Tribunal do Seixal foi assaltado durante a noite

PJ suspeita de assalto cirúrgico para levar processos 

O assalto cirúrgico ao Tribunal do Seixal, ocorrido às primeira horas de quinta-feira, deixou aquele edifício desprotegido. Os assaltantes roubaram todas as chaves, obrigando a PSP a guardar todas as entradas, para evitar novos furtos. Os larápios esperaram que o último vigilante do edifício saísse de serviço e invadiram tranquilamente o Tribunal do Seixal. Entraram por uma janela, depois de terem partido o vidro, e passearam-se sozinhos pelo Palácio de Justiça. A Polícia Judiciária de Setúbal foi chamada a investigar o que pode ter sido um roubo cirúrgico. Ou seja, há suspeitas de que tenham sido levados processos.
Assalto ocorreu  durante a madrugada de quinta-feira 

O crime, que terá ficado registado por imagens de videovigilância, só foi descoberto depois das oito da manhã dessa quinta-feira, quando os funcionários das secretarias judiciais começaram a entrar ao serviço. A PSP do Seixal enviou logo ao local várias patrulhas. De acordo com algumas testemunhas, um vidro de uma janela do edifício do tribunal, no piso térreo, foi partido à pedrada. 
Perante a ausência de vigilância, os ladrões "passearam à vontade em vários pontos do tribunal". As primeiras investigações indicam que os assaltantes terão andado em várias secretarias, não só de juízos criminais, como também de juízos cíveis e conservatórias. Os chaveiros que guardam as chaves das portas e dos armários do tribunal foram todos remexidos. Há danos em fechaduras de portas. 
A PSP constatou os danos causados pelos assaltantes: foram encontrados muitos processos e outra documentação espalhados no chão. Ao final da tarde de quinta-feira fazia-se ainda o inventário de todos os processos, não sendo ainda possível constatar se foram desviados processos. Não foi levado dinheiro.
Além da suspeita de furto de processos, que ainda não foi dissipada, a PSP constatou que todas as chaves do tribunal foram levadas. Assim, desde esse momento, foi necessário que a PSP montasse vigilância permanente a todas as entradas no edifício do tribunal. Por questões de segurança, foi decidida a substituição de todas as fechaduras do palácio de justiça, incluindo as das salas de audiências.
A Judiciária de Setúbal foi chamada a investigar, já que por lei tem competência de investigação em ataque a órgãos de soberania. 
O Ministério da Justiça diz que não foi prestada qualquer informação sobre este furto à Direção-Geral da Administração da Justiça, que apoia o funcionamento dos tribunais.

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