Seixal defende construção de hospital no concelho

Autarquia está preocupada com a sobrelotação no Hospital Garcia de Horta

Câmara do Seixal defendeu a necessidade de um hospital no concelho, referindo que o Hospital Garcia de Orta, no município vizinho de Almada, foi construído para 150 mil habitantes e serve mais de 450 mil pessoas. "Existe a preocupação pela sobrelotação do serviço de urgências do Hospital Garcia de Orta, que resulta em longas horas de espera dos utentes e seus familiares", indica o documento aprovado em reunião do executivo. "A Câmara do Seixal reitera a sua firme disposição de tudo fazer para que a construção do novo hospital no Seixal seja uma realidade no mais curto prazo, bem como reafirma a necessidade de um forte investimento nos cuidados de saúde primários no concelho e na região de Setúbal", acrescentou a autarquia. O município lembrou que entregou uma petição na Assembleia da República, subscrita por 8.237 pessoas, a defender o novo hospital e que em 2009 assinou um acordo estratégico com o Governo que definia que o hospital do concelho estaria concluído em 2012.
Presidente da Câmara do Seixal  luta pela construção de hospital

"Esta petição, que foi subscrita por 8.237 pessoas, recorda a Constituição da Republica Portuguesa, que consagra a cobertura nacional e eficiente de todo o País em termos de recursos humanos e unidades de saúde e que, os sucessivos Governos não têm respeitado, procedendo ao encerramento de serviços, à concentração de valências e departamentos, diminuindo os horários de funcionamento das unidades de saúde e não investindo na qualificação do Serviço Nacional de Saúde, que já foi uma referência mundial e que tem vindo a ser desqualificado", refere o documento aprovado  pelo executivo municipal em reunião de Câmara.
A petição alerta ainda para a falta de meios e equipamentos de saúde na Península de Setúbal, onde "sobressai a insuficiente capacidade de resposta do Hospital Garcia de Orta, em Almada, bem como a não construção do Hospital no Concelho do Seixal e que se traduz num acrescido prejuízo para os doentes e população da região".
Ainda de acordo com a autarquia presidida por Joaquim Santos,  "é também manifestada a preocupação pela sobrelotação do serviço de urgências do Hospital Garcia de Orta que resulta em longas horas de espera dos utentes e seus familiares, isto porque, este hospital foi projetado para dar resposta a 150 mil habitantes, servindo atualmente 450 mil pessoas".
Para agravar ainda mais a situação,diz a autarquia,  "desde 2013 que este equipamento passou a ser o hospital de referência para os hospitais do Barreiro e de Setúbal e passou também a contribuir com equipas, de várias especialidades, para o funcionamento da Urgência Metropolitana de Lisboa, tudo isto sem reforço de profissionais de saúde. Pelo contrário, verifica-se uma perda de médicos de especialidade para o setor privado".
É por tudo isto que a as populações "manifestam a sua indignação pela ausência de políticas e de respostas do Estado Central para a melhoria da saúde e exigem que o Serviço Nacional de Saúde funcione em pleno, garantindo a universalidade e gratuitidade dos cuidados de saúde, contribuindo para a equidade e para a justiça social", sublinha a Câmara do Seixal.
A reabertura dos SAP’s, a construção de novos Centros de Saúde e a construção do Hospital no Concelho do Seixal, cumprindo-se o Acordo Estratégico assinado pelo Governo Português em 2009, que definia que o equipamento estivesse concluído em 2012, são outras das exigências da autarquia e dos munícipes.
A Câmara do Seixal lamenta ainda  "que o esforço e a mobilização dos utentes que subscreveram a petição e a entregaram na Assembleia da República não tenham sido levados em conta pela Deputada, Relatora da Petição na Comissão Parlamentar de Saúde, que somente apresentou o Relatório da Petição em Julho de 2015, o que impossibilitou a discussão desta petição na presente legislatura", conclui a autarquia.



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