Montijo.
“Procede-se ao corte sistemático de árvores adultas, algumas com mais de 60 anos e que eram o ex-libris do nosso parque. Com o corte destas árvores perdeu-se definitivamente esse património!”, conclui a estrutura do PSD do Montijo.
Recorde-se que quando a proposta foi apresentada em reunião de Câmara,  Nuno Canta, repudiou a argumentação da bancada social-democrata, garantindo que “todo o procedimento realizado salvaguarda o interesse público, é necessário e justifica-se”.
De acordo com o presidente da Câmara,  “só por desconhecimento ou por retórica de oposição se pode admitir que seja mantido um discurso de suspeição”, defendeu o autarca socialista. A proposta viria a ser aprovada com três votos a favor do PS e duas abstenções da CDU.



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