Crise já se está a sentir na produção da Autoeuropa

Produção em Outubro já caiu mais de 12 por cento face a 2014

O escândalo que abalou o grupo Volkswagen por estar a manipular os gases poluentes nos carros a gasóleo já está a afectar a produção da Autoeuropa. No mês seguinte de ter sido conhecida esta manipulação, o número de veículos produzidos na fábrica de Palmela caíram. A Autoeuropa – que produz a segunda geração de MPV’s, Sharan e SEAT Alhambra, e do novo Scirocco, lançado em 2014 – produziu 9701 carros em Outubro, o que representa uma quebra de 12,1 por cento face ao mesmo mês do ano anterior, quando produziu 11.040 veículos. No entanto, a produção entre Janeiro a Outubro fixou-se nos 91.041 veículos, o que representa uma subida de 2,5 por cento face ao período homólogo, altura em que foram produzidos 88.802 carros.
Autoeuropa produziu menos no mês de crise na Volkswagen 

Esta quebra acabou se reflectir na produção total de veículos automóveis. No mês de Outubro foram produzidos 14.189 veículos, em Palmela, o que representou um decréscimo de 7,5 por cento face ao mês homólogo do ano anterior. No mês de Outubro a produção de automóveis ligeiros de passageiros desceu 10,7 por cento a de veículos comerciais ligeiros baixou 1,8 por cento e a de veículos pesados cresceu 60% face ao mês homólogo do ano anterior.
Já em termos de valores acumulados, no período de Janeiro a Outubro de 2015 foram produzidos 136.256 veículos automóveis, o que representou um decréscimo de 3,1 por cento face ao mesmo período do ano anterior, o qual foi determinado pela descida da produção dos veículos ligeiros. Do total de veículos produzidos, 131.042 destinaram-se à exportação o que representou 96,2 por cento da produção total e menos 3,6 % do que os veículos exportados no período homólogo do ano anterior.
Por países de destino, nos primeiros dez meses do ano a Alemanha absorveu 26,2 por cento dos veículos que Portugal exportou, seguida de Espanha (13,1 por cento), China (11,1 por cento) e do Reino Unido (10,2 por cento).
A crise do Grupo Volkswagen levantou dúvidas sobre a eventuais impactos na fábrica e no investimento de 677 milhões por parte do grupo alemão nesta unidade de Palmela. Mas a multinacional acabou por comunicar ao Governo não ter previstos cortes no investimento contratualizado. A Autoeuropa, no entanto, poderá vir a sentir efeitos caso haja quebras nas vendas globais das marcas do grupo.


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