Barreiro diz que há interessados no terminal de contentores

Estudos podem comprovar a viabilidade do investimento

O presidente da Câmara do Barreiro, Carlos Humberto, afirmou ontem que existem investidores para o novo terminal de contentores no concelho, referindo que o Governo vai apoiar o projeto se os estudos demonstrarem viabilidade. "Reuni com a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e correu bem. Reafirmou que se os estudos vierem a comprovar a viabilidade do investimento e se existirem interessados, o projeto não tem razão nenhuma para não avançar", disse, durante a reunião pública do executivo
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Estúdio prévio sobre a construção do terminal está no fim 

A localização no novo terminal de Contentores de Lisboa, apontado para o município do Barreiro, está a ser alvo de um estudo multidisciplinar que visa a requalificação do território. Na apresentação pública do consórcio ViaLisboa, que decorreu no verão passado no Barreiro, o então secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, garantiu que esse estudo, orçado em cerca de seis milhões de euros, já teve o apoio de Bruxelas.
O novo terminal representa um investimento de cerca de 700 milhões de euros para uma área de contentores e multiusos, numa área logística de cerca de 400 hectares. A plataforma multimodal inclui o terminal de contentores com capacidade para 2,7 milhões de Teus (medida standard utilizada para calcular o volume de um contentor) por ano.
"Temos feito contactos e existem entidades que se mantêm interessadas no projeto. O estudo prévio do terminal está em fase final, para depois se dar andamento ao Estudo de Impacte Ambiental", diz Carlos Humberto, presidente da Câmara do Barreiro.

Ex-Governo estava empenhado no projecto 
Em Setembro, no fim do Governo chefiado por Pedro Passos Coelho, foi formado o consórcio viaLisboa, constituído pela a Administração do Porto de Lisboa (APL), a Câmara do Barreiro, a Câmara do Seixal, a Baía do Tejo e a Infra-estruturas de Portugal. Será este consórcio quem vai aplicar a candidatura de cerca de seis milhões de euros para se efectuarem os estudos necessários à localização do novo terminal de contentores da região de Lisboa no concelho do Barreiro. A APL terá a cargo as questões da operação portuária; a Infraestruturas de Portugal as questões das acessibilidades rodoviárias e ferroviárias e a Baía do Tejo, empresa do universo da Parpública, tem como objectivo o ordenamento do território que antes pertencia à CUF – Companhia de União Fabril.
O então secretário de Estado dos Transportes referiu que as críticas em torno do projecto têm sido "poucas face aos consensos gerados", referindo que o projecto, orçado em cerca de 600 milhões de euros, será efectuado sem dinheiros públicos. "O projecto será desenvolvido por capital privado, não há fundos públicos no novo terminal. Queremos maior concorrência nos portos, mais operadores e ter capacidade de reduzir o custo da factura portuária. É isso que nos une", garantia Sérgio Monteiro. 
"Os que dizem que estão contra querem que outros operadores que já existem cresçam, não querem a entrada de novos operadores. Para nós é bom ter operadores em Setúbal, Barreiro, Lisboa, Aveiro, Leixões, Sines ou Figueira da Foz", acrescentou.
A responsável pela Administração do Porto de Lisboa referiu ainda que vai avançar o concurso de ideias para a Estratégia Urbanística de Reconversão da Zona Industrial e Portuária do Barreiro, com a colaboração da Ordem dos Arquitetos, e o projeto de requalificação do cais da Siderurgia, no Seixal.

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