Barco da Transtejo encalhou junto ao Montijo

Catamarã com 91 pessoas encalhalou no Tejo

Um catamarã com 91 passageiros, que fazia a travessia entre Lisboa e o Montijo, encalhou no rio Tejo, esta terça-feira, confirmou o centro de operações de socorro e a capitania de Lisboa à SIC e à RTP. A mesma fonte adiantou ao Diário de Notícias que foi acionado o plano de emergência, mas só pelas 21 horas, quando a maré subir, será possível resgatar os passageiros e a tripulação. A agitação marítima impediu o socorro. Seis passageiros vão ser retirados por razões de saúde. Uma lancha dos bombeiros deverá, entretanto, deslocar-se até ao catamarã para dar pelo menos comida às pessoas retidas a bordo. No local, estão agentes, embarcações e meios para proceder às operações de socorro. 
Momento em que o catamarã  atraca no cais do Montijo 

Os passageiros do catamarã da Transtejo, que encalhou esta tarde no rio Tejo, saíram já da embarcação no cais do Montijo, disse à Lusa a porta-voz dos Transportes de Lisboa.
“Às 21h10, [de ontem] o catamarã foi rebocado por outro navio até ao cais e as pessoas começaram a desembarcar. Os passageiros estão calmos e correu tudo bem”, afirmou Isa Lopes.
Ao jornal Observador, o Comandante Malaquias Domingues afirmou que as primeiras seis pessoas a serem retiradas do navio – ainda antes das oito da noite – o fizeram porque “foram as que manifestaram o desejo de sair de bordo. Dois desses passageiros tinham condições médicas menos estáveis”. Uma das passageiras que saiu da embarcação afirmou à CMTV que entre estes encontravam-se “grávidas, deficientes e diabéticos”.
O catamarã, que levava 91 pessoas a bordo, encalhou esta terça-feira durante a tarde, no canal do Montijo. Ao local foram mobilizadas duas embarcações da Polícia Marítima, assim como agentes da organização que permaneceram em terra.
Segundo afirmou  o Capitão do Porto de Lisboa, Malaquias Domingues, catamarã encalhou “devido a uma falha técnica nos motores” enquanto passava “numa zona de manobra que estava em baixa-mar”, e por isso ficou preso num banco de areia.
“A baixa-mar foi às 17h51 e agora a maré continua a subir”, lembrou ao final da tarde o comandante, explicando que com a maré cheia a embarcação já conseguiria circular normalmente. A Polícia Marítima, avançava o Comandante, estava a “analisar uma operação de reboque da embarcação”.
Segundo a CMTV, o catamarã terá encalhado ao chocar com um banco de areia. Fonte da Transtejo, afirma que terá havido uma falha técnica (um problema no motor) que fez com que os responsáveis tivessem perdido o controlo do barco. Por isso mesmo ter-se-á dado o embate com o banco de areia, que terá sido preferível a um choque mais violento contra o cais.
O Diário de Notícias, que cita uma fonte oficial da Transtejo, afirma que a embarcação encalhou por volta das 17h30. Segundo a CMTV, que cita fontes da Polícia Marítima, duas alternativas foram equacionadas: esperar pela subida da maré (o que aconteceria perto das 21 horas de terça-feira) ou utilizar um rebocador, que puxe o barco até terra. A solução adotada foi a primeira.
No Facebook, um dos passageiros do barco partilhou uma imagem, por volta das 19 horas, afirmando estar :preso no rio. "Azar mesmo é correr para apanhar um barco que encalha no rio. Que dia!", escrevia o passageiro. 
Os Bombeiros do Montijo estiveram a acompanhar toda a operação, tal como a Proteção Civil de Setúbal.  O Ministério do Ambiente vai abrir um inquérito para apurar as circunstâncias que levaram o catamarã da Transtejo a encalhar. O Ministério do Ambiente tutela os transportes públicos urbanos de Lisboa e do Porto.

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